Festival Tarioba no Rio de Janeiro

Filme sobre crime da Vale em Brumadinho é exibido no Festival Tarioba no Rio de Janeiro

O Documentário “BRUMADINHO – RELATOS DO CRIME CONTINUADO, narrado por vítimas do rompimento da mina do Córrego do Feijão, explorada pela empresa Vale, em Brumadinho, em Minas Gerais, abre neste 20 de setembro, às 19h, a 2ª edição do Festival Tarioba (Festival Itinerante de Cinema Ambiental), realizado pelo Estúdio Tarioba e, que acontece no Teatro Joel Barcellos, em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. 

O desastre-crime da Vale, como ficou conhecido, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho, Minas Gerais, deixou 272 mortes, soterrando com 13 milhões de metros cúbicos de lama tóxica pessoas, animais, matas, moradias, destruindo a bacia do Rio Paraopeba, causando uma catástrofe ambiental e social e, que hoje tornou-se um dos maiores símbolos de crime continuado na história do Brasil.

O crime continuado–, crimes que ocorrem quando há a reunião de vários crimes distintos, resultado do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho afetou e continua afetando todas as áreas da sociedade e do meio ambiente, como pode ser comprovado pelos relatos do documentário. Todo tipo de crime continua ocorrendo desde então, sem nenhuma punição, de violações graves de direitos humanos à  contaminação da água, solo, ar etc.

A impunidade e o sentimento de impotência diante da injustiça agravam ainda mais a dor, pois, até o momento, nenhuma pessoa foi responsabilizada pela morte das 272 vítimas ou pelos danos contínuos causados nas vidas dos atingidos e atingidas. 

O documentário não apenas revela as violações presentes, mas também é um documento para o marco de cinco anos após o rompimento de mais uma barragem de mineração, em Minas Gerais, que chocou o mundo.

Realizado pelo Coletivo das Pessoas Atingidas pelo Crime da Vale, da região episcopal nossa senhora do rosário (Renser), apoio da organização internacional Misereor, produzido pela iT Filmes, dirigido pela cineasta e jornalista Elizabete Martins e pela comunicadora Inhana Olga, o filme traz em primeiro plano a voz e o rosto de quem viveu e vive na pele o rastro da destruição operante até os dias atuais. As vítimas atingidas diretamente são moradores locais, comunidades quilombolas, indígenas etc., que nunca mais tiveram paz após o crime.

A sessão de exibição do documentário, nesta sexta-feira, 20 de setembro, na 2ª edição do Festival Tarioba (Festival Itinerante de Cinema Ambiental) traz a tona um tema que mexe com o País, em especial o Estado Minas Gerais, que vive a pressão diária do risco de novas tragédias causadas pela exploração do minério no Estado. 

foto: Maria Regina e mãe de vítimam diretora da AVABRUM) e mãe de vítima

Após a sessão do filme ocorre um debate com a presença de representantes do Coletivo das Pessoas Atingidas pelo Crime da Vale, da diretora Ianha Olga, das produtoras do filme Valéria Carneiro e Victoria Salles e, da diretora da Associação de Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão – Brumadinho, em MG,  (AVABRUM), Maria Regina, mãe da  jovem Priscila Elén Silva, que trabalhava na Vale e foi morta durante o rompimento da barragem.

Foto: Valéria Carneiro, produtora do documentário

Assista o filme completo:

DOCUMENTÁRIO: BRUMADINHO: RELATOS DO CRIME CONTINUADO

FICHA TÉCNICA

Título:

BRUMADINHO

RELATOS DO CRIME CONTINUADO

documentário, 61`:51″, colorido, digital, Brasil, 2023.

Sinopse

Um filme de relatos e denúncias sobre o crime continuado e a cruel realidade enfrentada por moradores de Brumadinho e demais comunidades da Bacia do Paraopeba, em Minas Gerais, após o desastre-crime do rompimento da barragem da Vale S.A, em 2019.  Um retrato atual sobre Minas Gerais e o Brasil.

Direção

Elizabete Martins 

Inhana Olga Costa Souza

Roteiro

Elizabete Martins 

Fred Tonucci

Inhana Olga Costa Souza

Produção e pesquisa

Inhana Olga Costa Souza

Marco Antônio Moreira Cardoso 

Marlon Juvenil Lima

Thiago Pereira da Silva Flores

Valéria Antônia Silva Carneiro

Victória Taglialegna Salles

Imagens

Fred Tonucci

Elizabete Martins 

Montagem

Fred Tonucci

Finalização 

Fred Tonucci

Leliane de Castro

Cartaz 

Leliane de Castro

Depoimentos:

Maria Regina da Silva

Mãe da Priscila, assassinada pelo crime da Vale

Diretoria da AVABRUM

Maria Aparecida Soares (Paré) 

Tejuco – Brumadinho

Carmem Sandra Barbosa de Paula

 Córrego do Feijão – Brumadinho 

Maria dos Anjos Alves Silva 

Comunidade ribeirinha da rua Amianto – Brumadinho 

Cacique Sucupira

Aldeia Naô Xohã 

Aldeia Indígena Pataxó e Pataxó Hã-Hã-Hã

São Joaquim de Bicas

Antônio Alves da Silva

(Seu Cambão)

Comunidade quilombola de Marinhos – Brumadinho 

Valéria Antônia Silva Carneiro

Assentamento Pastorinhas – Brumadinho 

Atuou como articuladora social da Renser

Cláudia Saraiva

Ponte das Almorreimas – Brumadinho 

Alexandre Gonçalves 

Comissão Pastoral da Terra (CPT)

Foi morador da comunidade de Aranhas – Brumadinho

Marina Paula Oliveira

Brumadinho

Atuou como coordenadora de projetos da Renser

Danilo D’Addio Chammas 

Jangada – Brumadinho

Atuou como assessor jurídico da Renser

Dom Vicente de Paula Ferreira 

Bispo da Diocese de Livramento de Nossa Senhora (BA)

Membro da Comissão Especial para Ecologia Integral e Mineração, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CEEM-CNBB)

Bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, entre 2017 e janeiro de 2023, responsável pela Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser).

Produção: IT Filmes

Realização: Renser

Apoio: Misereor

Ivelise Ferreira, produtora e membra da Academia Brasileira de Cinema, cineasta e produtor Nelson Pereira dos Santos com Wilson Borges do Labocine.

Os bastidores do Cinema Brasileiro pós Embrafilme

Por Ronaldo Câmara

Vamos relembrar um pouco da história recente do cinema Brasileiro, dos laboratórios e de toda infraestrutura do audiovisual, que ficaram nos bastidores das câmeras, mas fizeram a diferença, sendo parte importante da retomada do Cinema e do surgimento do audiovisual como conhecemos atualmente.

Tragicamente, no início de seu governo, o presidente Collor de Mello, fez um desfavor ou favor, irá depender da ótica individual, extinguir a Embrafilme. Foi um caos. Uma enorme lacuna se abriu, as produções cinematográficas não tinham mais suporte algum, estávamos indefesos à invasão dos filmes americanos sem nenhuma condição de resposta. 

Neste viés, de entregues à própria sorte, chamamos a atenção para algumas iniciativas, a atuação, do então Ministro da Cultura Paulo Sérgio Rouanet foi de crucial importância, surgindo assim a famigerada, Lei Rouanet 1991 como importante instrumento de fomento à Cultura, único por longo período.  

Como mais opção ao desenvolvimento do audiovisual, surge a Lei nº 8.685 de 20 de julho de 1993, que cria mecanismos de fomento a atividade Audiovisual, um aperfeiçoamento que realmente foi o principal marco para o financiamento da atividade Audiovisual popularmente chamada de retomada.

Alguns políticos mais lúcidos tiveram a iniciativa para preencher a lacuna deixada, no Rio de Janeiro, em agosto de 1992, a Prefeitura Municipal tendo à frente o prefeito Marcello Alencar, cria a RioFilme com Mariza Leão a frente como primeira presidente, José Roberto Gifford como diretor financeiro e Paulo Sérgio Almeida como diretor comercial e inicia o seu funcionamento já em novembro do mesmo ano com o lançamento de três filmes. No Rio Grande do Sul, o projeto do Cais do Cinema lançado, alardeadamente, por Olívio Dutra, infelizmente não saiu do papel.

Após as iniciativas bem sucedidas de instrumentos de fomento a produção, a comunidade do cinematográfica e de audiovisual começaram a fazer a sua parte, surgindo a partir de 1995 a chamada retomada.

Cartaz do filme Carlota Joaquina, Princesa do Brazil. 1995

Assim alguns produtores até então pouco conhecidos tais como Carla Camuratti- Carlota Joaquina, Bruno Stroppiana- Gabriela, Tarcísio Vidigal – Menino Maluquinho, Diler Trindade que se transformou no maior produtor com dezenas de produções, Paula Lavigne, Jofre Rodrigues Vestido de Noiva, Carlos Moleta o Gatão de meia Idade, dentre outros jovens estreantes. Já os tradicionais produtores, L.c. Barreto- Quatrilho. Mariza leão – Canudos, Nelson Pereira dos Santos.

Senhor e senhora Pereira dos Santos com Wilson Borges.

Ivelise Ferreira, diretora, produtora e membra da Academia Brasileira de Cinema, diretor Nelson Pereira dos Santos com Wilson Borges do Labocine. 

Algumas iniciativas que merecem destaque, se somaram ao esforço da comunidade de audiovisual, o Filme B, criada em 1997 por Paulo Sérgio Almeida é um importante  instrumento de divulgação e análise de informação sobre o mercado cinematográfico além coletar dados das bilheterias em tempo real, o Grupo Novo de Cinema que representou o Brasil em feiras e atividade internacional, Festival do Rio com associação de vários produtores e exibidores funcionou, e ainda funciona como importante instrumento de afirmação da atividade. Nesta linha de transformações a infraestrutura acompanhou o momento, inovando novas tecnologias e processos, tais com a Transcrição de Som Ótico Digital operada por Roberto Carvalho, Quanta iluminação com suportes técnicos, de equipamentos, de câmeras etc. até então inexistente nas produções brasileiras, Casablanca-Arlete Siaretta iniciando um centro inovador de produção antecipando a revolução digital, Estúdios Mega de som e logo depois de pós produção da família Otero. O principal laboratório Lider Cine de produção muito fragilizado pela extinção da Embrafilme, outrora sensação do cinema novo que fazia de sua sede, a sala de encontros do cinema novo à Rua Álvaro Ramos, sede da Lider, mudou de mãos sendo operado a partir de 1996 por Wilson Borges, empresário de outros setores que entrou na atividade de forma vertical. 

Adquirindo os Laboratórios Lider, parte da distribuidora Lumiere, adquire no México o Laboratório e New Art., se associando a exibidores, fomenta e financia dezenas de projetos cinematográficos. Como parte da resposta do setor, os laboratórios Líder passam ao nome de Labocine e Labocine Digital no Rio, Cinema Copiagens e revelação em São Paulo.

Wilson Borges, José Álvaro Moises, Tarcísio Vidigal, Ronaldo Câmara, Alberto Shatovsky, Victor Bergman ao fundo.

Wilson Borges, José Álvaro Moises, Tarcísio Vidigal, Ronaldo Câmara, Alberto Shatovsky, Victor Bergman ao fundo.

“… o tradicional laboratório Líder ganha um novo investidor, Wilson Borges, que saldou dívidas, adquiriu novos equipamentos e mudou o nome da empresa para LaboCine, buscando sobrevida no início do cinema digital brasileiro.

Cartaz do filme Vidas Secas, direção Nelson Peireira dos Santos 1963.

“Embora tenha investido na digitalização dos sistemas, em animações computadorizadas, inovando também na restauração de filmes, como Alô, Alô, Carnaval (Adhemar Gonzaga, 1936), Aviso aos navegantes (Watson Macedo, 1950) e Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, 1963), a Labocine fecha as portas em 2015. A então presidente da Labo, Silvia Rabello, explica um dos motivos do fechamento: O problema é que 95% do faturamento vinham das cópias em película, e o restante do trabalho de pós-produção dos filmes. Como quase não há filmes em película sendo feitos, ficou inviável manter a empresa desse tamanho.”- (RABELLO apud MIRANDA, 2016).”

Fonte: ABC Assoçiação Brasileira de Cinematografia

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Longa “My Name is Now, Elza Soares” de Elizabete Martins Campos participa do La Reverb na França

“My Name is Now, Elza Soares”, roteirizado, dirigido e produzido pela realizadora  brasileira Elizabete Martins Campos, participa nesta segunda-feira,  12 de setembro de 2022, às 20h30, no Cinema Utopia de Bordeaux, na França, da abertura do Festival La Reverb, no Dia do Brasil #2,  organizado pela Associação La Reverb,  dedicado este ano às Mulheres.

“My Name is Now” é ensaio sobre o Brasil. Uma saga musical, estrelado por uma das principais, cantoras do País, Elza Soares, uma mulher, negra, pobre, cantora, que no filme representa milhões e milhões de mulheres no mundo. Ela, sua voz e suas histórias,  a história de muitas,  num fluxo fílmico, frente a frente a seu espelho, ela, elas, nós, cara a cara.

MNIN Elza Soares, direção produção e roteiro Elizabete Campos Martins
Foto: Paulo Giron

No filme a realizadora, Elizabete Martins Campos fala do Brasil, de forma realista, atual, musical, sensorial e visceral, dialogando artisticamente e politicamente com a cantora Elza Soares, com performances que levam o público à diferentes reflexões e ao transe com sequências inteiras musicais inéditas filmadas, especialmente. para o longa, em alto e bom som.

O longa-metragem  “My Name is Now, Elza Soares”  é um trabalho minucioso de cumplicidade entre as duas artistas, durante um processo de criação e produção que durou dez anos, até a chegada à sala de cinema, em 2018.  O longa foi vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (2019), categorias Melhor Filme de Longa-Metragem Documentário – Júri Popular e Melhor Trilha Sonora Original – Júri Oficial, depois de ter passado, por mais de 40 festivais de cinema nacionais e internacionais e, ser lançado em mais de 32 Salas de Cinema, em 15 Estados Brasileiros e Portugal, por meio do projeto “Circulabit – Circuito de Criação e  Difusão do Audiovisual em Multiplataformas”, idealizado por Elizabete Martins, em 2017, como forma de colaborar para criar impactos além da tela e busca de estratégias para distribuir seus próprios filmes e de novos artistas.

MNIN Elza Soares, direção produção e roteiro Elizabete Campos Martins
Foto: BBete Martins

Serviço:

MY NAME IS NOW, ELZA SOARES
direção ELIZABETE MARTINS CAMPOS

Abertura do FESTIVAL DIA DO BRASIL #2, dedicado este ano às Mulheres
Segunda 12 de setembro às 20h30
No cinema Utopia de Bordeaux, França

Organização
Associação La Reverb 

Francês

My Name is Now, Elza Soares

de la réalisatrice brésilienne Elizabete Martins Campos, plusieurs fois récompensée
pour l’ouverture du Festival Dia do Brasil #2
dédié cette année aux Femmes
Lundi 12 Septembre à 20h30
Au cinéma Utopia de Bordeaux, France

Organisation: l’association La Reverb

Partenariat:

Cinéma Utopia
IT FIlmes
Circulabit

Site do filme: https://itfilmes.com.br/mynameisnow/

Contatos
+55 31 994869650
www.itfilmes.com.br

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NA PAREDE DA MEMÓRIA, ELIS REGINA, dirigido por Elizabete Martins Campos estreia nesta quinta

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), lança nesta quinta-feira, 23 de junho, o filme “Na parede da memória, Elis Regina”, dirigido pela mineira Elizabete Martins Campos. O curta-metragem documentário estará disponível a partir das 20h no YouTube da CCMQ.   O curta-metragem reúne depoimentos de pessoas muito próximas à Elis Regina e um significativo material documental do acervo mantido pela CCMQ, maior coleção pública dedicada à cantora no Brasil.

Trailer do curta-metragem “Na Parede da Memória, Elis Regina”

Convite aniversario Elis Regina 1 aninho – Filme Na Parede da Memória Elis Regina, direção Elizabete Martins Campos – foto Guilherme Santos. Acervo Elis Regina

“No Filme Elis revisita sua terra natal, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul,  onde encontra-se o Acervo Elis Regina. O trabalho revela o coração e segredos de Elis Regina, por meio de depoimentos e/ou cartas dela para pessoas que conviveram muito próximo da cantora, como a ex-professora Aida Ferrás, a quem a artista escreveu uma carta em 1969 e, o jornalista Juarez Fonseca,  para quem ela cedeu entrevistas exclusivas.  O filme traz a música da cantora, a caligrafia dela, a voz da mulher de ontem e de hoje, onde ela fala de machismo, desejo, superação,  de querer viver.  Um documentário tomado por Elis”, declara a cineasta Elizabete Martins Campos.

Carta Elis para Ex-prof Aida Férras – Filme Na Parede da Memoria, Elis Regina, direção Elizabete Martins Campos – foto Guilherme Santos –  Acervo Elis Regina

Casa onde cresceu Elis Regina – Conjunto IAPI – Porto Alegre –  filme na Parede da Memória, direção Elizabete Martins Campos, foto Guilherme Santos – Acervo Elis Regina

O filme  mostra locais incríveis, como a Casa onde Elis Regina cresceu, no Conjunto IAPI, em Porto Alegre, o Edifício União, onde funcionava a  Rádio Gaúcha, um dos primeiros contratos de Elis, e imagens raras reunidas pelo acervo Elis Regina e do seu tio Almiro Paiva Carvalho, chamado carinhosamente por Elis, de tio Juca e seu primo, Gerson Carvalho que aparecem no filme doando, uma relíquia de  violão, que pertenceu à cantora.

Doação de violão que pertenceu a Elis –  Filme Na Parede da Memória Elis Regina. Acervo Elis Regina

Segundo Elizabete Campos, tem sido um grande aprendizado sobre o Brasil para ela, estudar mais a fundo, a vida e obra de Elis Regina. “Uma artista intocável, por tudo que ela representa e, acredito que este trabalho desenvolvido pelo Acervo Elis Regina, da Casa de Cultura Mário Quintana Casa Mário Quintana, definitivamente, fortalece a memória coletiva em torno do universo de Elis Regina, mito vivo da cultura brasileira”, diz. 

”Parabenizo e agradeço, a toda equipe de cineastas, que assinam este trabalho colaborativo, a equipe do Acervo Elis Regina e Casa de Cultura Mário Quintana Casa Mário Quintana, em especial ao Diego Groisman, Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana pelos excelentes trabalhos desenvolvidos,  a Beatriz Araujo, Secretária da Cultura do Rio Grande do Sul, Alexandre Veiga Coordenador do Acervo Elis Regina, a jornalista Mônica Kanitz, ao grande realizador cinematográfico e Diretor do Instituto Estadual de Cinema –  IECINE-RS, Zeca Brito, a BANRISUL e, a todas personagens e pessoas que ajudaram de uma forma ou de outra para que este curta acontecesse”, completa Elizabete.

Equipe Carla Capasso, Fred Groisman, Guilherme Santos, Elizabete Campos, Ray Fisch –  Filme Na Parede da Memória, Elis Regina –  fotografia Guilherme Santos. Acervo Elis Regina

O Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana, Diego Groisman destaca a importância da CCMQ, que salvaguarda o maior acervo público sobre a cantora Elis Regina, realizar o curta-metragem. “Fazer um documentário, que mostra um pouco da história da Elis, com depoimentos inéditos de pessoas que tiveram convivência com ela, é muito importante para que mais pessoas possam conhecer um pouco mais sobre esse grande ícone da música brasileira.

A Casa de Cultura fica muito feliz de poder expor ao seu público um documentário tão sensível, e colaborar, desta forma, para ampliar a visibilidade do Acervo Elis Regina, um lugar muito importante para valorizar e celebrar a memória de Elis Regina”, diz.

Foto Fernanda Chemale

A produtora cinematográfica e atriz, Carla Capasso, comenta que “foi um privilégio fazer parte da equipe do curta Nas Paredes da Memória, na função de produtora. Trazer visibilidade para o Acervo da Elis Regina, situado no belo prédio histórico da Casa de Cultura Mário Quintana, é extremamente relevante. Elis foi/é uma grande mulher – acima de tudo – e é um exemplo de artista conectada com o seu tempo: reflexiva, provocativa, aberta e atenta a novos(as) compositores(as), além de ter uma voz potente e interpretações inconfundíveis. Conhecer mais de Elis nunca é demais, especialmente ao lado de uma equipe tão afinada e de uma diretora sensível e criativa. Elis Vive e quanto mais pessoas souberem disso, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo, melhor pra todas e todos”.

Segundo o cineasta Fred Ruas,“fazer parte de um documentário sobre Elis Regina foi uma chance de se conectar com uma força extraordinária de sensibilidade e afronta. Uma chance, também, de se conectar comigo mesmo e refletir sobre o que nos conecta. Elis é uma das pouquíssimas artistas gaúchas que foi capaz de romper a bolha de uma província para conquistar corações em todo o Brasil. Ela dizia que não saiu do Rio Grande do Sul para se vestir de prenda e fundar um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) no Rio de Janeiro. Vindo de um estado com um tradicionalismo alicerçado em belicosidade, machismo e massacres aos povos negros e indígenas, eu vejo a Elis Regina como a tradição que eu escolho seguir. Uma tradição de criatividade, coragem, progressismo. Elis é o Brasil que eu quero”, indaga.

Para o Diretor do Instituto Estadual de Cinema –  IECINE-RS, Zeca Brito, o filme “Elis, na parede da memória” dá continuidade à  investigação autoral da realizadora Elizabete Martins Campos sobre as biografias femininas da música brasileira. Nesta obra ela resgata memórias ocupando espaços com afetividade, humanizando cartas e buscando a narrativa dos objetos, das coisas que ficaram para contar a história. Elis, o mito, e sua presença em um acervo que resgata sua vida e sua obra.”

Ficha Técnica

NA PAREDE DA MEMÓRIA
E L I S  R E G I N A
Documentário, 21`:45″, Colorido, P & B, digital, Porto Alegre, Brasil, 2022.

LOGLINE
Elis vive e volta a Porto Alegre, no Brasil. 
Nas Paredes da Memória, Acervo Elis Regina, Casa de Cultura Mario Quintana.

SINOPSE
Um documentário sobre o Acervo Elis Regina.
Por meio de memórias, convívios, olhares e imagens e sons vivos, Elis Regina vive. 

Direção e Argumento 
Elizabete Martins Campos

Roteiro e Montagem
Elizabete Martins Campos
Frederico Ruas

Pesquisas
Carla Cassapo 
Elizabete Martins Campos

Direção de Fotografia 
Guilherme Santos

Operação de câmera e drone
Guilherme Santos

Som Direto e Edição de Som 
Ray Fisch

Finalização 
Frederico Ruas

Direção de Produção 
Carla Cassapo

Motorista
Jorge Monti

Entrevistados

  • Aida Ferrás
  • Almiro Paiva Carvalho 
  • Arthur de Faria
  • Camila Lopez
  • Gerson Carvalho 
  • Juarez Fonseca

Agradecimentos

  • Alexandre Veiga
  • Andréa Camboim
  • Andrei Moura
  • Camila Sequeira
  • Cida Pimentel
  • Clara Marques
  • Eduardo Vital

Equipe iT Filmes e Circulabit

  • Henrique Sativa
  • Leliane de Castro
  • Liana Zogbi
  • Maria Beatriz Pereira 
  • Maria Campos
  • Marinete de Andrade
  • Mônica Kanitz
  • Naomi Siviero
  • Press Café
  • Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
  • Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão 
  • Tânia Carvalho 
  • Tatiana Reis
  • Thiago Flores
  • Zeca Brito
  • Secretária de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul
  • Beatriz Araujo 
  • Secretária de Estado Adjunta da Cultura do Rio Grande do Sul
  • Gabriella Meindrad
  • Assessora Especial de Artes e Economia Criativa
  • Ana Fagundes
  • Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana
  • Diego Groisman 
  • Diretor do Instituto Estadual de Cinema –  IECINE-RS
  • Zeca Brito
  • Diretora do Instituto Estadual de Música – IEM-RS 
  • Cida Pimentel 
  • Coordenador do Acervo Elis Regina
  • Alexandre Veiga 
  • Patrocínio 
  • BANRISUL
  • Apoios 
  • Cinemateca Paulo Amorim
  • Discoteca Natho Henn
  • IECINE
  • IEM

Realização 

  • Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana (AACCMQ)
  • Casa de Cultura Mario Quintana Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul – SEDAC RS
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My Name is Now, Elza Soares realizado pela iT FILMES estreia no TELECINE CULT

Em homenagem a grande e eterna cantora Elza Soares,  o longa-metragem “My name is Now”, o filme em ela é a estrela máxima, vai ao ar nesta quinta-feira, dia 23/06, às 18h55, no Telecine Cult,  na data que comemora-se o seu aniversário.

“My Name is Now, Elza Soares”, um filme de Elizabete Martins Campos, é orgânico e atemporal, um trabalho minucioso de arte que une o cinema e a música brasileira, em uma obra única, visceral e forte, como a própria estrela Elza Soares.

My Name is Now, Elza Soares um filme de Elizabete Martins Campos – divulgação

Um longa-metragem transcendente em que a personagem, em frente ao espelho/câmera, revela o Brasil. “Quantas Elzas existem por aí?”, indaga, Elza, uma das maiores cantoras da história da música brasileira no filme,  vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileira, em 2019, como Melhor Filme de Longa-Metragem Documentário, Júri Popular e Melhor Trilha Sonora Original – Júri Oficial,  depois ganhar prêmios em festivais e estrear em salas de cinema no Brasil e em Portugal.

My Name is Now, Elza Soares um filme de Elizabete Martins Campos – divulgação

A Elizabete Martins Campos e a cantora Elza Soares se conheceram em 2008, quando iniciaram a parceria artista que resultou no longa-metragem “My Name is Now”.

Diretora Elizabete Martins Campos e a estrela do filme Elza Soares

O longa-metragem contou com uma equipe talentosa e compromissada de cineasta e produtores, que colaboraram em diferentes etapas do projeto.

Direção
Elizabete Martins Campos

Trilha sonora
Elza Soares interpreta todas as músicas

Produção
Elizabete Martins Campos
Tatiana Tonucci
Maria Aparecida Campos

Argumento
Elizabete Martins Campos

Roteiro
Elizabete Martins Campos
Ricardo Alves Jr.

Direção de Fotografia
Paolo Giron

Direção de Arte
Alonso Pafyeze
Lorena Ortiz

Som direto e sonoplastia 
Pablo Lamar

Direção de Produção
Marcella Jacques
Tatiana Tonucci
Andrea Sousa Lima

Coordenadores de produção
Alessandro Cerri
Bruno Lucide

Montagem
Lorena Ortiz
Pablo Paniagua

Fotografia
Elizabete Martins Campos
Alonso PafyezeBeto Magalhães
Pablo Paniagua
Duda Las Casas

Produção Executiva
Elizabete Martins Campos
Joelma Matos
Cris Lima
Valéria Gonçalves Reis

Conheça o Telecine

Líder e referência em filmes no Brasil, o Telecine é o clube de cinema mais completo e com o maior acervo do país, selecionado por meio de um atento e especializado trabalho interno de curadoria. Com o objetivo de contemplar a pluralidade da indústria e atender aos mais variados perfis de usuários, o Telecine transforma programação em experiência com o filme ideal de acordo com o seu momento cinema. O catálogo reúne clássicos de grandes estúdios, do mercado independente e nacional, além de produções exclusivas lançadas pelo selo Première Telecine.

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Diretora Elizabete Martins Campos participa da “WeShare W2W, em BH com lançamento do livro Xá com Elas do qual é uma das autoras

Hoje, o dia todo,  acontece a “Convenção “WeShare W2W”,  idealizada pela empreendedora Cris Ferreira, que  concebeu e coordenou os livros, “Xá Comigo” e  “Xá com Elas”,  junto à mais 32 autoras mineiras, sendo que o segundo livro será  lançado durante o evento na sede da Fecomercio, em BH,  nesta segunda-feira,  das 08 às 18h, com presença das autoras, com painel de palestras, debates etc.

Hoje, o dia todo,  acontece a “Convenção “WeShare W2W”,  idealizada pela empreendedora Cris Ferreira, que  concebeu e coordenou os livros, “Xá Comigo” e  “Xá com Elas”,  junto à mais 32 autoras mineiras, sendo que o segundo livro será  lançado durante o evento na sede da Fecomercio, em BH,  nesta segunda-feira,  das 08 às 18h, com presença das autoras, com painel de palestras, debates etc.

Serão 10 horas de evento com palestras, shows, sorteio de brindes e informações sobre empreendedorismo feminino. O evento conta com a presença também de  da  renomada e premiada publicitaria e escritora Cris Paz (que assinava Cris Guerra), que assina o  prefacio do livro.

No primeiro livro “Xá Comigo” foram 30 autoras mineiras e, por isso, Xá com X. O lançamento aconteceu na sede da FGV em BH em 2017.

Durante a “Convenção “WeShare W2W”, neste ano, Cristiane Ferreira também anuncia a terceira edição do projeto com a produção do novo  livro  “Agora, é com elas”, que já tem autoras brasileiras que moram e empreendem em Nova York, Boston, Florida, Fortaleza, SP, RJ e algumas cidades de Minas.

SOBRE O LIVRO XÁ COM ELAS!

Livro XÁ COM ELAS! Este jeito mineirim de dizer que pode deixar com elas, mulheres, empreendedoras, guerreiras inspiradoras. Você vai se emocionar e empoderar-se com elas que decidiram ser a mudança necessária para vida ficar muito melhor, mais justa, mais acolhedora, mais  humanizada, mais florida, colorida, cheirosa e agradável de se viver.

AUTORAS:

Adriana Lemos | Alessandra Teles | Alzira Montes | Ana Teles | Andrea Angelini | Anita Cardoso | Bell Gonçalves | Cláudia Vigatti | Elizabete Martins Campos | Gê Morais | Gleinda Aguiar | Hérika Costa | Isabel Moura | Jairienne Guimarães | Juliana Amaral | Leila De Luca | Luzedna Glece | Mica Fonseca | Mônia Alves de Souza | Morgana Nogueira | Naila Trícia | Olívia Lopes Vieira | Pollyanna Leal | Renata Vilela | Sandra Oliveira | Sandrelli Rois | Tamara Jota | Vanessa Ferreira | Vanessa Paschoalin | Viviane Ramos | Záira Pereira | Zizi Soares.

Editora UNISV

Organizadora: Cris Ferreira

Prefácio: Cris Guerra

Para saber sobre o evento WeShare W2W acesse agora mesmo o  instagram @soucrisferreira.

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MULHERES, MÚSICA E CINEMA MARCAM O MÊS DE MARÇO EM POA

Dentro das comemorações do mês da mulher, a cineasta e jornalista mineira, Elizabete Martins Campos dirige um curta-metragem sobre o Acervo Elis Regina, situado na Casa de Cultura Mário Quintana, participa de sessão especial, em homenagem a cantora Elza Soares, tema do seu primeiro longa-metragem “My Name is Now“, na Cinemateca Paulo Amorim, ambas atividades em Porto Alegre (RS), realizadas pela Casa de Cultura Mário Quintana, Cinemateca Paulo Amorim, Instituto Estadual de Cinema do RS e Secretaria de Estado de Cultura do RS. A diretora divulga também seu segundo longa, que vem sendo preparando para rodar com a Cantora Maria Alcina, em Cataguases (MG).

“Três mulheres, três grandes artistas, signos da genuinidade das artes brasileiras, três cantoras que marcam a história do povo brasileiro, ter a oportunidade de mergulhar nestes universos e, de alguma forma colaborar para que mais pessoas possam também, por meio do cinema ter uma experiência musical e imagética com essas três forças, é algo que muito respeito, tanto pelas trajetórias de arte, quanto de vida das três, que para mim, de forma diferente, representam a mulher brasileira, cada uma ao seu modo, com suas diversidades e riquezas culturais“, comenta Elizabete.

Das três cantoras pesquisadas pela diretora, a mais recente é a porto-alegrense, Elis Regina, chamada carinhosamente de “Pimentinha“. A artista é aclamada no Brasil por sua voz e performances musicais. Entre os entrevistados estão o músico, compositor e jornalista, Arthur de Faria,  autor do livro “Elis, Uma Biografia Musical“, a ex-professora da cantora, Aida Wailer Ferrás (88) e Almiro Paiva Carvalho (91), tio de Elis Regina, que participa das filmagens realizando uma doação para o Acervo Elis Regina, de um instrumento que pertenceu à estrela.

O curta é uma iniciativa da Casa de Cultura Mário Quintana para valorizar o acervo da Elis Regina, que existe desde 2005. O acervo celebra a memória da cantora, nascida na cidade e que nos deixou a 40 anos atrás. O curta tem patrocínio do Banrisul e realização da AACCMQ (Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana) e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul – SEDAC RS.

O documentário conta com a equipe de profissionais do audiovisual como os artistas Elizabete Martins Campos (Direção E Roteiro), Carla Cassapo (Direção de Produção), Guilherme Santos (Direçao de Fotografia), Raysa dos Santos (Captaçao e Edição de som), Frederico Ruas (Montagem) e Leliane de Castro (redes sociais) formam a equipe do projeto.

O produtor Thiago Marques Luiz, a cantora Maria Alcina, a cineasta Elizabete Martins Campos e Tatiana Tonucci, da IT Filmes, durante reunião, em 2019, sobre o filme. Foto: Fábio Cardoso

O filme com a cantora Maria Alcina, em fase de pesquisa e desenvolvimento, será rodado a maior parte na cidade de Cataguases, na Zona da Mata Mineira, terra onde nasceu a cantora, consagrada no “Festival Internacional da Canção, em 1972, com a música “Fio Maravilha“, de Jorge Ben.  O projeto conta com co-realização do Pólo Audiovisual da Zona da Mata e patrocínio da Energisa e busca novos parceiros para as filmagens.

Elizabete Martins Campos e Elza Soares

O longa-metragem “My Name is Now“, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em duas categorias Melhor Filme Documentário de Longa-Metragem e Melhor Trilha Sonora Original, apresenta em alto e bom som, a visceral cantora Elza Soares (1930/2022)  será exibido, gratuitamente,  no 06 de março, às 19h, na Sala Eduardo Hirtz, da Cinemateca Paulo Amorim,  durante a Sessão Especial Elza Soares, “Essa Mulher Tem Poder‘, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, com a presença da diretora do filme Elizabete Martins Campos.   A Casa de Cultura Mário Quintana fica na R. dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre – RS.

No dia 19 de março, o Núcleo de Cineclubes de Niterói realiza sessões gratuitas do filme, na Sala Nelson Pereira dos Santos e na Biblioteca Parque de Niterói, Rio de Janeiro.

No 31 Março às 18 horas, acontece uma sessão do filme dentro  “BRASIL MUSICAL, da Nitrato Filmes, na Casa do Cinema de Coimbra, Av. Sá da Bandeira 83-3, 3000-351 Coimbra, Portugal.

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EXPOSIÇÃO “FESTIVAL HORS PISTES BRASIL – A ECOLOGIA DAS IMAGENS”, estreias das mineiras Elizabete Martins Campos e Leliane de Castro

A exposição “Festival Hors Pistes Brasil – A Ecologia das Imagens”, em cartaz até o dia 29 de dezembro no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, acaba de ganhar duas novas obras criadas especialmente para dialogar com as que já compõem a mostra. Nessa 2ª fase, duas artistas mineiras participam: Elizabete Martins Campos, com a Obra “Em si, fora de si”, e Leliane de Castro,  com “A Grosso Modo”. 

“Em Si, Fora de Si” (2021) traz dois conceitos:  “Em Si”, é a confluência da natureza consigo mesma, transformando-se, regenerando, gerando novas vidas na terra e, “Fora de Si”, a atuação do ser humano junto à mesma, deteriorando radicalmente, o habitat e a natureza própria das coisas.  As imagens da obra fazem parte do acervo da artista e trazem cenas rodadas na mata atlântica brasileira, em 2012, com fotografias dela e dos parceiros Paolo Giron, Alonso Pafyeze e Pablo Paniagua.

Quadro da Obra “Em si, fora de si”

“A Grosso Modo” (2021) é uma experiência de observação do cotidiano que nos rodeia, mas não é visto a olho nú, criando um pensamento fluido, através de provocações e a identificação das singularidades e semelhanças entre texturas dos reinos da natureza, o olhar e pulsar da artista. Todas as imagens foram realizadas microscópio digital

Quadro da Obra “A Grosso Modo”

A mostra utiliza o digital para abordar a proteção ao meio ambiente, o consumo de imagens e telas e muitos outros questionamentos. Ela foi concebida no Centro Pompidou, com curadoria de Géraldine Gomez e realização em Belo Horizonte do Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais e da Aliança Francesa de Belo Horizonte.

O festival apresenta obras visuais internacionais que exploram o mundo em que vivemos, destacando a interação, cada vez maior, entre o cinema e outras áreas artísticas. Artistas renomados e emergentes se unem no que é a criação mais inovadora da atualidade.

O tema A ecologia das Imagens propõe que todos questionem os possíveis significados entre o visível e o invisível envolvidos em toda a riqueza visual presente no cotidiano. As obras trazem interpretações dos seres humanos e sua tecnologia como testemunhas ou mesmo invasores sobre a questão ambiental. Bilhões de pessoas estão onipresentes no cenário digital, que se transforma em um ecossistema, e refletem sobre preocupações ecológicas e uma transformação mundial que já está acontecendo.

A curadora Géraldine Gomez explica que as imagens cinematográficas e digitais se entrelaçam, projetadas nas paredes, telas, sobre a água, uma membrana, imagens de diversos e que têm como elo a da observação do mundo. “A exposição oferece uma parada, uma brecha, um sopro suspenso da imagem: não aquela que vemos, mas aquela que falta. Não aquela que não teria sido filmada, mas aquela que pressagia uma cena ainda por vir, como os sacerdotes da antiguidade, que com a ponta de uma vara traçam um retângulo no céu e observam um sinal que surgiu”, reflete.

O Hors Pistes é um festival criado pelo Centre Pompidou em 2006. Está implantado desde a sua criação, no panorama nacional e internacional. Tóquio, Nova York, Málaga, Istambul, Londres, Veneza, Barcelona, ​​Tanger, Sydney, Reykjavík, Havana e Bruxelas são algumas das cidades que já receberam o festival.

“Festival Hors Pistes Brasil – A Ecologia das Imagens”

Estão expostos seis filmes de cinco artistas, além das artistas mineiras convidadas Elizabete Martins Campos,  “Em si, fora de si” e Leliane de Castro,“A Grosso Modo”. Em “Haptophilia” (2016), o artista Nicolas Gourault utiliza linguagens como fotogrametria, modelagem 3D e simulação física; Jacques Perconte, em “Le Tempestaire” (2020) e o lançamento Ouinze Mille (Pieds) (2021) com filme infinito; a série de vídeos inéditos Floralia (2021), de Sabrina Ratté; as animações em 3D “Cores” (2020), de Nicolas Sassoon & Rick Silva, e “Manono, Des écrans pour esthétiser la misére” (2019), de Seumboy Vrainom.

O Centro Georges Pompidou, na França, é um dos maiores complexos culturais da Europa e sempre busca formas diferentes de discutir a arte.

Em cartaz no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, entre os dias 5 de novembro e 29 de dezembro, a mostra utiliza o digital para abordar a proteção ao meio ambiente, o consumo de imagens e telas e muitos outros questionamentos. A exposição integra a programação do Novembro Digital, em Belo Horizonte, e inicia uma parceria entre o Centro Pompidou e o Brasil. Inaugurada na capital mineira, a mostra segue para mais cinco cidades: Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Luís.

Saiba mas sobre as artistas mineiras

Elizabete Martins Campos é cineasta, jornalista, roteirista, fotógrafa, “Em Si, Fora de Si é sua estreia em artes visuais. Em 2009 funda a iT Filmes, Comunicação e Entretenimento. Vencedora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2019,  com o filme “My Name is Now, Elza Soares”, como Melhor Filme Documentário – Júri Oficial e Melhor Trilha Sonora

Leliane de Castro é artista visual, fotógrafa, design e videomarker.
Atualmente desenvolve o projeto “Artes Sentidos BH”, que integra sua série de experimentações em videoarte, fotografia e ilustrações, sobre Belo Horizonte, sua gente, arte, cultura, lugares, saberes e sentidos, que serão reunidos e disponibilizadas em plataforma digital. Em 2019 funda a Áurea Artes, Audiovisual, Design Integrado e Mkt.

Local: Galeria “Janelas para o Mundo”, no MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal
Praça da Liberdade – Funcionário, Belo Horizonte

Dias e horários de funcionamento:
Terça a Sábado: das 11 às 18h
Quinta-feira: das 11 às 21h
Toda última terça-feira do mês: das 12 às 17h

Obs: A partir de 28 de dezembro reaberto para visitação após recesso do Natal

Informações:  Serviço de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França para o Estado de Minas Gerais e da Aliança Francesa de Belo Horizonte

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RTP exibe hoje “My Name is Now, Elza Soares”, da realizadora brasileira Elizabete Martins Campos

O longa-metragem “My name is Now, Elza Soares” , escrito, dirigido e produzido pela cineasta e jornalista brasileira, Elizabete Martins Campos,  chega nesta quarta-feira, 20 de outubro de 2021, para todo o globo, em parceria com a NITRATO FILMES, pela RTP, no ar desde 1957, primeiro canal televisivo mundial em língua portuguesa. A sessão do filme, que é um ensaio da autora sobre o Brasil, acontece às 23:35 local.

A chegada do longa, em Portugal, que aconteceu em 14 de março de 2019, pela primeira vez, numa parceria entre a produtora do longa, IT FILMES, e a NITRATO FILMES, distribuidora e exibidora portuguesa, criada e dirigida pelo casal português amantes da sétima arte, Américo Santos e Cristina Mota, e que se tornaram referência quando o assunto é a presença do cinema brasileiro em Portugal, traz uma história bonita e afetiva de como aconteceu.

Em 2018,  o longa “My Name is Now”,  já estava programado para ser lançado em mais de 30 salas de cinema, em 2o Estados Brasileiros pela IT FILMES, dentro do  projeto CIRCULABIT –  CIRCUITO DE CRIAÇÃO E DIFUSÃO DO AUDIOVISUAL INDEPENDENTE BRASILEIRO, desenvolvido pela produtora, que também assina a distribuição do longa, em  parceria com diferentes exibidores. No entanto, um outro grande desafio ainda estava em processo, uma realizadora independente conseguir janelas fora do Brasil.

Foi então, que a produtora iniciou uma série de ações neste sentido. Dentre  envia email aqui, telefonemas ali, para diferentes possibilidades, foi por meio do facebook, que Elizabete Martins Campos, conhece o ativista da música em língua portuguesa, o português Luis Reis. Naquele momento, tudo que ela queria era uma carta de intenção, dizendo que alguém havia interesse em exibir o filme na terra dos patrícios e de lá quem sabe mais porta, digo, janelas abririam.

É então, que Luis Reis,  definitivamente em cena. Ao receber uma mensagem da diretora brasileira Elizabete, perguntando se ele conhecia alguém, que pudesse colaborar,   ele disse que iria pensar.  Logo, logo, ele retornou, conectando a cineasta e artista portuguesa Luisa Sequeira à ela, que explicou que precisava de uma carta de apoio para tentar abrir portas em Portugal.

Foi assim, que tudo começou, com a historia deste filme que ficou, em cartaz, por cinco semanas no Cinema Trindade, em Porto.

“O encanto e verdade está presente nos “pequenos atos”, do dia a dia, como este de Luiz Reis, sempre acompanhado da inteligente e gentil esposa, também amante das artes, Paula Reis, que não mediram esforços para sonhar, comigo, essa possiblidade, que tornou uma realidade”, conta a Elizabete.

Em 20 de março de 201, Luis Reis publica no seu face, “quinta-feira saímos rumo à Invicta, vamos assistir ao filme de Elza Soares, viagem tranquila até à chegada, depois o trânsito sempre “ infernal” nas grandes cidades, em especial quando não conhecemos bem a cidade… Para de alguma forma tentarmos minimizar, o primeiro café no Porto é pertinho do Cinema Trindade, simpatia e boa disposição vinham com o cafezinho, sem pagarmos mais por isso. Já no cinema o reencontro com Manuela Pimentel e Jas Joao A. Silva, dois artistas plásticos que tanto admiro, e passado algum tempo tenho o prazer de conhecer Lu Sequeira, Elizabete Martins Campos e EF Sama!!! Já no escurinho do cinema assistimos ao filme de Elizabete, um filme cheio de magia, vida, a Elza percorre esse “túnel” que é a vida, às vezes escuro, às vezes cheio de cor, vivendo, vivendo, vivendo sempre o Agora!!! Acabada a sessão as reacções, os comentários, e uma bela companhia a qual se junta Américo Santos e Cristina Mota , algures pelo Porto, janta-se, escolhe-se mesas, a escolha faz parte da nossa liberdade, e finalmente encontramos a mesa certa, falou-se, e falou-se, como é bom uma boa conversa com pessoas interessantes , come-se Francesinhas, Saladas, mas a ementa especial são as palavras !!!… Almoço, mais Francesinhas, mais Porto, mais companhia, que vem do outro lado do Atlântico, Elizabete Martins, mais historias, mais palavras, acabamos no Porto a ouvir Selma Uamusse, o único CD que por esquecimento estava no leitor, e que belo esquecimento. Voltamos à estrada, eu e Paula Reis, sempre eu e a Paula, na estrada da vida !!!”, Luis Reis.

Luis Reis, Paula Reis e Elizabete Martins, após estreia do filme no Cinema Trindade

Neste trajeto firma o encontro da diretora Elizabete Martins e a artista investigadora e cineasta e curadora, Luísa Sequeira, quem fez a ponte do projeto junto ao “casal cinema”, Américo e Mota. Luiza é uma agitadora cultural,  organiza dois festivais de cinema: o Shortcutz Porto, e o primeiro festival de cinema em Portugal dedicado a filmes feitos com celular, o Super 9 Mobile Film Fest. Ela foi a responsável e argumentista do ” Fotograma”, um dos programas de televisão mais interessantes sobre cinema,  um maganize autoral dedicado ao cinema em língua portuguesa. Trabalha em diferentes plataformas, como,  vídeo, filme e fotografia, explorando as interseções do cinema e dos media emergentes. Recentemente, tem trabalhado com experiências de cinema expandido no teatro e faz doutoramento em Arte dos Media.

Cineasta e artista portuguesa Luisa Sequeira e Elizabete Martins Campos, durante entrevista, em março de 2019, na RTP

Esta mulher ativista das artes, feminista por essência, Luisa Sequeira, definitivamente,  colaborou para cravar a historia de uma outra mulher independente na história do cinema brasileiro em Portugal e no mundo. “My Name is Now” é um filme intenso e visceral, só poderia ser escrito e realizado por uma mulher, e ela chama-se Elizabete Martins Campos, uma cineasta fora do “eixo”. Um filme que está na fronteira entre o cinema experimental, documental, musical e  performático. A rodagem demorou 10 anos,  um trabalho de resistência e resiliência, fruto de uma relação entre Elza Soares e a Elizabete Martins Campos.  Essa relação  cúmplice entre as duas mulheres sente-se no filme”, comenta Luisa Sequeira.

Elizabete Martins e a cantora Elza Soares – foto divulgação Duda Las Casa

Posterior, à campanha em Portugal, a diretora Elizabete Campos apresentou o filme “My Name is Now, Elza Soares”, durante o FESTIVAL DU CINÉMA BRÉSILIEN DE PARIS , numa sessão especial  de sábado a noite no Cine La`Artequin, realizado pela produtora brasileira Kátia Adler, em Paris, pela Jangada Filmes.

CRÍTICAS SOBRE O FILME

“My name is Now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas”, André Miranda, O Globo.“Documentário sobre Elza Soares passa ao largo do formato tradicional. O filme de Elizabete Martins Campos consegue uma abordagem original sobre essa que é uma das grandes cantoras brasileiras e também uma personagem superlativa”, Luiz Zanin Oricchio, O Estado de S. Paulo. 

“No sentido mais primitivo que tal presença pode envolver: há nela uma relação com a câmara de filmar que oscila entre a resistência e a entrega, a confissão mais desnudada e o teatro mais elaborado. Por tudo isso, My Name Is Now é um filme que merece ser descoberto,” João Lopes , Jornal Diário de Notícias, Portugal.

“Em 2016, A Voz do Brasil volta aos holofotes numa empreitada audiovisual: “My Name is Now”, dirigido por Elizabete Martins Campos, realizado pela It Filmes, produtora cinematográfica de Betim, o longa é o único mineiro entre os 10 finalistas do Prêmio Netflix, por Por Lucas Buzatti, O Tempo.
“A intenção da direção foi potencializar essa voz tão múltipla e representativa. Ali estão várias Elzas falando para tantas outras Elzas”, Por Adriana Izel; Irlam Rocha Lima, Correio Braziliense.

My Name is Now, Elza Soares
um filme de Elizabete Martins Campos

longa . 73 minutos . Colorido e P&B . Brasil, 2014
Cor e P&B . 1.85 . 5.1 . DCP . Produzido e distribuído pela IT Filmes e CIRCULABIT – Circuito de  Criação e Difusão do Audiovisual Independente em Multiplataformas.

O longa-metragem “My Name is Now, Elza Soares”, foi vencedor em 2019 do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro/2019, como MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO – JÚRI POPULAR e MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL JÚRI OFICIAL,

depois de ter estreado em salas 30 salas de cinema no Brasil, 2018 e no Cinema Trindade, em Porto, Portugal em 2019, e passado por mais de 30 festivais e mostra, sendo noticiado pelos principais veículos de comunicação e recebendo diferentes prêmios.

SINOPSE

Elza chega em casa e cara a cara, diante do espelho/câmera, nos desafia numa saga, que ultrapassa o tempo, espaço, preconceitos, perdas e sucesso. Mas ela é dura na queda, num rito, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, incorporada ancestralidades brasileiras, como uma fênix transcende em música e canta gloriosamente

Trailer 


FICHA TÉCNICA DA EQUIPE
MY NAME IS NOW, ELZA SOARES
Estrelando ELZA SOARES
Direção: Elizabete Martins Campos
Autoria: Elizabete Martins Campos
Roteiro Elizabete Martins Campos, Ricardo Alves Jr.
Produção: Elizabete Martins Campos, Tatiana Tonucci
Trilha Sonora e performances Elza Soares
Trilha Sonora Original: Elza Soares, Alexandre MartinsDesenho de Som Pablo Lamar
Direção de Arte Alonso Pafyeze, Lorena Ortiz
Direção de Fotografia Paolo Giron
Imagens Paolo Giron, Elizabete Martins Campos, Alonso Pafyeze, Beto Magalhães, Duda Las Casas, Pablo Paniagua
Montagem Lorena Ortiz, Pablo Paniagua
Produção e Distribuição: iT Filmes e CIRCULABIT – Circuito de  Criação e Difusão Audiovisual em Multiplataformas