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EXPOSIÇÃO “FESTIVAL HORS PISTES BRASIL – A ECOLOGIA DAS IMAGENS”, estreias das mineiras Elizabete Martins Campos e Leliane de Castro

A exposição “Festival Hors Pistes Brasil – A Ecologia das Imagens”, em cartaz até o dia 29 de dezembro no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, acaba de ganhar duas novas obras criadas especialmente para dialogar com as que já compõem a mostra. Nessa 2ª fase, duas artistas mineiras participam: Elizabete Martins Campos, com a Obra “Em si, fora de si”, e Leliane de Castro,  com “A Grosso Modo”. 

“Em Si, Fora de Si” (2021) traz dois conceitos:  “Em Si”, é a confluência da natureza consigo mesma, transformando-se, regenerando, gerando novas vidas na terra e, “Fora de Si”, a atuação do ser humano junto à mesma, deteriorando radicalmente, o habitat e a natureza própria das coisas.  As imagens da obra fazem parte do acervo da artista e trazem cenas rodadas na mata atlântica brasileira, em 2012, com fotografias dela e dos parceiros Paolo Giron, Alonso Pafyeze e Pablo Paniagua.

Quadro da Obra “Em si, fora de si”

“A Grosso Modo” (2021) é uma experiência de observação do cotidiano que nos rodeia, mas não é visto a olho nú, criando um pensamento fluido, através de provocações e a identificação das singularidades e semelhanças entre texturas dos reinos da natureza, o olhar e pulsar da artista. Todas as imagens foram realizadas microscópio digital

Quadro da Obra “A Grosso Modo”

A mostra utiliza o digital para abordar a proteção ao meio ambiente, o consumo de imagens e telas e muitos outros questionamentos. Ela foi concebida no Centro Pompidou, com curadoria de Géraldine Gomez e realização em Belo Horizonte do Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais e da Aliança Francesa de Belo Horizonte.

O festival apresenta obras visuais internacionais que exploram o mundo em que vivemos, destacando a interação, cada vez maior, entre o cinema e outras áreas artísticas. Artistas renomados e emergentes se unem no que é a criação mais inovadora da atualidade.

O tema A ecologia das Imagens propõe que todos questionem os possíveis significados entre o visível e o invisível envolvidos em toda a riqueza visual presente no cotidiano. As obras trazem interpretações dos seres humanos e sua tecnologia como testemunhas ou mesmo invasores sobre a questão ambiental. Bilhões de pessoas estão onipresentes no cenário digital, que se transforma em um ecossistema, e refletem sobre preocupações ecológicas e uma transformação mundial que já está acontecendo.

A curadora Géraldine Gomez explica que as imagens cinematográficas e digitais se entrelaçam, projetadas nas paredes, telas, sobre a água, uma membrana, imagens de diversos e que têm como elo a da observação do mundo. “A exposição oferece uma parada, uma brecha, um sopro suspenso da imagem: não aquela que vemos, mas aquela que falta. Não aquela que não teria sido filmada, mas aquela que pressagia uma cena ainda por vir, como os sacerdotes da antiguidade, que com a ponta de uma vara traçam um retângulo no céu e observam um sinal que surgiu”, reflete.

O Hors Pistes é um festival criado pelo Centre Pompidou em 2006. Está implantado desde a sua criação, no panorama nacional e internacional. Tóquio, Nova York, Málaga, Istambul, Londres, Veneza, Barcelona, ​​Tanger, Sydney, Reykjavík, Havana e Bruxelas são algumas das cidades que já receberam o festival.

“Festival Hors Pistes Brasil – A Ecologia das Imagens”

Estão expostos seis filmes de cinco artistas, além das artistas mineiras convidadas Elizabete Martins Campos,  “Em si, fora de si” e Leliane de Castro,“A Grosso Modo”. Em “Haptophilia” (2016), o artista Nicolas Gourault utiliza linguagens como fotogrametria, modelagem 3D e simulação física; Jacques Perconte, em “Le Tempestaire” (2020) e o lançamento Ouinze Mille (Pieds) (2021) com filme infinito; a série de vídeos inéditos Floralia (2021), de Sabrina Ratté; as animações em 3D “Cores” (2020), de Nicolas Sassoon & Rick Silva, e “Manono, Des écrans pour esthétiser la misére” (2019), de Seumboy Vrainom.

O Centro Georges Pompidou, na França, é um dos maiores complexos culturais da Europa e sempre busca formas diferentes de discutir a arte.

Em cartaz no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, entre os dias 5 de novembro e 29 de dezembro, a mostra utiliza o digital para abordar a proteção ao meio ambiente, o consumo de imagens e telas e muitos outros questionamentos. A exposição integra a programação do Novembro Digital, em Belo Horizonte, e inicia uma parceria entre o Centro Pompidou e o Brasil. Inaugurada na capital mineira, a mostra segue para mais cinco cidades: Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Luís.

Saiba mas sobre as artistas mineiras

Elizabete Martins Campos é cineasta, jornalista, roteirista, fotógrafa, “Em Si, Fora de Si é sua estreia em artes visuais. Em 2009 funda a iT Filmes, Comunicação e Entretenimento. Vencedora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2019,  com o filme “My Name is Now, Elza Soares”, como Melhor Filme Documentário – Júri Oficial e Melhor Trilha Sonora

Leliane de Castro é artista visual, fotógrafa, design e videomarker.
Atualmente desenvolve o projeto “Artes Sentidos BH”, que integra sua série de experimentações em videoarte, fotografia e ilustrações, sobre Belo Horizonte, sua gente, arte, cultura, lugares, saberes e sentidos, que serão reunidos e disponibilizadas em plataforma digital. Em 2019 funda a Áurea Artes, Audiovisual, Design Integrado e Mkt.

Local: Galeria “Janelas para o Mundo”, no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal
Praça da Liberdade – Funcionário, Belo Horizonte

Dias e horários de funcionamento:
Terça a Sábado: das 11 às 18h
Quinta-feira: das 11 às 21h
Toda última terça-feira do mês: das 12 às 17h

Obs: A partir de 28 de dezembro reaberto para visitação após recesso do Natal

Informações:  Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais e da Aliança Francesa de Belo Horizonte

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