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RTP exibe hoje “My Name is Now, Elza Soares”, da realizadora brasileira Elizabete Martins Campos

O longa-metragem “My name is Now, Elza Soares” , escrito, dirigido e produzido pela cineasta e jornalista brasileira, Elizabete Martins Campos,  chega nesta quarta-feira, 20 de outubro de 2021, para todo o globo, em parceria com a NITRATO FILMES, pela RTP, no ar desde 1957, primeiro canal televisivo mundial em língua portuguesa. A sessão do filme, que é um ensaio da autora sobre o Brasil, acontece às 23:35 local.

A chegada do longa, em Portugal, que aconteceu em 14 de março de 2019, pela primeira vez, numa parceria entre a produtora do longa, IT FILMES, e a NITRATO FILMES, distribuidora e exibidora portuguesa, criada e dirigida pelo casal português amantes da sétima arte, Américo Santos e Cristina Mota, e que se tornaram referência quando o assunto é a presença do cinema brasileiro em Portugal, traz uma história bonita e afetiva de como aconteceu.

Em 2018,  o longa “My Name is Now”,  já estava programado para ser lançado em mais de 30 salas de cinema, em 2o Estados Brasileiros pela IT FILMES, dentro do  projeto CIRCULABIT –  CIRCUITO DE CRIAÇÃO E DIFUSÃO DO AUDIOVISUAL INDEPENDENTE BRASILEIRO, desenvolvido pela produtora, que também assina a distribuição do longa, em  parceria com diferentes exibidores. No entanto, um outro grande desafio ainda estava em processo, uma realizadora independente conseguir janelas fora do Brasil.

Foi então, que a produtora iniciou uma série de ações neste sentido. Dentre  envia email aqui, telefonemas ali, para diferentes possibilidades, foi por meio do facebook, que Elizabete Martins Campos, conhece o ativista da música em língua portuguesa, o português Luis Reis. Naquele momento, tudo que ela queria era uma carta de intenção, dizendo que alguém havia interesse em exibir o filme na terra dos patrícios e de lá quem sabe mais porta, digo, janelas abririam.

É então, que Luis Reis,  definitivamente em cena. Ao receber uma mensagem da diretora brasileira Elizabete, perguntando se ele conhecia alguém, que pudesse colaborar,   ele disse que iria pensar.  Logo, logo, ele retornou, conectando a cineasta e artista portuguesa Luisa Sequeira à ela, que explicou que precisava de uma carta de apoio para tentar abrir portas em Portugal.

Foi assim, que tudo começou, com a historia deste filme que ficou, em cartaz, por cinco semanas no Cinema Trindade, em Porto.

“O encanto e verdade está presente nos “pequenos atos”, do dia a dia, como este de Luiz Reis, sempre acompanhado da inteligente e gentil esposa, também amante das artes, Paula Reis, que não mediram esforços para sonhar, comigo, essa possiblidade, que tornou uma realidade”, conta a Elizabete.

Em 20 de março de 201, Luis Reis publica no seu face, “quinta-feira saímos rumo à Invicta, vamos assistir ao filme de Elza Soares, viagem tranquila até à chegada, depois o trânsito sempre “ infernal” nas grandes cidades, em especial quando não conhecemos bem a cidade… Para de alguma forma tentarmos minimizar, o primeiro café no Porto é pertinho do Cinema Trindade, simpatia e boa disposição vinham com o cafezinho, sem pagarmos mais por isso. Já no cinema o reencontro com Manuela Pimentel e Jas Joao A. Silva, dois artistas plásticos que tanto admiro, e passado algum tempo tenho o prazer de conhecer Lu Sequeira, Elizabete Martins Campos e EF Sama!!! Já no escurinho do cinema assistimos ao filme de Elizabete, um filme cheio de magia, vida, a Elza percorre esse “túnel” que é a vida, às vezes escuro, às vezes cheio de cor, vivendo, vivendo, vivendo sempre o Agora!!! Acabada a sessão as reacções, os comentários, e uma bela companhia a qual se junta Américo Santos e Cristina Mota , algures pelo Porto, janta-se, escolhe-se mesas, a escolha faz parte da nossa liberdade, e finalmente encontramos a mesa certa, falou-se, e falou-se, como é bom uma boa conversa com pessoas interessantes , come-se Francesinhas, Saladas, mas a ementa especial são as palavras !!!… Almoço, mais Francesinhas, mais Porto, mais companhia, que vem do outro lado do Atlântico, Elizabete Martins, mais historias, mais palavras, acabamos no Porto a ouvir Selma Uamusse, o único CD que por esquecimento estava no leitor, e que belo esquecimento. Voltamos à estrada, eu e Paula Reis, sempre eu e a Paula, na estrada da vida !!!”, Luis Reis.

Luis Reis, Paula Reis e Elizabete Martins, após estreia do filme no Cinema Trindade

Neste trajeto firma o encontro da diretora Elizabete Martins e a artista investigadora e cineasta e curadora, Luísa Sequeira, quem fez a ponte do projeto junto ao “casal cinema”, Américo e Mota. Luiza é uma agitadora cultural,  organiza dois festivais de cinema: o Shortcutz Porto, e o primeiro festival de cinema em Portugal dedicado a filmes feitos com celular, o Super 9 Mobile Film Fest. Ela foi a responsável e argumentista do ” Fotograma”, um dos programas de televisão mais interessantes sobre cinema,  um maganize autoral dedicado ao cinema em língua portuguesa. Trabalha em diferentes plataformas, como,  vídeo, filme e fotografia, explorando as interseções do cinema e dos media emergentes. Recentemente, tem trabalhado com experiências de cinema expandido no teatro e faz doutoramento em Arte dos Media.

Cineasta e artista portuguesa Luisa Sequeira e Elizabete Martins Campos, durante entrevista, em março de 2019, na RTP

Esta mulher ativista das artes, feminista por essência, Luisa Sequeira, definitivamente,  colaborou para cravar a historia de uma outra mulher independente na história do cinema brasileiro em Portugal e no mundo. “My Name is Now” é um filme intenso e visceral, só poderia ser escrito e realizado por uma mulher, e ela chama-se Elizabete Martins Campos, uma cineasta fora do “eixo”. Um filme que está na fronteira entre o cinema experimental, documental, musical e  performático. A rodagem demorou 10 anos,  um trabalho de resistência e resiliência, fruto de uma relação entre Elza Soares e a Elizabete Martins Campos.  Essa relação  cúmplice entre as duas mulheres sente-se no filme”, comenta Luisa Sequeira.

Elizabete Martins e a cantora Elza Soares – foto divulgação Duda Las Casa

Posterior, à campanha em Portugal, a diretora Elizabete Campos apresentou o filme “My Name is Now, Elza Soares”, durante o FESTIVAL DU CINÉMA BRÉSILIEN DE PARIS , numa sessão especial  de sábado a noite no Cine La`Artequin, realizado pela produtora brasileira Kátia Adler, em Paris, pela Jangada Filmes.

CRÍTICAS SOBRE O FILME

“My name is Now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas”, André Miranda, O Globo.“Documentário sobre Elza Soares passa ao largo do formato tradicional. O filme de Elizabete Martins Campos consegue uma abordagem original sobre essa que é uma das grandes cantoras brasileiras e também uma personagem superlativa”, Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S. Paulo. 

“No sentido mais primitivo que tal presença pode envolver: há nela uma relação com a câmara de filmar que oscila entre a resistência e a entrega, a confissão mais desnudada e o teatro mais elaborado. Por tudo isso, My Name Is Now é um filme que merece ser descoberto,” João Lopes , Jornal Diário de Notícias, Portugal.

“Em 2016, A Voz do Brasil volta aos holofotes numa empreitada audiovisual: “My Name is Now”, dirigido por Elizabete Martins Campos, realizado pela It Filmes, produtora cinematográfica de Betim, o longa é o único mineiro entre os 10 finalistas do Prêmio Netflix, por Por Lucas Buzatti, O Tempo.
“A intenção da direção foi potencializar essa voz tão múltipla e representativa. Ali estão várias Elzas falando para tantas outras Elzas”, Por Adriana Izel; Irlam Rocha Lima, Correio Braziliense.

My Name is Now, Elza Soares
um filme de Elizabete Martins Campos

longa . 73 minutos . Colorido e P&B . Brasil, 2014
Cor e P&B . 1.85 . 5.1 . DCP . Produzido e distribuído pela IT Filmes e CIRCULABIT – Circuito de  Criação e Difusão do Audiovisual Independente em Multiplataformas.

O longa-metragem “My Name is Now, Elza Soares”, foi vencedor em 2019 do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro/2019, como MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO – JÚRI POPULAR e MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL JÚRI OFICIAL,

depois de ter estreado em salas 30 salas de cinema no Brasil, 2018 e no Cinema Trindade, em Porto, Portugal em 2019, e passado por mais de 30 festivais e mostra, sendo noticiado pelos principais veículos de comunicação e recebendo diferentes prêmios.

SINOPSE

Elza chega em casa e cara a cara, diante do espelho/câmera, nos desafia numa saga, que ultrapassa o tempo, espaço, preconceitos, perdas e sucesso. Mas ela é dura na queda, num rito, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, incorporada ancestralidades brasileiras, como uma fênix transcende em música e canta gloriosamente

Trailer 


FICHA TÉCNICA DA EQUIPE
MY NAME IS NOW, ELZA SOARES
Estrelando ELZA SOARES
Direção: Elizabete Martins Campos
Autoria: Elizabete Martins Campos
Roteiro Elizabete Martins Campos, Ricardo Alves Jr.
Produção: Elizabete Martins Campos, Tatiana Tonucci
Trilha Sonora e performances Elza Soares
Trilha Sonora Original: Elza Soares, Alexandre MartinsDesenho de Som Pablo Lamar
Direção de Arte Alonso Pafyeze, Lorena Ortiz
Direção de Fotografia Paolo Giron
Imagens Paolo Giron, Elizabete Martins Campos, Alonso Pafyeze, Beto Magalhães, Duda Las Casas, Pablo Paniagua
Montagem Lorena Ortiz, Pablo Paniagua
Produção e Distribuição: iT Filmes e CIRCULABIT – Circuito de  Criação e Difusão Audiovisual em Multiplataformas

8 documentários imperdíveis de música para ver em 2015 – M DE MULHER

Uma seleção para olhos e ouvidos! 🙂

Trailer My Name Is Now, Elza Soares. Diretora Elizabete Martins Campos

 

Sinopse: Quem é Elza Soares? É muito mais do que uma cantora de extrema importância para a cultura brasileira. Elza Soares é uma força. E é exatamente isso que esse documentário procura mostrar. Peça indispensável para quem quer conhecer – e entender – mais a fundo o rico universo musical do Brasil.

Saiba mais: https://mdemulher.abril.com.br/cultura/8-documentarios-imperdiveis-de-musica-para-ver-em-2015/

“My Name Is Now” é o único mineiro entre finalistas do Prêmio Netflix – O TEMPO

Longa-metragem da mineira Elizabete Martins Campos retrata a história de Elza Soares de forma poética, com músicas, cenas ao vivo e performances

Por LUCAS BUZATTI – 28/09/16 – 17h18

O filme descortina a história de Elza Soares por meio de uma narrativa musical e performática
Foto: Paolo Giron/Divulgação

“Parece que eu nasci agora. Tudo meu é ‘now’”, sintetiza Elza Soares. De fato, o tempo presente é o que rege a caminhada da carioca. Se, em 2.000, Elza foi considerada a “cantora do milênio” pela BBC de Londres,15 anos depois ela manteve o posto, com louvor, ao lançar “A Mulher do Fim do Mundo”, um dos discos brasileiros mais aclamados pela crítica no ano passado. Em 2016, a Voz do Brasil volta aos holofotes numa empreitada audiovisual: o filme “My Name Is Now”, dirigido por Elizabete Martins Campos. Realizado pela IT Filmes, produtora cinematográfica de Betim, o longa é o único mineiro entre os 10 finalistas do Prêmio Netflix, cuja votação online pode ser feita até o dia 3 de outubro, pelo link www.premionetflixbr.com/movie/5.

Elizabete Martins Campos conta que o argumento do filme surgiu quando ela buscava um conceito para seu primeiro longa-metragem. “Sempre gostei de retratar o Brasil, de falar de temáticas impregnadas no imaginário coletivo, de culturas e referências históricas. Quando comecei a pensar em qual seria meu primeiro longa, fiquei encantada ao me deparar com Elza durante uma entrevista para o programa ‘Agenda’, da Rede Minas, onde trabalhei por quatro anos”, relembra.

Diante de Elza Soares, a diretora percebeu um guarda-chuva temático que ia muito além da música. “Vi nela assuntos que me interessavam como argumento para o projeto. Elza é um ícone da cultura brasileira. Mulher negra, de periferia, dona de uma das vozes mais potentes do samba, que inclusive completa 100 anos em 2016”, defende. “Quando ela se casou com Mané Garrincha, consumou o casamento entre o samba e o futebol. Queria mostrar esse perfil, que fala tanto da sociedade brasileira. Além de tudo, é uma personagem que traz consigo a música. As letras das canções contam toda a sua história”, diz.

Com a personagem definida, Martins Campos começou a produção do filme, em 2008, de forma modesta. “Comecei filmando sozinha, câmera na mão, enquanto buscava apoio. Decidi que, se desse errado, faria um documentário experimental apenas com as minhas imagens”, conta. “Mas fui desenvolvendo o projeto e, em 2012, consegui apoio do BMG e montamos uma equipe de cinema, que começou a filmar no mesmo ano”, afirma a diretora mineira.

Com novos aportes, “My Name Is Now” ganhou outra proporção: 75 pessoas trabalhando, 60 terabytes de arquivos, 150 horas de gravação e 1.825 dias de produção. “Fizemos a primeira exibição no Festival de Cinema do Rio, em 2014, quando recebemos quatro indicações. Depois disso, o filme já passou por 17 festivais nacionais e internacionais”, celebra, apostando em novas conquistas.

“O Prêmio Netflix foi uma surpresa. Não esperávamos, já que é um filme totalmente independente”, diz a diretora. “É uma chance única de colocar o filme num catálogo global, uma visibilidade que coroa o trabalho. Também estamos buscando patrocínio para colocá-lo em salas de cinema e nos circuitos escolares e de cine-clubes antes de junho de 2017, que é quando o filme entra na Netflix, caso seja um dos vencedores do prêmio”, completa.

Elza por Elza. Segundo Elizabete Martins Campos, “My Name Is Now” traça a história de Elza soares por meio de uma narrativa pessoal e poética. “O filme tem apenas Elza em primeiro plano, e se apoia em duas estruturas, uma musical e outra performática”, diz.

A diretora ressalta que a performance fica por conta das imagens em que Elza aparece conversando com um espelho. “A primeira cena mostra Elza chegando em casa e conversando com o espelho, num papo que pode ser com ela mesma, com o público, com qualquer um. A partir dali, ela vai contando os altos e baixos de sua saga”, afirma.

Costurado por músicas e cenas de Elza ao vivo, o longa traça a caminhada da carioca de forma não linear. “A história dela está ali, mas não desenhada. A intenção da direção foi potencializar essa voz tão múltipla e representantiva. Ali estão várias Elzas falando para outras tantas Elzas”, finaliza.

Votação. Dez produções nacionais concorrem ao Prêmio Netflix, sendo “My Name Is Now” a única mineira. Para votar, acesse, até o dia 3 de outubro, o link www.premionetflixbr.com/movie/5.

saiba mais: https://www.otempo.com.br/diversao/magazine/my-name-is-now-e-o-unico-mineiro-entre-finalistas-do-premio-netflix-1.1378277

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Prêmio Netflix: assista aos trailers dos filmes que estão na disputa – ROLLING STONE

Fotografia Elizabete Martins Campos

REDAÇÃO PUBLICADO EM 14/09/2016, ÀS 14H57 – ATUALIZADO EM 15/09/2016, ÀS 11H34

My Name Is Now (2014), de Elisabete Martins Campos

Elza Soares chega, cara a cara, ultrapassa tempo, espaço, perdas e sucessos. Em um rito fílmico, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, ela incorpora a ancestralidade brasileira, transcende em música e canta gloriosamente em My Name Is Now.

acesse em: https://rollingstone.uol.com.br/artigo/netflix-lanca-segunda-edicao-do-premio-netflix-veja-os-trailers-dos-concorrentes/