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NA PAREDE DA MEMÓRIA, ELIS REGINA, dirigido por Elizabete Martins Campos estreia nesta quinta

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), lança nesta quinta-feira, 23 de junho, o filme “Na parede da memória, Elis Regina”, dirigido pela mineira Elizabete Martins Campos. O curta-metragem documentário estará disponível a partir das 20h no YouTube da CCMQ.   O curta-metragem reúne depoimentos de pessoas muito próximas à Elis Regina e um significativo material documental do acervo mantido pela CCMQ, maior coleção pública dedicada à cantora no Brasil.

Trailer do curta-metragem “Na Parede da Memória, Elis Regina”

Convite aniversario Elis Regina 1 aninho – Filme Na Parede da Memória Elis Regina, direção Elizabete Martins Campos – foto Guilherme Santos. Acervo Elis Regina

“No Filme Elis revisita sua terra natal, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul,  onde encontra-se o Acervo Elis Regina. O trabalho revela o coração e segredos de Elis Regina, por meio de depoimentos e/ou cartas dela para pessoas que conviveram muito próximo da cantora, como a ex-professora Aida Ferrás, a quem a artista escreveu uma carta em 1969 e, o jornalista Juarez Fonseca,  para quem ela cedeu entrevistas exclusivas.  O filme traz a música da cantora, a caligrafia dela, a voz da mulher de ontem e de hoje, onde ela fala de machismo, desejo, superação,  de querer viver.  Um documentário tomado por Elis”, declara a cineasta Elizabete Martins Campos.

Carta Elis para Ex-prof Aida Férras – Filme Na Parede da Memoria, Elis Regina, direção Elizabete Martins Campos – foto Guilherme Santos –  Acervo Elis Regina

Casa onde cresceu Elis Regina – Conjunto IAPI – Porto Alegre –  filme na Parede da Memória, direção Elizabete Martins Campos, foto Guilherme Santos – Acervo Elis Regina

O filme  mostra locais incríveis, como a Casa onde Elis Regina cresceu, no Conjunto IAPI, em Porto Alegre, o Edifício União, onde funcionava a  Rádio Gaúcha, um dos primeiros contratos de Elis, e imagens raras reunidas pelo acervo Elis Regina e do seu tio Almiro Paiva Carvalho, chamado carinhosamente por Elis, de tio Juca e seu primo, Gerson Carvalho que aparecem no filme doando, uma relíquia de  violão, que pertenceu à cantora.

Doação de violão que pertenceu a Elis –  Filme Na Parede da Memória Elis Regina. Acervo Elis Regina

Segundo Elizabete Campos, tem sido um grande aprendizado sobre o Brasil para ela, estudar mais a fundo, a vida e obra de Elis Regina. “Uma artista intocável, por tudo que ela representa e, acredito que este trabalho desenvolvido pelo Acervo Elis Regina, da Casa de Cultura Mário Quintana Casa Mário Quintana, definitivamente, fortalece a memória coletiva em torno do universo de Elis Regina, mito vivo da cultura brasileira”, diz. 

”Parabenizo e agradeço, a toda equipe de cineastas, que assinam este trabalho colaborativo, a equipe do Acervo Elis Regina e Casa de Cultura Mário Quintana Casa Mário Quintana, em especial ao Diego Groisman, Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana pelos excelentes trabalhos desenvolvidos,  a Beatriz Araujo, Secretária da Cultura do Rio Grande do Sul, Alexandre Veiga Coordenador do Acervo Elis Regina, a jornalista Mônica Kanitz, ao grande realizador cinematográfico e Diretor do Instituto Estadual de Cinema –  IECINE-RS, Zeca Brito, a BANRISUL e, a todas personagens e pessoas que ajudaram de uma forma ou de outra para que este curta acontecesse”, completa Elizabete.

Equipe Carla Capasso, Fred Groisman, Guilherme Santos, Elizabete Campos, Ray Fisch –  Filme Na Parede da Memória, Elis Regina –  fotografia Guilherme Santos. Acervo Elis Regina

O Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana, Diego Groisman destaca a importância da CCMQ, que salvaguarda o maior acervo público sobre a cantora Elis Regina, realizar o curta-metragem. “Fazer um documentário, que mostra um pouco da história da Elis, com depoimentos inéditos de pessoas que tiveram convivência com ela, é muito importante para que mais pessoas possam conhecer um pouco mais sobre esse grande ícone da música brasileira.

A Casa de Cultura fica muito feliz de poder expor ao seu público um documentário tão sensível, e colaborar, desta forma, para ampliar a visibilidade do Acervo Elis Regina, um lugar muito importante para valorizar e celebrar a memória de Elis Regina”, diz.

Foto Fernanda Chemale

A produtora cinematográfica e atriz, Carla Capasso, comenta que “foi um privilégio fazer parte da equipe do curta Nas Paredes da Memória, na função de produtora. Trazer visibilidade para o Acervo da Elis Regina, situado no belo prédio histórico da Casa de Cultura Mário Quintana, é extremamente relevante. Elis foi/é uma grande mulher – acima de tudo – e é um exemplo de artista conectada com o seu tempo: reflexiva, provocativa, aberta e atenta a novos(as) compositores(as), além de ter uma voz potente e interpretações inconfundíveis. Conhecer mais de Elis nunca é demais, especialmente ao lado de uma equipe tão afinada e de uma diretora sensível e criativa. Elis Vive e quanto mais pessoas souberem disso, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no Brasil e no mundo, melhor pra todas e todos”.

Segundo o cineasta Fred Ruas,“fazer parte de um documentário sobre Elis Regina foi uma chance de se conectar com uma força extraordinária de sensibilidade e afronta. Uma chance, também, de se conectar comigo mesmo e refletir sobre o que nos conecta. Elis é uma das pouquíssimas artistas gaúchas que foi capaz de romper a bolha de uma província para conquistar corações em todo o Brasil. Ela dizia que não saiu do Rio Grande do Sul para se vestir de prenda e fundar um CTG (Centro de Tradições Gaúchas) no Rio de Janeiro. Vindo de um estado com um tradicionalismo alicerçado em belicosidade, machismo e massacres aos povos negros e indígenas, eu vejo a Elis Regina como a tradição que eu escolho seguir. Uma tradição de criatividade, coragem, progressismo. Elis é o Brasil que eu quero”, indaga.

Para o Diretor do Instituto Estadual de Cinema –  IECINE-RS, Zeca Brito, o filme “Elis, na parede da memória” dá continuidade à  investigação autoral da realizadora Elizabete Martins Campos sobre as biografias femininas da música brasileira. Nesta obra ela resgata memórias ocupando espaços com afetividade, humanizando cartas e buscando a narrativa dos objetos, das coisas que ficaram para contar a história. Elis, o mito, e sua presença em um acervo que resgata sua vida e sua obra.”

Ficha Técnica

NA PAREDE DA MEMÓRIA
E L I S  R E G I N A
Documentário, 21`:45″, Colorido, P & B, digital, Porto Alegre, Brasil, 2022.

LOGLINE
Elis vive e volta a Porto Alegre, no Brasil. 
Nas Paredes da Memória, Acervo Elis Regina, Casa de Cultura Mario Quintana.

SINOPSE
Um documentário sobre o Acervo Elis Regina.
Por meio de memórias, convívios, olhares e imagens e sons vivos, Elis Regina vive. 

Direção e Argumento 
Elizabete Martins Campos

Roteiro e Montagem
Elizabete Martins Campos
Frederico Ruas

Pesquisas
Carla Cassapo 
Elizabete Martins Campos

Direção de Fotografia 
Guilherme Santos

Operação de câmera e drone
Guilherme Santos

Som Direto e Edição de Som 
Ray Fisch

Finalização 
Frederico Ruas

Direção de Produção 
Carla Cassapo

Motorista
Jorge Monti

Entrevistados

  • Aida Ferrás
  • Almiro Paiva Carvalho 
  • Arthur de Faria
  • Camila Lopez
  • Gerson Carvalho 
  • Juarez Fonseca

Agradecimentos

  • Alexandre Veiga
  • Andréa Camboim
  • Andrei Moura
  • Camila Sequeira
  • Cida Pimentel
  • Clara Marques
  • Eduardo Vital

Equipe iT Filmes e Circulabit

  • Henrique Sativa
  • Leliane de Castro
  • Liana Zogbi
  • Maria Beatriz Pereira 
  • Maria Campos
  • Marinete de Andrade
  • Mônica Kanitz
  • Naomi Siviero
  • Press Café
  • Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
  • Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão 
  • Tânia Carvalho 
  • Tatiana Reis
  • Thiago Flores
  • Zeca Brito
  • Secretária de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul
  • Beatriz Araujo 
  • Secretária de Estado Adjunta da Cultura do Rio Grande do Sul
  • Gabriella Meindrad
  • Assessora Especial de Artes e Economia Criativa
  • Ana Fagundes
  • Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana
  • Diego Groisman 
  • Diretor do Instituto Estadual de Cinema –  IECINE-RS
  • Zeca Brito
  • Diretora do Instituto Estadual de Música – IEM-RS 
  • Cida Pimentel 
  • Coordenador do Acervo Elis Regina
  • Alexandre Veiga 
  • Patrocínio 
  • BANRISUL
  • Apoios 
  • Cinemateca Paulo Amorim
  • Discoteca Natho Henn
  • IECINE
  • IEM

Realização 

  • Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana (AACCMQ)
  • Casa de Cultura Mario Quintana Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul – SEDAC RS
Montagem_Cantoras-2-1

MULHERES, MÚSICA E CINEMA MARCAM O MÊS DE MARÇO EM POA

Dentro das comemorações do mês da mulher, a cineasta e jornalista mineira, Elizabete Martins Campos dirige um curta-metragem sobre o Acervo Elis Regina, situado na Casa de Cultura Mário Quintana, participa de sessão especial, em homenagem a cantora Elza Soares, tema do seu primeiro longa-metragem “My Name is Now“, na Cinemateca Paulo Amorim, ambas atividades em Porto Alegre (RS), realizadas pela Casa de Cultura Mário Quintana, Cinemateca Paulo Amorim, Instituto Estadual de Cinema do RS e Secretaria de Estado de Cultura do RS. A diretora divulga também seu segundo longa, que vem sendo preparando para rodar com a Cantora Maria Alcina, em Cataguases (MG).

“Três mulheres, três grandes artistas, signos da genuinidade das artes brasileiras, três cantoras que marcam a história do povo brasileiro, ter a oportunidade de mergulhar nestes universos e, de alguma forma colaborar para que mais pessoas possam também, por meio do cinema ter uma experiência musical e imagética com essas três forças, é algo que muito respeito, tanto pelas trajetórias de arte, quanto de vida das três, que para mim, de forma diferente, representam a mulher brasileira, cada uma ao seu modo, com suas diversidades e riquezas culturais“, comenta Elizabete.

Das três cantoras pesquisadas pela diretora, a mais recente é a porto-alegrense, Elis Regina, chamada carinhosamente de “Pimentinha“. A artista é aclamada no Brasil por sua voz e performances musicais. Entre os entrevistados estão o músico, compositor e jornalista, Arthur de Faria,  autor do livro “Elis, Uma Biografia Musical“, a ex-professora da cantora, Aida Wailer Ferrás (88) e Almiro Paiva Carvalho (91), tio de Elis Regina, que participa das filmagens realizando uma doação para o Acervo Elis Regina, de um instrumento que pertenceu à estrela.

O curta é uma iniciativa da Casa de Cultura Mário Quintana para valorizar o acervo da Elis Regina, que existe desde 2005. O acervo celebra a memória da cantora, nascida na cidade e que nos deixou a 40 anos atrás. O curta tem patrocínio do Banrisul e realização da AACCMQ (Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana) e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul – SEDAC RS.

O documentário conta com a equipe de profissionais do audiovisual como os artistas Elizabete Martins Campos (Direção E Roteiro), Carla Cassapo (Direção de Produção), Guilherme Santos (Direçao de Fotografia), Raysa dos Santos (Captaçao e Edição de som), Frederico Ruas (Montagem) e Leliane de Castro (redes sociais) formam a equipe do projeto.

O produtor Thiago Marques Luiz, a cantora Maria Alcina, a cineasta Elizabete Martins Campos e Tatiana Tonucci, da IT Filmes, durante reunião, em 2019, sobre o filme. Foto: Fábio Cardoso

O filme com a cantora Maria Alcina, em fase de pesquisa e desenvolvimento, será rodado a maior parte na cidade de Cataguases, na Zona da Mata Mineira, terra onde nasceu a cantora, consagrada no “Festival Internacional da Canção, em 1972, com a música “Fio Maravilha“, de Jorge Ben.  O projeto conta com co-realização do Pólo Audiovisual da Zona da Mata e patrocínio da Energisa e busca novos parceiros para as filmagens.

Elizabete Martins Campos e Elza Soares

O longa-metragem “My Name is Now“, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em duas categorias Melhor Filme Documentário de Longa-Metragem e Melhor Trilha Sonora Original, apresenta em alto e bom som, a visceral cantora Elza Soares (1930/2022)  será exibido, gratuitamente,  no 06 de março, às 19h, na Sala Eduardo Hirtz, da Cinemateca Paulo Amorim,  durante a Sessão Especial Elza Soares, “Essa Mulher Tem Poder‘, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, com a presença da diretora do filme Elizabete Martins Campos.   A Casa de Cultura Mário Quintana fica na R. dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre – RS.

No dia 19 de março, o Núcleo de Cineclubes de Niterói realiza sessões gratuitas do filme, na Sala Nelson Pereira dos Santos e na Biblioteca Parque de Niterói, Rio de Janeiro.

No 31 Março às 18 horas, acontece uma sessão do filme dentro  “BRASIL MUSICAL, da Nitrato Filmes, na Casa do Cinema de Coimbra, Av. Sá da Bandeira 83-3, 3000-351 Coimbra, Portugal.

Filme a Criatura Sou Eu Ontem compete em Festival Internacional Super9 Mobile

O filme “A Criatura Sou eu Ontem”, direção Elizabete Martins Campos participa do “Super 9 Mobile Film Fes”-, festival internacional dedicado exclusivamente a filmes registados por telemóveis, que chega na sua sétima edição, com competição aberta a todos os países.

Assistam o curta “A Criatura Sou eu Ontem” e outras obras de diferentes categorias que o festival abarca, documentário, ficção, experimental, animação e música nesta plataforma do mesmo https://super9mobile.com/
“Super 9 Mobile Film Fes” foi criado pela cineasta e artista visual portuguesa Luisa Sequeira e é pioneiro, neste formato em Portugal e um dos pioneiros no mundo!

Cineasta e artista visual Luisa Sequeira

 

O projeto traz obras inéditas de diferentes realizadores e é um excelente exercício de contato direto com linguagens e experimentações utilizando celulares como plataforma para filmar, além de on line é gratuito o que garante seu perfil democrático e de livre acesso a bens culturais.
“A Criatura Sou eu Ontem” foi rodado no início de 2020, antes da pandemia no Brasil, totalmente com celular, na praia de Boiçucanga, no litoral norte de São Paulo, numa parceria artística entre a escritora Georgeta Gonçalves, a cineasta Elizabete Martins Campos e a fotógrafa, artista visual e design Leliane de Castro e trata de questões relacionadas ao meio ambiente, invisibilidade dos idosos e a violência com crianças no Brasil.

Veja a “A Criatura Sou eu Ontem” neste link https://super9mobile.com/…
Sinopse: Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental atravessado com a literatura de Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.
Ficha técnica
A Criatura Sou Eu Ontem
Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020
Roteiro, Direção, Imagens e Montagem Elizabete Martins Campos
Assistente de Direção, Finalização, Registros, Cartazes Leliane de Castro
Produção Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro
Trechos do livro
Um gato no mercado
de Georgeta Gonçalves
Editora Autografia
Trilha Mar de Boiçucanga
Parceria
Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual
Kaaysá Art Residency
Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt
Realização
iT Filmes. Comunicação e Entretenimento
Imagens e links

https://filmfreeway.com/laurels/3536/Super9Mobile

iT Filmes lança curta experimental que reflete situação da criança e do idoso no Brasil, rodado com a escritora Georgeta Gonçalves

Nesta quinta-feira,  27 de agosto de 2020, às 20 horas, a iT FIlmes, Comunicação e Entretenimento,  lança em rede na web “A CRIATURA SOU EU ONTEM”,  curta metragem que trata da invisibilidade do idoso,  das precoces mortes de crianças no Brasil, atravessado com crônicas, poemas e reflexões da escritora e lixóloga, Georgeta Gonçalves, com trechos de seu livro “Um Gato No Mercado”. O trabalho é resultado das experimentações da diretora e jornalista Elizabete Martins Campos,  em filmar com populares, buscando formas em imagens e sons naquilo que cruza suas pesquisas, tempo e lugar, utilizando um celular, como ferramenta de registros e montagem durante o processo.

A partir do universo onde estava imersa (praia de Boiçucanga, no Litoral Norte de São Paulo) a diretora, Elizabete Martins Campos, dialoga com o ambiente, seus elementos naturais, captando sons de mar, vento e até vozes de crianças na areia, que compõem o curta, expressões que surgem na frente do registro,  como a de um garoto que, espontaneamente, recolhe e coloca no ponto de vista da mesma, um lixo plástico na areia: uma rodinha de carrinho, misturada a entulhos, galhos, vindos do mar, após uma forte chuva, no dia anterior. O menino parecia saber do que se tratava o curta, ofertando um objeto,  um signo importante ali, naquele momento, naquele quadro.

Assim, o enredo surgiu entre vozes da personagem Georgeta Gonçalves, suas expressões literárias e experiências profissionais, sons e imagens de natureza e vozes de transeuntes anônimos, que deixaram registrados suas interferências cênicas e no desenho de som.

Performances em tom de denúncia marcam o curta, como a sequência em que a personagem, Georgeta Gonçalves, lê a crônica “Um pouquinho irritada”. Ao terminar de ler, o telefone dela toca,  rompendo com o silêncio e ela atende  um call center de banco que oferece empréstimo consignado para aposentados. Desliga e apela: “toma no %#. Recebo 10 (dez) telefonemas deste por dia, um inferno”, dispara Georgeta.

Interessante, é que seu  livro, “Um Gato No Mercado”, Georgeta traz, exatamente, uma crônica que trata deste e outros tipos de desrespeito, em especial aos idosos no Brasil: “pense numa criatura mal humorada, muito. Façam uma operadora ligar três vezes perguntando se ela é Vera Lúcia, insistam. Ela tem a certeza que não é? Então, a criatura sou eu ontem, pouco antes de entrar no ônibus e dar de cara com um sujeito ocupando dois lugares preferenciais com as pernas bem abertas, uma lata de cerveja na mão e um palito de dentes no canto da boca”. 

Este curta faz parte de um conjunto de ensaios audiovisuais realizados em celular, sem nenhum outro tipo de suporte, pela diretora Elizabete Martins, no Litoral Norte de São Paulo, durante o início deste ano, que contou com o apoio e parceria com a artista visual, fotógrafa e design, Leliane de Castro, que no curta, “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, assina assistência de direção, finalização, registros fotográficos e cartaz.

Em fevereiro de 2020, antes da pandemia, as artistas Elizabete Martins Campos e  Leliane de Castro foram recebidas pelo Kaaysá Art Residency, fundada pela galerista Lourdina Jean Rabieh e a escritora e produtora Lucila Mantovani. A residência aposta no hibridismo de linguagens e na interdisciplinaridade e fica localizado em Boiçucanga. Neste período, as duas artistas tiveram momentos intensos de criação, filmando e fotografando uma série de ensaios com as artistas visuais Magui Kampf, Isabelle Passos, Camila Loreta e a escritora Lucila Mantovani, que participavam de uma residência no projeto Kaaysá. O material está em fase de montagem.

“Para mim foi muito potente a vivência e trabalhos desenvolvidos durante a passagem pelo Kaaysá, minha primeira experiência em conhecer de perto uma residência artística. Também foi muito interessante acompanhar a forma de execução do “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, que inicialmente não tinha nenhum roteiro ou preparação, e que vi surgir depois de uma fala da personagem, Georgeta, que chamou a atenção da diretora sobre invisibilidade de idosos e, em um final de  tarde, o curta foi surgindo como algo planejado, inclusive com improvisos de transeuntes que pareciam saber do que se tratava aquela mulher com um celular nas mãos, filmando uma outra mulher com um livro nas mãos e outra mulher registrando as duas com uma máquina fotográfica, no caso eu”, diz Leliane de Castro.

Curta dialoga com o livro Gato no Mercado de Georgeta Gonçalves

“Um Gato No Mercado” é um livro de crônicas do cotidiano. É o primeiro livro de Georgeta Gonçalves, 70 anos, ambientalista e educadora ambiental. O bom  humor, muitas vezes ácido, está presente em quase todo o livro. É  um livro  para rir descansar.”

 Trechos do Curta “A CRIATURA SOU EU ONTEM”

 “Nosso tempo é pequeno, nosso tempo é curto. Uma árvore vive mil anos, né? Uma borboleta vive horas, a gente vive anos. E a gente considera que somos a cereja do bolo, e nós não somos a cereja, nós não somos nem cereja, quanto mais do bolo. 

E a gente tá indo, nessa mania de criar lendas, e de parar de pensar.

Então, eu acho que tá faltando a gente pensar um pouquinho, que tudo que a gente jogou nessa água, que é a mesma que vai voltar… A água que eu bebi hoje, a que está na garrafinha, aqui, na minha bolsa, dinossauro já bebeu. Não tem um canudo vindo de Deus, dizendo: “Olha vou chupar a que tá suja e mandar uma nova. Ou seja, nascente não é o lugar onde ela nasce é onde ela passa.

 E a gente tá passando, porque a gente parou de pensar. A gente parou de ter tempo para pensar. A gente precisa ler, ler, ler. Ter informações, citar filósofos, citar cientistas. Que canseira, é tão bom uma rede, é tão bom pensar”, Georgeta Gonçalves

 ***

“Olá meninos mortos, já enterraram seus corpinhos queimados, seus corpinhos furados de bala. Os meninos mortos na lama, já estão enterrados desde antes de morrer, os de Mariana. Meninos mortos no fogo, no tiro. Os que tiveram tempo pediram socorro, pediram ajuda a Deus, ninguém se importou, não tem Deus que salve meninos pobres. Não tem fogo que não queime, não tem lama que não destroce os ossos, não tem tiro dado de tão perto que não mande a vida embora.

As notícias sobre vocês já não são manchetes. Nem uma semana se passou vocês ainda estão apodrecendo ainda a carne e ossos, fragmentos. E tudo que se faz é tentativa de não culpar ninguém, de transformar tudo em papeis, papeis, papeis, que ninguém sabe para onde vão. De mesa em mesa, de tela em tela, ganhando número, letras, talvez até senhas. Enquanto vocês alimentam os vermes debaixo da terra onde corriam felizes, a vida vai se tecendo cruel com os meninos que ainda brincam, vai marcando um a um. É preciso inventar o monstro da estatística, é preciso ter notícias comoventes, é preciso matar meninos”, , Georgeta Gonçalves.

SINOPSE

Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental com a escritora e lixóloga Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.

 

FICHA TÉCNICA

“A CRIATURA SOU EU ONTEM”

Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020

Roteiro, Direção, Imagens e Montagem 

Elizabete Martins Campos

Assistente de Direção,  Finalização, Registros, Cartaz 

Leliane de Castro

Produção 

Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro 

Trechos do livro

Um gato no mercado

de Georgeta Gonçalves

Editora Autografia

Parceria

Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual 

Kaaysá  Art Residency

Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt

Realização

iT Filmes. Comunicação e Entretenimento

www.itfilmes.com.br

Boiçucanga, São Paulo

Fevereiro de 2020

SERVIÇO

O curta é lançado hoje, 27 de agosto de 2020, às 20h, em rede,  no site da produtora iT Filmes e nas redes sociais dos parceiros e apoiadores do projeto: CIRCULABIT – CIRCUITO DE CRIAÇÃO E DIFUSÃO AUDIOVISUAL EM MULTIPLATAFORMAS, KAAYSÁ ART RESIDENCY, ESCAMBAU CULTURA, ÁUREA DESIGN INTEGRADO, CINEMA NA KOMBI

iT Filmes Comunicação e Entretenimento

https://itfilmes.com.br/itcanal/

Redes sociais Parceiros

Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual

https://www.facebook.com/circulabit.tudomov

Georgeta Gonçalves

https://www.facebook.com/georgeta.goncalves

Kaaysá  Art Residency

https://www.facebook.com/kaaysaresidency

Escambau Cultura

https://www.facebook.com/cambaucultura

Cinema na Kombi

https://www.facebook.com/cinemanakombi

Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt

https://www.facebook.com/aureadesignintegrado

20ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro – De 05 a 30 de dezembro 2019

60 filmes que estrearam nos cinemas de novembro de 2018 a outubro de 2019 em Sp

A cantora Elza Soares não precisa de maiores apresentações. Diva da música e com uma grande trajetória, ela conquistou, não só os palcos brasileiros, mas o mundo inteiro. Este não é um filme sobre a carreira da cantora, mas um filme que ela está vivendo. A partir da cantora, vemos um Brasil com um povo criativo, que vence seus obstáculos.

Sessão do filme My Name Is Now, Elza Soares – OAB Betim

Imperdível
Sessão do filme My Name is now, Elza Soares
com bate-papo com cineasta realizadora Elizabete Martins Campos

terça, 27/08/19, às 18:30h
Auditório da OAB Betim
Rua Clotilde Borges, 340, Jardim da Cidade, Betim

 

Informações:
O longa-metragem da cineasta e jornalista mineira, Elizabete Martins Campos, “My Name is Now, Elza Soares” levou 02 prêmios no último dia 14 de agosto, durante a cerimonia da 18ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Theatro Municipal de São Paulo, realizado pela Academia Brasileira de Cinema (ABC), sendo:

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO – JURI POPULAR
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

Produzido e distribuído pela IT Filmes, o longa foi lançado em 2018, em 22 salas de Cinema no Brasil e no exterior, pelo projeto Circulabit – Circuito Laboratorial Itinerante, Interativo de Difusão do Audiovisual

trailer https://vimeo.com/95887894

Realização:
OAB Betim e Comissão da Mulher Advogada e Comissão de Igualdade Racial

Parceria:
#iTfilmes Filmes
#Circulabit – Circuito Laboratorial, Itinerante, Interativo de Difusão do Audiovisual
Circuito Brasil Exibicoes Gratuitas

Nosso muito obrigada ao povo brasileiro!

Com muita alegria e gratidão, em nome de toda equipe “My Name is Now, Elza Soares”, nosso muito obrigado ao povo brasileiro pela escolha do nosso filme como MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO – JURI POPULAR e a Academia Brasileiro de Cinema pelo prêmio MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL no GRANDE PREMIO DO CINEMA BRASILEIRO

muita história para contar! Confira:
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO – JURI POPULAR
MY NAME IS NOW, ELZA SOARES de Elizabete Martins Campos. Produção: Elizabete Martins Campos e Tatiana Tonucci por IT Filmes, Comunicação e Entretenimento

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
MY NAME IS NOW, ELZA SOARES
Elza Soares e Alexandre Martins