10° Festival de Cinema Latino-Americano reúne 111 filmes de 17 países entre julho e agosto – ROLLING STONE

Estreias nacionais e exibição de filmes inéditos no Brasil estão na programação do evento, realizado em São Paulo

REDAÇÃO PUBLICADO EM 26/07/2015, ÀS 15H00

Entre 30 de julho e 5 de agosto, em São Paulo, será organizada a 10ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano, com exibição de 111 filmes de 17 países de América Latina e Caribe. A entrada é franca.

Mostra de Cinema de São Paulo terá cartaz feito por Martin Scorsese.

Destaque para as pré-estreias nacionais de Ato, Atalho e Vento, de Marcelo Masagão (que abre o festival para convidados em 29 de julho, quarta), Sermão dos Peixes, novo filme de Cristiano Burlan (pré-estreia no dia 30, quinta, às 21h30, no Cinesesc), Trago Comigo, de Tata Amaral (pré-estréia mundial no dia 31, sexta, às 21h, no Memorial) e As Fábulas Negras, encontro antológico de quatro dos nomes mais importantes do terror brasileiro, Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão (estreia em 1° de agosto, sábado, às 17h, no Memorial).

Homenageados do ano, Hector Babenco e Lírio Ferreira terão algumas de suas principais obras mostradas ao longo da semana do evento, entre elas, Lúcio Flávio, o Passageiro da AgoniaPixote, a Lei do Mais Fraco e O Beijo da Mulher-Aranha, de Babenco, e Baile PerfumadoÁrido Movie e Cartola – Música para os Olhos, de Ferreira.

A programação também inclui obras ainda não exibidas no Brasil, como Mar, coprodução chilena e argentina selecionada para o Festival de Berlim, dirigida por Dominga Sotomayor, Videofilia (e Outras Síndromes Virais), primeira produção peruana a vencer o Festival de Roterdã, de Joanna Lombardi, e As Insoladas, de Gustavo Taretto, que também dirigiu Medianeras – o diretor estará presente no festival.

Os filmes poderão ser assistidos nas salas do Memorial da América Latina, Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (Sala Lima Barreto e Sala Paulo Emílio), Cinusp Maria Antonia, Cinusp Paulo Emílio, Reserva Cultural, Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, Cinemateca Brasileira e Centro de Pesquisa e Formação – Sesc. Todas as projeções têm entrada franca.

Veja a programação completa:

Centro Cultural São Paulo – Sala Lima Barreto

30 de Julho (quinta-feira)

19h30 – Pescado Rabioso – Uma Utopia Incurável – Lidia Milani

(Argentina, 2012, 55, Projeção Digital, 12 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

19h30 – Ragazzi – Raúl Perrone

(Argentina, 2014, 83, Projeção Digital, 16 anos)

02 de Agosto (domingo)

19h30 – Lixo – Carlos Matsuo

(México, 2013, 64, Projeção Digital, 12 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

19h30 – That’s a Lero Lero – Amin Stepple, Lírio Ferreira (Brasil, 1995, 16, 16mm, 12 anos)

+

Cartola – Música para os Olhos – Lírio Ferreira e Hilton Lacerda (Brasil, 2007, 85, DVD, 12 anos)

Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emílio

01 de Agosto (sábado)

19h30 – Sozinhos – Joanna Lombardi (Peru, 2015, 92, Projeção Digital, 12 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

19h30 – Baile Perfumado – Paulo Caldas e Lírio Ferreira (Brasil, 1997, 93, Projeção Digital, 16 anos)

Cine Olido

30 de Julho (quinta-feira)

15h – Rumo a La Hoyada – Andrés Cotler (Peru, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Cartola – Música para os Olhos – Lírio Ferreira e Hilton Lacerda (Brasil, 2007, 85, DVD, 12 anos)

19h – Escolas de Cinema – Programa 5 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

15h – Herói Transparente – Orgun Wagua (Panamá, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Blues dos Plomos – Paulo Soria e Gabriel Patrono (Argentina, 2013, 83, Projeção Digital, 12 anos)

19h – Premê – Quase Lindo – Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil, 2014, 70, Projeção Digital, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

15h – Gangrena Gasosa – Desagradável – Fernando Rick (Brasil, 2013, 120, Projeção Digital, 16 anos)

17h – Sabotage: Maestro do Canão – Ivan 13P (Brasil, 2015, 110, Projeção Digital, 14 anos)

19h – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia – Hector Babenco (Brasil, 1977, 118, 35mm, 18 anos)

02 de Agosto (domingo)

15h – Dominguinhos – Joaquim Castro, Eduardo Nazarian, Mariana Aydar (Brasil, 2014, 86, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Carandiru – Hector Babenco (Brasil, 2003, 145, 35mm, 16 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

15h – Os Maes da Esquina – Juan Manuel Fernández (Costa Rica, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Escolas de Cinema – Programa 2 – Vários (Vários, 2014/15, 92, Projeção Digital, 14 Anos)

19h – Pixote, a Lei do Mais Fraco – Hector Babenco (Brasil, 1980, 128, 35mm, 18 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

15h – Caddies – Pablo Accuosto (Uruguai, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Escolas de Cinema – Programa 6 – Vários (Vários, 2014/15, 92, Projeção Digital, 14 Anos)

Cinemateca Brasileira

30 de Julho (quinta-feira)

19h – A Ilha e os Signos – Raydel Araoz (Cuba, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Travessia – Alexander González Tascón (Colômbia, 2014, 52, DVD, 12 anos)

21h – Carandiru – Hector Babenco (Brasil, 2003, 145, 35mm, 16 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

19h – Pixote, a Lei do Mais Fraco – Hector Babenco (Brasil, 1980, 128, 35mm, 18 anos)

21h – Caddies – Pablo Accuosto (Uruguai, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Conquistando o Forte – Charles Martinez (Venezuela, 2014, 52, DVD, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

19h – Escolas de Cinema – Programa 1 – Vários (Vários, 2014/15, 94, Projeção Digital, 14 Anos)

21h – Escolas de Cinema – Programa 7 – Vários (Vários, 2014/15, 84, Projeção Digital, 14 Anos)

02 de Agosto (domingo)

19h – Paulo Moura – Alma Brasileira – Eduardo Escorel (Brasil, 2012, 86, Projeção Digital, 12 anos)

21h – Coração Iluminado – Hector Babenco (Argentina, Brasil, França, 1998, 130, 35mm, 18 anos)

CineSesc

30 de Julho (quinta-feira)

14h30 – Blues dos Plomos – Paulo Soria e Gabriel Patrono (Argentina, 2013, 83, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Ragazzi – Raúl Perrone (Argentina, 2014, 83, Projeção Digital, 16 anos)

19h20 – A Misteriosa Morte de Pérola – Guto Parente (Brasil, França, 2014, 62, Projeção Digital, 12 anos)

21h30 – Sermão dos Peixes – Cristiano Burlan (Brasil, 2014, 80, Projeção Digital, 12 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

14h30 – Lixo – Carlos Matsuo (México, 2013, 64, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Baile Perfumado – Paulo Caldas e Lírio Ferreira (Brasil, 1997, 93, Projeção Digital, 16 anos)

19h20 – Videofilia (e Outras Síndromes Virais) – Juan Daniel F. Molero (Peru, 2015, 102, Projeção Digital, 14 anos)

21h30 – Sozinhos – Joanna Lombardi (Peru, 2015, 92, Projeção Digital, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

14h30 – My Name Is Now, Elza Soares – Elizabete Martins Campos (Brasil, 2014, 71, Projeção Digital, 14 anos)

17h – O Crime da Imagem – Lírio Ferreira (Brasil, 1992, 13, 35mm, 12 anos)

+

O Homem que Engarrafava Nuvens – Lírio Ferreira (Brasil, 2009, 100, 35mm, 12 anos)

19h20 – Morte em Buenos Aires – Natalia Meta (Argentina, 2014, 90, Projeção Digital, 14 anos)

21h30 – O Ardor – Pablo Fendrik (Argentina, Brasil, França, México, Estados Unidos, 2014, 90, Projeção Digital, 12 anos)

02 de Agosto (domingo)

14h30 – Árido Movie – Lírio Ferreira (Brasil, 2005, 115, Projeção Digital, 16 anos)

17h – Escolas de Cinema – Programa 4 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 Anos)

19h20 – A Vida Depois – David Pablos (México, 2013, 90, Projeção Digital, 14 anos)

21h30 – Através – André Michiles, Diogo Martins e Fábio Bardella (Brasil, 2015, 104, Projeção Digital, 16 Anos)

03 de Agosto (segunda-feira)

14h30 – Não Tenho Nada – Alvaro Cifuentes (Argentina, 2013, 77, Projeção Digital, 14 anos)

17h – O Beijo da Mulher Aranha – Hector Babenco (Brasil, Estados Unidos, 1985, 120, 35mm, 16 anos)

19h20 – Mar – Dominga Sotomayor (Chile, Argentina, 2014, 60, Projeção Digital, 12 Anos)

21h30 – As Insoladas – Gustavo Taretto (Argentina, 2014, 102, Projeção Digital, 12 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

14h30 – Pescado Rabioso – Uma Utopia Incurável – Lidia Milani (Argentina, 2012, 55, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Pantanal – Andrew Sala (Argentina, 2014, 72, Projeção Digital, 16 anos)

19h20 – Natureza Morta – Gabriel Grieco (Argentina, 2014, 90, Projeção Digital, 16 anos)

21h30 – Viva a Música – Carlos Moreno (Colômbia, México, 2015, 101, Projeção Digital, 16 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

14h30 – Sabotage: Maestro do Canão – Ivan 13P (Brasil, 2015, 110, Projeção Digital, 14 anos)

17h – Picó, a Máquina Musical do Caribe – Roberto de Zubiría e Sergio Zaraza (Colômbia, 2014, 57, Projeção Digital, 12 anos)

19h20 – Sangue Azul – Lírio Ferreira (Brasil, 2014, 114, Projeção Digital, 16 anos)

21h30 – O Passado – Hector Babenco (Brasil, Argentina, 2007, 114, 35mm, 16 anos)

Memorial da América Latina – tenda PETROBRAS para o cinema latino-americano

30 de Julho (quinta-feira)

19h – Assombrações do Recife Velho – Lírio Ferreira (Brasil, 2001, 8, DVD, 12 anos)

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Duoelo – Lírio Ferreira, Paulo Caldas (Brasil, 1992, 16, DVD, 12 anos)

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O Elástico – Lírio Ferreira, Paulo Caldas (Brasil, 1992, 11, DVD, 12 anos)

+

O Poeta Americano – Lírio Ferreira (Brasil, 2015, 11, Projeção Digital, 12 anos)

+

4 Kordel – Lírio Ferreira (Brasil, 2014, 13, Projeção Digital, 12 anos)

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A Espiritualidade e a Sinuca – Lírio Ferreira (Brasil, 2011, 25, Projeção Digital, 12 anos)

21h – Gangrena Gasosa – Desagradável – Fernando Rick (Brasil, 2013, 120, Projeção Digital, 16 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

19h – O Segredo da Luz – Rafael Barriga (Equador, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Voo do Azacuán – Rafael de Jesús Quinteros (Guatemala, 2014, 52, DVD, 12 anos)

21h – Trago Comigo – Tata Amaral (Brasil, 2015, 87, Projeção Digital, 14 anos)

01 de Agosto (sábado)

17h – As Fábulas Negras – Rodrigo Aragão, Joel Caetano, Petter Baiestorf e José Mojica Marins (Brasil, 2015, 105, Projeção Digital, 16 anos)

19h – Meia Hora e as Manchetes que Viram Manchete – Angelo Defanti (Brasil, 2015, 80, Projeção Digital, 14 anos)

21h – Condado Macabro – Marcos DeBrito e André de Campos Mello (Brasil, 2015, 115, Projeção Digital, 16 anos)

02 de Agosto (domingo)

17h – Eu Sou Carlos Imperial – Renato Terra e Ricardo Calil (Brasil, 2015, 90, Projeção Digital, 18 anos)

19h – Trago Seu Amor – Dellani Lima (Brasil, 2015, 71, Projeção Digital, 16 anos)

21h – Escolas de Cinema – Programa 3 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 Anos)

03 de Agosto (segunda-feira)

19h – Os Olhos da América – Daiana Rosenfeld e Aníbal Garisto (Argentina, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

A Nação Interior – Bulmaro Osorini Morales (México, 2014, 52, DVD, 12 anos)

21h – Videofilia (e Outras Síndromes Virais) – Juan Daniel F. Molero (Peru, 2015, 102, Projeção Digital, 14 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

19h – Não Tenho Nada – Alvaro Cifuentes (Argentina, 2013, 77, Projeção Digital, 14 anos)

21h – Guataha – Clarissa Knoll (Brasil, 2014, 52, Projeção Digital, 12 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

20h30 – ENCERRAMENTO

Não Estávamos Ali para Fazer Amigos – Miguel de Almeida e Luiz R Cabral (Brasil, 2015, 70, Projeção Digital, 12 anos)

CINUSP – Maria Antônia

31 de Julho (sexta-feira)

20h – Fora de Campo – Hugo Gabriel Gimenez Cárcerez (Paraguai, 2014, 52, DVD, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

18h – Quinuera – Ariel Soto (Bolívia, 2014, 52, DVD, 12 anos)

20h – Harmonia – Gabriel Coss Ríos (Porto Rico, 2014, 52, DVD, 12 anos)

02 de Agosto (domingo)

18h – Conquistando o Forte – Charles Martinez (Venezuela, 2014, 52, DVD, 12 anos)

20h – Miskitu – Rebeca Arcia (Nicarágua, 2014, 52, DVD, 12 anos)

CINUSP – Cidade Universitária

03 de Agosto (segunda-feira)

16h – Assombrações do Recife Velho – Lírio Ferreira (Brasil, 2001, 8, DVD, 12 anos)

+

Duoelo – Lírio Ferreira (Brasil, 1992, 16, DVD, 12 anos)

+

O Elástico – Lírio Ferreira (Brasil, 1992, 11, DVD, 12 anos)

+

O Poeta Americano – Lírio Ferreira (Brasil, 2015, 11, Projeção Digital, 12 anos)

+

4 Kordel – Lírio Ferreira (Brasil, 2014, 13, Projeção Digital, 12 anos)

+

A Espiritualidade e a Sinuca – Lírio Ferreira (Brasil, 2011, 25, Projeção Digital, 12 anos)

19h – Escolas de Cinema – Programa 4 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 Anos)

04 de Agosto (terça-feira)

16h – A Vida Depois – David Pablos (México, 2013, 90, Projeção Digital, 14 anos)

19h – Mar – Dominga Sotomayor (Chile, Argentina, 2014, 60, Projeção Digital, 12 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

16h – Através – André Michiles, Diogo Martins e Fábio Bardella (Brasil, 2015, 104, Projeção Digital, 16 Anos)

19h – Os Olhos da América – Daiana Rosenfeld e Aníbal Garisto (Argentina, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

A Nação Interior – Bulmaro Osorini Morales (México, 2014, 52, DVD, 12 anos)

06 de Agosto (quinta-feira)

16h – Condado Macabro – Marcos DeBrito e André de Campos Mello (Brasil, 2015, 115, Projeção Digital, 16 anos)

19h – Não Estávamos Ali Para Fazer Amigos – Miguel de Almeida e Luiz R Cabral (Brasil, 2015, 70, Projeção Digital, 12 anos)

07 de Agosto (sexta-feira)

16h – Trago Seu Amor – Dellani Lima (Brasil, 2015, 71, Projeção Digital, 16 anos)

19h – Sermão dos Peixes – Cristiano Burlan (Brasil, 2014, 80, Projeção Digital, 12 anos)

ESPAÇO ITAU DE CINEMA – FREI CANECA

01 de Agosto

11h – Os Maes da Esquina – Juan Manuel Fernández (Costa Rica, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Rumo a La Hoyada – Andrés Cotler (Peru, 2014, 52, DVD, 12 anos)

RESERVA CULTURAL

03 de Agosto

20h – Ato, Atalho e Vento – Marcelo Masagão (Brasil, 2015, 70, Projeção Digital, 12 anos)

ATIVIDADES PARALELAS

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – A Produção Audiovisual Latino-Americana na Era Digital e Conectada. Possibilidades e Tendências

03 de Agosto (segunda-feira), 10h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

Ariel Barlaro (Argentina) – Vice-presidente da Dataxis

Fernando Lauterjung (Brasil) – Editor da Tela Viva News

Pedro Butcher (Brasil) – Jornalista e crítico de cinema

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – As Escolas de Cinema e Audiovisual no Contexto Social, Cultural e Profissional Latino-Americano

03 de Agosto (segunda-feira), 15h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

José Ramón Mikelajauregui (México) – Diretor DIS – Escola de Cinema da Universidade de Guadalajara

Juan Guillermo Buenaventura Amezquita (Colômbia) – Coordenador da Escola e Cinema e Televisão da Faculdade de Artes da Universidade Nacional da Colômbia

Mario Santos (Argentina) – Vice-reitor da Universidade do Cinema – Buenos Aires

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – A Web e o Audiovisual Latino-Americano. Produção e Distribuição na Rede

04 de Agosto (terça-feira), 10h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

Luana Lobo (Brasil) – Diretora de distribuição híbrida da Maria Farinha Filmes

Luciana Mas (Argentina) – Responsável por marketing e comunicação na FAV! Network

Ramiro Medina (México) – Diretor da MonsterFlyStudios

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – Modalidades Temáticas, Dramatúrgicas e Estéticas

04 de Agosto (terça-feira), 15h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

José Carlos Avellar (Brasil) – Ensaísta e critico de cinema

Orlando Mora (Colômbia) – Critico de cinema do jornal El Colombiano

Silvia Schwarzböck (Argentina) – Professora de Filosofia na Universidade de Buenos Aires

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – Coprodução Internacional

05 de Agosto (quarta-feira), 10h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

Angélica Lares (México) – Coordenadora do Encontro de Coprodução e Guadalajara Construye no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara

Sergio Gándara (Chile) – Presidente da fundação CinemaChile e APCT (Associação de Produtores de Cinema e TV do Chile)

Vania Catani (Brasil) – Produtora

Encontro CIBA-CILECT

02 de Agosto (domingo), 10h00 – Memorial da América Latina – Biblioteca Latino-Americana

Mesa Homenagem Lírio Ferreira

30 de Julho (quinta-feira), 20h30 – Memorial da América Latina – Biblioteca Latino-Americana

Lírio Ferreira (Brasil) – Diretor

Paulo Caldas (Brasil) – Diretor

Kiko Goifman (Brasil) – Diretor

Cinema da Vela

04 de Agosto (terça-feira), 19h30 – CineSesc

Dominga Sotomayor (Chile) – Diretora

Tata Amaral (Brasil) – Diretora

Mediação: Ricardo Calil (Brasil) – Diretor

Debate Ato, Atalho e Vento

03 de Agosto (segunda-feira), 20h – Reserva Cultural

Maria Rita Kehl (Brasil) – Psicanalista e jornalista

Jean-Claude Bernardet (Brasil) – Crítico de cinema e cineasta

Mediação: Marcelo Machado (Brasil) – Diretor

 

acesse mais: https://rollingstone.uol.com.br/noticia/10-festival-de-cinema-latino-americano-reune-111-filmes-de-17-paises-entre-julho-e-agosto/

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Sexta tem filme sobre Elza Soares no cinema e Kafka no teatro – FOLHA DE SÃO PAULO

DE SÃO PAULO 02/07/2015  20h00

O QUE AFETA SUA VIDA

  • Devido à realização do Festival das Estrelas, no bairro da Liberdade, a CET irá interditar trechos da rua dos Estudantes e da rua Galvão Bueno. O bloqueio começa às 23h desta sexta (3) e vai até às 5h da segunda (6).
  • Oito vias da zona leste também serão interditadas pela CET das 15h de sexta (3) às 2h de segunda (6). O motivo é a 26ª Festa das Nações, que deve receber público estimado em 10 mil pessoas. Saiba mais aqui
  • Vale lembrar: não podem circular nesta sexta (3) veículos com placas que terminam em 9 ou 0. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h.

TEMPO

  • A temperatura deve se manter fria, com mínima de 15ºC e máxima de 19ºC. De acordo com o Inmet, o dia segue nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

CULTURA E LAZER

  • Em cartaz no Sesc Pompeia, a nova peça do Teatro da Vertigem, “O Filho”, propõe uma reinterpretação de “Carta ao Pai”, obra do escritor tcheco Franz Kafka. Com texto de Alexandre Del Farra e direção de Eliana Monteiro, a montagem investiga as fragilidades das relações entre pai e filho. Ingr.: R$ 12 a R$ 40
  • Cinema e música se encontram na sétima edição do In-Edit (Festival Internacional do Documentário Musical), iniciado na quinta (2). Na tela, histórias de lendas como Bob Dylan, Jimmy Hendrix e Elza Soares -protagonista do documentário-ensaio “My Name Is Now”. Composto pelas impressões de Elza a respeito de temas que vão da música à pobreza, o filme estreia nesta sexta (3), no CineSesc. Para conferir a programação completa, que vai até domingo (12), clique aqui. Ingr.: R$ 1 a R$ 12
  • A cantora e compositora Bárbara Eugênia apresenta as canções do disco “É o que Temos” nesta sexta (3), na Casa do Mancha. O show marca o fim das apresentações do segundo álbum da carioca, que lança novo trabalho no segundo semestre de 2015. Ingr.: R$ 20
  • Veja mais opções de como aproveitar o dia em SP no site do “Guia Folha”

PERSONAGEM DO DIA

Roberto Torres, 21, jovem aprendiz, Anhangabaú

Muita gente vislumbra tanta coisa mas não corre atrás de nada…
Acreditam em coisas que veem mas não se informam direito sobre o que estão falando.
Acham mais fácil reproduzir um pensamento que entender de fato o que acontece.
Se tornam levianas
Opinião só se constrói com informação.
Uma sociedade sem cultura, não é uma sociedade.
Tem um som do Emicida que diz, O mar é imenso e vários estão emocionados só com a brisa. É bem por ai…

acesse em: https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2015/07/1650957-sexta-tem-filme-sobre-elza-soares-no-cinema-e-kafka-no-teatro.shtml

EU ME AMO – Entrevista na REVISTA TPM

A cantora Elza Soares estrela documentário, prepara disco novo e grava músicas de Amy Winehouse

POR LIA HAMA
01.07.2015  TPM #155

Elza Soares está só. Após terminar o namoro com um homem 45 anos mais novo, a cantora e compositora carioca se declara apaixonada por si mesma. “Tô amando muito essa mulher, a Elza. Acho que não tem mais espaço pra eu amar outra pessoa”, disse à Tpm a artista, um dos nomes mais importantes da MPB, de seu apartamento em Copacabana. E é olhando para si mesma em um espelho que ela protagoniza My name is now, Elza Soares, documentário da diretora Elizabete Martins Campos, que será exibido este mês na sétima edição do In-Edit Brasil, em São Paulo, e no Festival Latinidades, em Brasília.

A trajetória de luta da mulher negra e pobre até o estrelato está lá, assim como as dores da perda do filho que teve com o grande amor de sua vida, o craque Garrincha [1933-1983]. Ele morreu em um acidente de carro em 1986, aos 8 anos. “Pensei que nunca fosse me recuperar. Quis fazer tudo com revolta, com raiva, por ter visto meu filho de 8 anos [Garrinchinha] ser morto”, diz a cantora no longa. Mas Elza pediu à diretora que fugisse da tristeza. “Queria falar de coisas boas e não dos sofrimentos do passado. Sempre digo: ‘My name is now’”, diz a intérprete de “Volta por cima” (“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”).

Seu now está cheio de novidades: além do documentário, Elza prepara disco novo, A mulher do fim do mundo, com composições de José Miguel Wisnik, Romulo Fróes e Kiko Dinucci, e vai gravar canções de Amy Winehouse. “É pra uma campanha de conscientização sobre álcool e drogas. O pai da Amy me procurou. Tô sempre fazendo coisa nova”, diz a artista, que teima em não revelar a idade (estima-se que esteja na casa dos 78 anos) e, não por acaso, tem uma fênix tatuada na perna.

Vai lá: My name is now, Elza Soares, de Elizabete Martins Campos. De 1 a 12 de julho na 7ª edição do In-Edit Brasil (www.in-edit-brasil.com), em São Paulo. Dia 22/7 no Festival Latinidades (www.latinidades.com), em Brasília.

acesse em: https://revistatrip.uol.com.br/tpm/entrevista-com-elza-soares

Elza Soares canta e conta sua história no documentário ‘My Name is Now’ – HOJE EM DIA

Paulo Henrique Silva – Hoje em Dia – 28/06/2015 – 10h42 – Atualizado 08h11

“Damos voz a essa mulher negra e pobre que venceu num país tão machista”
OURO PRETO – Elizabete Martins já tinha filmado quase todas as cenas do documentário “My Name is Now, Elza Soares” quando percebeu que, até aquele momento, tinha em mãos um filme para circular em museus e galerias de arte – lindo, porém sem a voz das minorias que a cantora sempre representou.
“Disse para a Elza que a câmera estava ligada para ela falar o que nunca pôde. Foi aí que surgiu um belo improviso, em que damos voz a essa mulher negra e pobre que venceu num país tão machista. Ela é a legítima filha do Brasil”, assinala Elizabete, horas antes de exibir o filme na Praça Tiradentes, em Ouro Preto.
Um dos destaques da 10ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), encerrado na última segunda-feira, “My Name is Now” se beneficiou muito dessa resistência viva chamada Elza. Elizabete confidencia que o filme passou por muitas dificuldades para ser concluído e a intérprete não titubeava: “Olhem para mim, gente!”.
MUITAS PERDAS
Com 77 anos, Elza é uma carioca filha de operário e lavadeira que foi obrigada, pelos pais, a parar os estudos aos 12, para casar. Dois frutos dessa união morreram prematuramente, pouco tempo depois de nascerem. Após ficar viúva, não viu outra solução a não ser entregar a filha para uma família rica criar.
Mas sua voz rouca e vibrante acabou chamando a atenção das gravadoras. E sua garra e beleza, a do jogador Mané Garrincha, que se divorciou para viver ao lado dela. “Elza é essa força brasileira, mostrando que é possível dar a volta por cima e deixar uma mensagem de paz”, assinala Elizabete, estreante em longas-metragens.
OUTSIDER
A narrativa do filme segue esse perfil da cantora. “Ele é outsider, correndo por fora como Elza. Não tem perguntas e respostas e é todo em primeiro plano. Temos imagens de arquivo e também de elementos da Natureza. Não há um texto pronto, até porque as músicas já falam tudo”.
Um exemplo disso é quando Elza canta “A Carne”, transformado num grito de resistência do negro. Para Elizabete, o maior presente do filme é a junção entre essas músicas, a história de Elza e o imaginário de quem as ouviu. “Ela ajudou a fazer da música negra um ícone tão forte no Brasil”.
Garrincha também está presente, com o documentário ajudando a eternizar esse amor que abalou a sociedade da época – ela foi acusada de destruidora de lares. “Conheci as filhas dele, que exibiram um grande respeito à figura de Elza”, registra Elizabete, que precisou de autorização da família de Mané para usar as imagens, além de pagar um cachê.

Rolling Stone entrevista Elza Soares

PATRÍCIA COLOMBO PUBLICADO EM 18/01/2015, ÀS 14H03
Divulgação

Personificação de diversas minorias – nasceu mulher, negra e pobre –, Elza Soares, de 77 anos, precisou dar chutes nas portas para conquistar o sucesso e o respeito que almejava. Passou fome na infância, sofreu com o moralismo da sociedade por causa do relacionamento com Mané Garrincha (que era casado quando conheceu a cantora), enfrentou os problemas de alcoolismo do jogador e viveu a traumática experiência da perda do filho do casal em um acidente de carro, anos depois da morte do companheiro. Sempre se recuperando como uma fênix, Elza segue bem-humorada e fazendo uma média de 15 shows por mês, que tem realizado sentada por causa de problemas na coluna. Entre as apresentações está o espetáculo Elza Soares Canta e Chora Lupicínio Rodrigues, que ganhará registro ao vivo. O atual momento da cantora ainda é tema de My Name Is Now, filme com recortes musicais que mistura ficção e documentário, dirigido por Elizabete Martins Campos. Elogiado, o longa estreou no Festival do Rio e busca parceiros para ser exibido em circuito comercial. “Quando me assisti, pensei: ‘Porra, que mulher foda’”, ela diz, sem falsa modéstia.

Entrevista: “Cantar ainda é remédio bom”, diz Elza Soares.

Como surgiu a ideia de fazer um filme como esse?

Conheço a Bebete há um tempo e comentei que gostaria de escrever um livro sobre mim. Ela me sugeriu fazer um longa-metragem. É um filme em que falo da Elza de agora, não tanto da Elza das porradas da vida.

E por que não quis abordar de forma mais contundente os perrengues pelos quais você passou?

Falamos disso no filme também, mas queria algo mais leve. Ao longo da minha carreira sempre consegui tudo na porrada, porque sou abusada. Até hoje falo que nunca tive um grande patrocinador. Mas também é aquela coisa, talvez com um patrocinador eu não pudesse ser o que sou.

Sim. E se eu tivesse sido como queriam que eu fosse, uma donzelinha frágil com vestido até a canela e gola no pescoço. Meu vestido só não sobe mais por causa das calcinhas [risos]. Era uma época em que se tinha uma ideia da mulher submissa, que muitas vezes era depósito para lixo de alguns homens. Nunca quis isso e sofri também. Ser livre, naquela época, foi difícil. E se minha história com Mané se passasse agora, com os jogadores ganhando milhões, não sei se eu seria a mulher dele. Conheci um Garrincha pobre e nosso amor era verdadeiro. O que sinto por ele permanece intacto.

Essa intensidade que você tem claramente vai além do cantar.

Não à toa você tem esse laço tão forte com as canções do Lupicínio.

Acho que é por isso que o show deu tão certo. Elza canta e chora Lupicínio. Entra pelo meu útero, me engravida e cada música cantada é um parto. Gravamos um registro audiovisual ao vivo em Porto Alegre, terra de Lupi. Convidei o filho dele, Lupicínio Rodrigues Filho, e o lançamento será no início de 2015.

Você era moderna em uma época de grande conservadorismo. Acha que é mais fácil ser mulher hoje?

As mulheres tinham muito medo de mim. Quando eu chegava numa festa era uma coisa de “cuidado com a Elza”. Hoje em dia elas conseguem se impor muito mais. Mas ainda há preconceito, e não só vindo do homem. Muitas mulheres são machistas sem perceber.

A representação feminina no Congresso, por exemplo, ainda é muito pequena.

As mulheres não se apoiam. Falta mulher na política. Eu tenho tanta vontade de vê-las de mãos dadas, se ajudando. E minha luta, além de ser pelos negros e pelas mulheres, sempre foi pelos gays. Alguns tratam os homossexuais como se não fossem um pedaço de nós. Eu sou todos eles.

E como está a sua coluna?

Ando fazendo muita fisioterapia. Caí do palco em 1999 e nem dei muita bola. Segui usando meus saltos de 15 centímetros. De 2007 para cá, fiz três cirurgias e tenho oito pinos na coluna. Sempre sambei no palco. Hoje, me apresento sentada, mas aprendi a dar uma tremidinha na cadeira [risos]. Espero que em 2015 eu já volte a fazer shows em pé. Acredito que com a minha vontade e entrega vai dar tudo certo.

 

acesse em: https://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-100/entrevista-elza-soares/

‘My Name Is Now, Elza Soares’ retrata história de um dos ícones da MPB – GSHOW

A cantora e compositora esteve em Salvador para lançar o longa

16/12/2014 15h58 – Atualizado em 23/12/2014 13h30
Elza Soares fala sobre documentário que leva seu nome (Foto: Divulgação)

Um dos grandes nomes da MPB e símbolo da cultura brasileira, Elza Soares é sinônimo de garra. Sua história de vida e perseverança, da extrema pobreza ao estrelato, é tão forte que a cantora e compositora inspirou a realização de um documentário que leva o seu nome, ‘My Name Is Now, Elza Soares’. Ela esteve em Salvador em novembro para o lançamento do longa e conversou com Silvinha Resende sobre sua história.

Elza conta que pediu à diretora do filme, Elizabete Martins Campos, que não colocasse coisas ruins no documentário, ou seja, que evitasse sua história de miséria, dor e sofrimento. Ela queria que o longa retratasse ‘amor, sorrisos e poucas lágrimas’. Para ela, o segredo pra ter uma atitude positiva na vida diante de tanta adversidade é a coragem.

Elza Soares fala de My Name is Now, para o GSHOW

Ela faz uma analogia com o seu nascimento ao contar que já nasceu a 500 quilômetros por hora, em frente a um caminhão, desviando para não morrer atropelada. ‘E eu vivo assim: correndo pra não ser atropelada’, conta. E complementa: ‘Eu não vim aqui pra ser uma pinta. Eu quero ser uma mancha grande, de petróleo, maravilhada!’, afirma Elza. Vale a pena rever a entrevista do Mosaico.

Saiba mais: http://gshow.globo.com/Rede-Bahia/Mosaico-Baiano/noticia/2014/12/my-name-now-elza-soares-retrata-historia-de-um-dos-icones-da-mpb.html

Em entrevista, Elza Soares fala de documentário sobre sua vida – PORTAL UAI +E

A cantora ainda conta sobre as dificuldades do início da carreira

 por Vanessa Aquino 10/11/2014 10:10

 

Elza Soares diz que a música ‘A carne’ é um grito necessário para ela (foto: Rodrigo Braga/Divulgação)

Elza Soares exala raça e paixão por todos os poros. Passou fome, correu atrás de patrocínio e até pensou em parar de cantar para criar o filho Garrinchinha — fruto da união com o craque das pernas tortas Mané Garrincha. Aliás, o torto para Elza é o certo. A conclusão veio quando a fonoaudióloga concluiu que as cordas vocais de Elza Soares são tortas e, de tão tortas, se acertam. Daí a voz que é quase uma onomatopéia e se tornou a marca registrada.


Gostou do resultado do documentário?

Olha, eu fiquei muito feliz porque o documentário recebeu quatro indicações maravilhosas. A resposta foi muito boa, além de ter sido uma experiência muito gostosa.

O cinema te encanta?
Eu acho importante porque eu nunca falei muito da minha vida. Todo mundo conhece a Elza de antes, mas não a Elza de agora. É disso o que o documentário trata: da Elza agora, por isso o nome ‘My name is now’. Eu não quis expor muito a minha vida. Porque eu não sou ontem, não sou amanhã, eu sou agora. Agora eu sou. O importante é ser agora.

A diretora do documentário, Elizabeth Martins, diz que você é uma fênix. Você se considera forte dessa forma?
Eu acho que sim. Porque eu sempre estou renascendo. Eu luto muito e não posso parar. Não me permito isso. Estou correndo atrás sempre. É a vida.

Você disse que não queria um documentário que falasse de dor e sofrimento. Qual a essência do documentário?

Desde o começo a proposta foi essa. É muito chato ficar falando de dor, de sofrimento. Não! Vamos falar de vida. Acho que o povo está necessitado de abraço. O povo está necessitado de carinho. Eu sinto isso e tenho certeza que muita gente sente também. Aquele abraço, aquele carinho, aquela verdade. Acho que é disso que todos estamos precisando. Se a gente falar de sofrimento, as pessoas saem correndo. E eu não quero passar sofrimento para ninguém.

A sua história de vida está muito atrelada à história da música do Brasil…
É verdade… é uma história muito forte e até por isso as pessoas já sabem o que passei. Até hoje corro atrás de patrocinador. Nunca tive um patrocínio para minha arte. Eu corro atrás das coisas, nada cai do céu para mim.

Sua vida tem mais episódios de prazer ou de dor?
Acho que de prazer. Porque toda dor se torna um prazer depois. Não é isso?

De onde vem essa voz que, às vezes, parece uma onomatopéia? Quando começou a cantar assim?
Desde criança. Quando comecei a cantar, eu tinha uma voz diferenciada. Meu pai e minha família não queriam porque, naquela época, mulher que cantava era prostituta. E, até hoje, a palavra que eu mais gosto é “prostituta”… Juro… Porque, no fundo no fundo, todo mundo se prostitui. Acho que no fundo a gente se prostitui muito…sem saber.. mas se prostitui.

Como, por exemplo?
No trabalho, o salário, aguentar empresário, aguentar patrão. Às vezes, a mulher está menstruada, morrendo de cólica, mas ela tem que ir trabalhar. Brigou em casa com o marido, com o namorado, tem que chegar em casa e fingir que está tudo bem, porque senão é mandada embora. Mas tem que ir, tem que ir atrás do dinheiro. E isso acontece com as mulheres, principalmente.

É verdade que você tem a corda vocal torta? Como descobriu isso?
A minha fonoaudióloga, em São Paulo, fez um trabalho com a minha garganta… Inclusive, ela está indo agora para os Estados Unidos estudar a minha garganta. A minha corda vocal dá uma distorcida…dá uma distorcida legal e eu não sabia disso. Minha corda vocal de tão torta é certa.

Aqui em Brasília tem um poeta chamado Nicolas Behr que escreveu: “Nem tudo que é torto é errado. Veja as pernas do Garrincha e as árvores do Cerrado”…
E as cordas vocais da Elza Soares também (risos). A verdade é que o torto é certo. Viva Mané Garrincha.

Você canta com muita emoção, sempre. O que a música representa para você?

Quando eu escutei Seu Jorge cantando ‘A carne’, eu vi que estava faltando gritar. A carne é um grito que a gente busca… “A carne mais barata do mercado é a carne negra”… Como vou cantar isso sem dar um berro? Quando eu canto ‘Meu guri’ também procuro cantar contando uma história. Porque o Chico (Buarque) escreveu uma história de uma mãe pobre inocente que achava que aquele guri era a coisa mais linda e mais certa do mundo e que um dia chegaria a um lugar muito alto…. Então, não tem como… ‘Meu Guri’ também é meu grito.

Quando canta ‘Carne’ você faz uma interpretação emocionante, bate no peito… De que forma o racismo afetou sua carreira?
Como eu disse, eu nunca tive patrocínio. Meu patrocínio sou eu. É por isso que dizem que eu sou uma Fênix. A Fênix quando volta, volta inteira. É o que acontece comigo. E quando eu canto, eu troco o bico, a pele e a carne, a carne negra que é linda e maravilhosa. E isso vale para qualquer mulher. A gente fez tanta coisa para chegar a algum lugar, queimou sutiã para ter direitos iguais. Se nós, mulheres, não lutarmos, isso não vai ter valido de nada. Temos que fazer alguma coisa.

Já pensou em parar de cantar?
Uma vez tive uma loucura de parar de cantar. Porque eu sempre lutei, com filhos pequenos. Corria atrás como uma louca, sabendo o quanto era difícil. Ainda mais para uma mulher negra — e a gente sabe que a negritude nesse país é olhada com uma certa indiferença. Então, fui buscar lugar para trabalhar, para criar meu filho, o Garrinchinha, e pensei em parar de cantar. Eu ia trabalhar em um orfanato, num lugar desses. Aí, no lugar onde comecei a cantar em São Paulo, vi uma faixa anunciando show do Caetano (Veloso) e resolvi ir lá para me despedir. E disse a ele: “Caetano, meu guru, vou parar de cantar.” Foi quando ele disse: “Você não pode fazer isso, porque uma abelha rainha não deixa sua colmeia.” Então, nunca mais eu pensei nisso. Nunca me esqueci das palavras do Caetano. Foi quando ele me deu ‘Língua’ para cantar com ele. A voz é um presente que Deus me deu. Eu operei a coluna, estou com 16 pinos, fazendo fisioterapia, mas a voz continua intacta. A voz está boa, cara.

Conseguiu se recuperar da cirurgia?
Estou me recuperando. Não é fácil. Eu descobri que tenho vértebra de criança, não é vértebra de adulto.

Das coisas que fazia antes e não pode mais, o que mais te faz falta?
Salto alto. Eu também tinha um piercing no umbigo e tive que tirar. Não era um piercing qualquer, tinha um brilhante. O piercing nem faz tanta falta, mas o salto alto me faz uma falta louca.

Claro, faz muita falta, porque ficar sem sambar é um castigo.

Você se considera uma sobrevivente?
Não sei o que eu me considero, não. Juro que eu não sei. Acho que eu sou um ser humano estranho. Talvez por tudo que aconteceu comigo, tanta coisa na vida… aprendi a ter paciência resignação. A vida me acalma. Tem hora que a vida dá umas porradas e diz: “acorda, pô!”

Como você vê o tratamento que o governo e a sociedade tem dado às minorias?
Hoje, fazendo um retrocesso, eu vejo que a minoria é a maioria. Esse povo, que faz parte de mim, hoje pode estudar, viajar de avião. Sei que ainda falta muita coisa para a saúde, para educação… Mas eu acho que houve uma melhora tão grande que nós, a minoria, considerados os descartáveis, estamos melhorando de vida. O filho do porteiro faz faculdade. Isso é muito bom. E eu não quero retroceder.

O que precisa ser feito, com mais urgência na luta contra o racismo e a homofobia?

Consciência, vergonha, educação. Com isso melhora. O problema é falta de educação e de consciência do corpo e da mente.

Você conheceu alguns dos grandes nomes da música internacional, como foi seu encontro com Louis Armstrong, na Copa de 1962, no Chile?
Ele me chamou de “my daughter”, mandaram eu chamá-lo de “my father”, pensei que estava chamando ele para fazer outra coisa (risos). Falaram: “Vai lá e chama ele de “my father”, falei: “não, não vou fazer isso, tá louco. E se ele aceitar, se ele gostar, o que eu faço?”. Mas cheguei perto do negão e ele: “yeah, my daughter”, e eu ainda entendia que ele estava me chamando de “doutora, (doctor) e eu pensando: “Pô, o cara me chamando de doutora o tempo todo, meu nome é Elza, Elza Soares”. Aí me explicaram que ele estava me chamando de “filha”, apesar do som parecer “doutora”, e falaram também o que era “my father”… Depois a gente se encontrou no México.

Assista ao trailer de ‘My name is now’, filme sobre Elza Soares:

My Name Is Now, Elza Soares. Diretora Elizabete Martins Campos

Malu Mader aplaude exibição de documentário sobre Elza Soares no Festival do Rio – PURE PEOPLE

O primeiro final de semana do Festival do Rio foi agitado. E Malu Mader até agora aparece como a mais fiel espectadora do evento. Depois de marcar presença na abertura da maratona cinematográfica e na exibição do filme “A Luneta do Tempo”, dirigido por Alceu Valença, a atriz foi à apresentação do documentário “My Name is Now”, que aborda a vida de Elza Soares.

Na plateia do Cinépolis Lagoon, na Zona Sul do Rio, Malu aplaudiu o filme da cineasta Elizabete Martins. Descontraída após a exibição, Elza Soares não titubeou e deu um selinho de agradecimento na diretora que levou sua vida para a tela grande.

No mesmo dia, Maurício Mattar foi com a namorada, Bianca Assumpção, prestigiar a exibição do documentário “Guardiões do Samba”, dos diretores franceses Eric e Marc Belhassen. Aos 90 anos, Nelson Sargento, um dos sambistas retratados no filme, foi conferir de perto a estreia e posou para foto ao lado de Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio.

acesse mais: https://www.purepeople.com.br/noticia/malu-mader-aplaude-exibicao-de-documentario-sobre-elza-soares-no-festival-do-rio_a25978/1

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Elza Soares é estrela de documentário no Festival do Rio – O GLOBO

Cantora foi bastante aplaudida na sessão de ‘My name is now’, pela competição da Première Brasil

RIO — Elza Soares olha e fala para a câmera como se visse um espelho, ela própria assumindo o reflexo de um povo por quem é apaixonada e que por ela se apaixonou. A cantora carioca, de 77 anos, é a estrela máxima de “My name is now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos, documentário em competição pela Première Brasil do Festival do Rio. O filme foi exibido no fim da tarde de sábado, no Cinépolis Lagoon, com a presença da própria Elza, bastante aplaudida pela plateia de convidados logo que entrou na sala.
A sessão foi dupla: antes de “My name is now”, foi exibido o curta-metragem “Diário de novas lembranças”, o primeiro do jovem João Pedro Oct, de apenas 19 anos, e que contou com a narração de Selton Mello. Mas a maior parte do público estava no cinema mesmo para ver e ouvir Elza Soares. No pequeno palco montado no cinema, a diretora Elizabete Martins Campos, estreante em longas-metragens, chamou a cantora de “fênix” e explicou que o projeto não é sobre a vida de Elza, mas sim “sobre o que ela está vivendo”.

Elza também falou antes do filme, com o jeito descontraído e sincero a que os fãs estão acostumados.

– Quando conheci a Bebete (a diretora Elizabete), disse que não queria falar de dor e sofrimento no filme. Queria falar de vida – afirmou Elza. – Hoje eu me namoro. Estou apaixonada por mim, não sei por que não casei comigo mesma. Se eu soubesse que era tão gostosa, tão boa, não teria me dividido com ninguém.

No documentário, Elza aparece em closes, contando histórias, cantando ou até brincando de espalhar o batom em torno de seus lábios. “My name is now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas que expliquem a trajetória da cantora. Aprende-se, sim, sobre sua história no filme, mas sem linearidade. Por exemplo, ao tratar da importância de Garrincha para a vida da cantora, o documentário mostra cenas do jogador em campo, recortes de revistas com notícias sobre o casal-celebridade e algumas fotos dos dois juntos. Foi incluído, ainda, um filme de Elza cantando “Linda Flor (Ai, Yô Yô)”, ao lado de Garrincha.

As músicas interpretadas por Elza, aliás, estão presentes em todo o filme. Ela entoa canções como “Se acaso você chegasse”, “Volta por cima” e “A carne”. Ela também aparece em situações tão diferentes quanto complementares: num momento está no colorido do desfile de carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel (Elza já foi puxadora e também madrinha da escola); noutro, aparece numa íntima sessão de massagem em cima de uma cama, com direito a um massagista sarado sem camisa.

Sobre o título do documentário, coube à própria Elza explicar, falando para a câmera-espelho de Elizabete Martins Campos: “Tudo meu é agora. Parece que nasci agora. Por isso digo que my name is now”.

Veja mais em: https://oglobo.globo.com/cultura/elza-soares-estrela-de-documentario-no-festival-do-rio-14072051

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