Dentro das comemorações do mês da mulher, a cineasta e jornalista mineira, Elizabete Martins Campos dirige um curta-metragem sobre o Acervo Elis Regina, situado na Casa de Cultura Mário Quintana, participa de sessão especial, em homenagem a cantora Elza Soares, tema do seu primeiro longa-metragem “My Name is Now“, na Cinemateca Paulo Amorim, ambas atividades em Porto Alegre (RS), realizadas pela Casa de Cultura Mário Quintana, Cinemateca Paulo Amorim, Instituto Estadual de Cinema do RS e Secretaria de Estado de Cultura do RS. A diretora divulga também seu segundo longa, que vem sendo preparando para rodar com a Cantora Maria Alcina, em Cataguases (MG).
“Três mulheres, três grandes artistas, signos da genuinidade das artes brasileiras, três cantoras que marcam a história do povo brasileiro, ter a oportunidade de mergulhar nestes universos e, de alguma forma colaborar para que mais pessoas possam também, por meio do cinema ter uma experiência musical e imagética com essas três forças, é algo que muito respeito, tanto pelas trajetórias de arte, quanto de vida das três, que para mim, de forma diferente, representam a mulher brasileira, cada uma ao seu modo, com suas diversidades e riquezas culturais“, comenta Elizabete.
Das três cantoras pesquisadas pela diretora, a mais recente é a porto-alegrense, Elis Regina, chamada carinhosamente de “Pimentinha“. A artista é aclamada no Brasil por sua voz e performances musicais. Entre os entrevistados estão o músico, compositor e jornalista, Arthur de Faria, autor do livro “Elis, Uma Biografia Musical“, a ex-professora da cantora, Aida Wailer Ferrás (88) e Almiro Paiva Carvalho (91), tio de Elis Regina, que participa das filmagens realizando uma doação para o Acervo Elis Regina, de um instrumento que pertenceu à estrela.
O curta é uma iniciativa da Casa de Cultura Mário Quintana para valorizar o acervo da Elis Regina, que existe desde 2005. O acervo celebra a memória da cantora, nascida na cidade e que nos deixou a 40 anos atrás. O curta tem patrocínio do Banrisul e realização da AACCMQ (Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mário Quintana) e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul – SEDAC RS.
O documentário conta com a equipe de profissionais do audiovisual como os artistas Elizabete Martins Campos (Direção E Roteiro), Carla Cassapo (Direção de Produção), Guilherme Santos (Direçao de Fotografia), Raysa dos Santos (Captaçao e Edição de som), Frederico Ruas (Montagem) e Leliane de Castro (redes sociais) formam a equipe do projeto.
O filme com a cantora Maria Alcina, em fase de pesquisa e desenvolvimento, será rodado a maior parte na cidade de Cataguases, na Zona da Mata Mineira, terra onde nasceu a cantora, consagrada no “Festival Internacional da Canção, em 1972, com a música “Fio Maravilha“, de Jorge Ben. O projeto conta com co-realização do Pólo Audiovisual da Zona da Mata e patrocínio da Energisa e busca novos parceiros para as filmagens.
O longa-metragem “My Name is Now“, vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em duas categorias Melhor Filme Documentário de Longa-Metragem e Melhor Trilha Sonora Original, apresenta em alto e bom som, a visceral cantora Elza Soares (1930/2022) será exibido, gratuitamente, no 06 de março, às 19h, na Sala Eduardo Hirtz, da Cinemateca Paulo Amorim, durante a Sessão Especial Elza Soares, “Essa Mulher Tem Poder‘, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, com a presença da diretora do filme Elizabete Martins Campos. A Casa de Cultura Mário Quintana fica na R. dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre – RS.
No dia 19 de março, o Núcleo de Cineclubes de Niterói realiza sessões gratuitas do filme, na Sala Nelson Pereira dos Santos e na Biblioteca Parque de Niterói, Rio de Janeiro.
No 31 Março às 18 horas, acontece uma sessão do filme dentro “BRASIL MUSICAL, da Nitrato Filmes, na Casa do Cinema de Coimbra, Av. Sá da Bandeira 83-3, 3000-351 Coimbra, Portugal.
Depois de desafiar a si mesmo e a todos amigos de classe, quando tinha apenas 12 anos de idade, que escreveria um livro, Nelson Flores, sobrevivente de uma dura e triste realidade que o acometeu a partir de 1955, e tantos outros brasileiros, em diferentes épocas, quando foi atingido pela hanseníase, agora, às véspera de completar 79 anos, em 2022, sente orgulho de ser chamado de escritor, com a publicação do seu primeiro e grande livro com mais de 500 páginas, “A Rosa e o Machado: Memórias de um Brasileiro Excluído”, que está preparado para ser impresso e será lançado, em janeiro do próximo ano, mês em que é lembrado o Dia Mundial de Combate à Hanseníase. Veja o passo a passo para participar:
Para realizar seu sonho, o criativo e bom de memória Nelson Flores, conta com a rede de amigos e amigas de diferentes regiões do Brasil, que vêm colaborando com uma campanha solidária, de financiamento coletivo, ou seja uma vaquinha on-line, criada para custear o orçamento de impressão do livro. Os interessados podem participar diretamente do projeto, com reconhecimento na publicação e recebimento de exemplares do livro virtual e/ou impresso.
Em filmagens inéditas, realizadas pela cineasta e jornalista Elizabete Martins Campos e equipe iT Filmes foram registrados momentos únicos, que nasce em linguagem de curta-metragem documentário, publicado com exclusividade aqui no iT Canal, resultado de horas gravadas na residência dos Flores, em Citrolândia, em Betim sobre o livro que Nelson Flores aguarda ansioso para vê-lo publicado.
No filme, Nelson Flores, fala de como surge a ideia e um pouco do processo de produção do livro, que contou com apoio de diferentes amigos, editores, jornalistas, historiadores, uma rede integrada de colegas, apoiadores e simpatizantes da sua história e da luta pela erradicação da hanseníase no Brasil e no mundo e pela reintegração sócio-econômico-cultural de ex-pacientes de hanseníase. Nelson Flores, é militante, há muitos anos, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que tem sido um importante radar da campanha, que vem conquistando corações de diferentes artistas e empresários pela causa.
O documentário se passa na casa dos Flores, com o escritor Nelson Flores, sua esposa, rainha do seu coração, Dona Zenaide Flores, responsável por pontos altos emocionantes do curta, com sua voz e presença na trilha e cenas e o filho, o ativista social, Thiago Flores, adotado em 1985 e, que hoje se tornou um dos grandes defensores das causas sociais ligados aos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares, sendo o responsável por organizar junto a amigos a campanha coletiva para realizar o sonho de Nelson Flores do livro “A Rosa e o Machado: Memórias de um Brasileiro Excluído”.
A diretora Elizabete Martins Campos, da iT Filmes, em 2017, realizou o média-metragem de documentário “Filhos Separados pela Injustiça”, quando conheceu o senhor Nelson Flores, por meio de Thiago Flores, que atuou na pesquisa e produção do filme. Desde então, a produtora se disponibilizou a colaborar e o curta-metragem “A Rosa e O Machado – A Superação Em Livro”, além de apresentar uma forte história por trás do desejo de um homem em escrever e publicar um livro, é uma homenagem ao escritor pela persistência e coragem.
Assista com exclusividade o curta “Família Flores” aqui e não esqueça de participar da vaquinha do livro e compartilhar essa matéria!
Escreva seu nome no sonho de Nelson que virá realidade e ainda ganhe um exemplar
RECOMPENSAS PARA QUEM COLABORAR:
1- Quem doar a partir de R$ 50,00, ganha um ebook do livro após o lançamento oficial
2 – Quem doar a partir de R$ 100,00, ganha o livro impresso! (Despesas de envio por conta do doador)
3 – A partir de R$ 150,00 ganha o ebook e o livro impresso sem nenhuma despesa de envio.
Data de entrega estimada das recompensas: fevereiro de 2022, após o lançamento oficial.
Esta é a primeira fase da campanha, se atingirmos a meta, vamos tentar dobrar o recurso. Para que a história de Nelson Flores alcance muita gente e a memória sobre o que aconteceu com as pessoas atingidas pela hanseníase no Brasil jamais seja esquecida.
Dúvidas e maiores informações pelo WhatsApp (31) 996242235
Depois de desafiar a si mesmo e a todos amigos de classe, quando tinha apenas 12 anos de idade, que escreveria um livro, Nelson Flores, sobrevivente de uma dura e triste realidade que o acometeu a partir de 1955, e tantos outros brasileiros, em diferentes épocas, quando foi atingido pela hanseníase, agora, às véspera de completar 79 anos de idade, em 2022, sente orgulho de ser chamado de escritor, com a publicação do seu primeiro e grande livro com mais de 500 páginas, “A Rosa e o Machado: Memórias de um Brasileiro Excluído”, que será lançado, em janeiro de 2022, mês em que é lembrado o Dia Mundial de Combate à Hanseníase.
O curta-metragem de ficção “Desisistir – Poéticas apocalípticas”, roteirizado, dirigido, produzido e estrelado pela cineasta, fotógrafa e produtora cultural, Priscila Sousa, que se inspira na necessidade do respirar artístico em tempos de pandemia está online, gratuitamente, nas plataformas digitais da artista e segue para festivais de cinema nacional e internacional, onde será inscrito. O lançamento acontece dia 27 de maio de 2021, no Canal da artista com link do filme no canal do Youtube – Desisistir – Poéticas Apocalípticas Filme.
Fotografia Leliane de Castro
A obra conta com participação dos atores Monique Torres e Vanderson Araújo, fotografia, montagem e desenho de som de Elizabete Martins e Leliane de Castro e trilha sonora de Lautaro Echegoyen e Leliane de Castro e produção de Priscila Priscila Sousa e Elizabete Martins.
Segundo Priscila Sousa, “a arte é primordial em momentos de crise, como a que vivemos, pois nos permite vislumbrar soluções e construir futuros possíveis e impossíveis através de realidades paralelas constituídas de nossos sonhos e fantasias. Sonhos esses, que trazidos para a luz da consciência, através das múltiplas expressões artísticas, nos conectam com nossos anseios, nossas essências e potências, sendo e nos fazendo objetos de transformação da realidade que se nos coloca”‘, destaca.
Para Priscila Sousa, a pandemia, assim como outras catástrofes, é resultado de uma fissura ética que vem sendo alimentada ao longo da construção da sociedade pós-colonial. “É nossa responsabilidade, enquanto atores sociais na atualidade, ajustar nossos pensamentos e condutas a um modelo de vida sustentável e humano se quisermos continuar co-habitando este planeta com as outras espécies”, comenta.
Priscila Sousa é multi-artista e agitadora cultural betinense. Graduanda em fotografia, ligada à poesia, às artes urbanas e ao teatro de rua, atua em coletivos de arte desde 2012. Colaborou em vários projetos independentes e atuou como performer em diversas cidades como Ouro Preto, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e cidades do Chile, levando números teatrais, contendo poesias e canções e esquetes pensadas para serem apresentadas em espaços públicos com grande circulação de pessoas, estabelecendo um vínculo da poesia, do riso e da música com os transeuntes.
Em 2019, atuou no curta-metragem de ficção científica chileno “AXIS”, com direção de Javiera Gonzaléz. Em 2020 publicou a poesia “Ano Hum”, na Antologia Poética em comemoração aos 10 anos do coletivo Ameopoema (MG/RJ). Atualmente, integra o coletivo Cineclube Palmares, que realiza um festival anual de Cinema Negro em Mateus Leme e acaba de realizar sua 7ª edição.
O projeto é realizado pela Lei Aldir Blanc, respeitando todos os protocolos do COVID-19.
Ficha técnica
Desisistir – Poéticas apocalípticas
um filme de Priscila Sousa
Estrelando Priscila Sousa
Argumento
Priscila Sousa
Roteiro e Direção
Priscila Sousa
Participação especial
Monyque Torres
Vanderson Araújo
Produção
Priscila Sousa
Elizabete Martins Campos
Fotografia, Câmera e Montagem
Elizabete Martins Campos
Leliane de Castro
Animações, Finalização e Still
Leliane de Castro
Charge
VERTER
Trilha Sonora
Lautaro Echegoyen Música “A Trilha”
Leliane de Castro Desisistir I, Desisistir II, Desisistir III
Elizabete Martins Campos Mix Desisistir
Desenho de som
Elizabete Martins
Leliane de Castro
Objetos de cena por
Isabel Cristina Sousa
Figurinos Maat e Afrofuturista
SS Moda Feminina
Penteados
Storm e Taíssa Silva
Apoio
IT Filmes
Circulabit
Áurea
Realização
Anansi Produções
by Priscila Sousa
Projeto realizado pela Lei Aldir Blanc, respeitando todos os protocolos do COVID-19, Betim 2021
“A diretora de cinema Elizabete Campos, de Betim, periferia da Grande Belo Horizonte, que começou ainda criança a trabalhar e despertar visão crítica e comunitária sobre a jornada de vida das pessoas pobres do país, veio depois a conviver por anos com Elza Soares. Dessa amizade pessoal e inspiração artística, nasceu “My Name is Now”, documentário de irradiação da força natural do país e da dimensão popular brasileira, a partir da figura unificadora de Elza e sua arte. O documentário está disponível, até o dia 20 de maio, para visualização no Festival Música e Cinema da Mata“. Trecho da matéria sobre a cantora Elza Soares, homenageada da 12a Bienal da UNE. Conteúdo completo clica aqui Revista Buzina
O Curso de “Introdução ao Audiovisual para Iniciantes”, idealizado pela cineasta e jornalista Elizabetrtins Campos e produzido pela iT Filmes, Comunicação e Entretenimento, com difusão em parceria com Circulabit – Circuito de Criação e difusão do Audiovisual Independente em Multiplaformas e iT Canal, será lançado nesta sexta-feira, 21 de maio, a partir das 8 horas da manhã, sendo disponibilizado um vídeo por dia, sendo seis módulos-vídeos, com duração total de 81 minutos. Acompanhe no iT Canal, inscreva-se no canal do YouTube e clique no sininho para receber as notificações do curso.
Os dois primeiros módulos do curso “Introdução ao Audiovisual para Iniciantes” são apresentados por Elizabete Martins, que fala, de forma simples e resumida, quais as principais etapas que envolvem o desenvolvimento e as diferentes linguagens de documentários “O curso tem como foco pessoas que estão pensando em dar seus primeiros passos no audiovisual, seja como realizador ou público, com dicas sobre a produção de documentário, ficção, animação, festivais e cineclubes, baseado na experiência pessoal de cada artista convidado para falar sobre as temáticas. As pesquisas no campo do audiovisual são muito diversas e ricas, para estudar um universo tal potente e amplo assim, são necessários dias, meses, anos, décadas de estudos, por isto, a iniciativa do curso é chamada de introdutória. Cada dia mais existem faculdades de audiovisual, que abrange o cinema, séries, jogos eletrónicos etc., então para quem quer aprofundar no tema estes cursos superiores são excelentes caminhos, agora, para quem já possui um curso superior, fica a dica pós-graduação, mestrado, doutorado. Em Minas Gerais temos cursos nesta área reconhecidos no Brasil e no mundo, como o da UFMG, da UNA-BH e PUC-MINAS. Nos últimos anos aumentaram muito as opções de formação nesta área “, comenta Elizabete.
Para apresentar os módulos três e quatro foi convidado o premiado cineasta, animador e desenhista, Cata Preta, formado pela UFMG, que faz uma introdução ao mundo da animação e dá dicas sobre a técnica de animação de recorte.
Já nos dois últimos módulos, a cineasta, artista visual e produtora Thaylane Cristina, formada na UNA-BH faz uma introdução sobre as etapas de desenvolvimento de um projeto de ficção, cineclubismo e festivais de cinema.
O conteúdo do curso é realizado por meio da Lei Aldir Blanc, e é disponibilizado gratuitamente em plataformas virtuais. O projeto foi realizado com todos os protocolos de segura ao enfrentamento do covid-19.
CRÉDITOS FINAIS CURSO
Idealização
Elizabete Martins Campos
Artistas Monitores
Elizabete Martins Campos
Módulos – “Introdução Às Etapas Do Desenvolvimento E Às Introdução Linguagens De Um Projeto Audiovisual De Documentário”
Cata Preta
Módulos – “Introdução À Animação para Iniciantes” e “Dicas sobre a Técnica de Animação de Recorte”
Thaylane Cristina
Módulos – “Introdução À Ficção para Iniciantes” e “Cineclubismo e Festivais”
Leliane de Castro
Finalização, vinhetas, letterings, créditos, pesquisas de arquivo
Filmagem
Leliane de Castro
Elizabete Martins Campos
Cata Preta
Thaylane Cristina
Edição
Guilherme Aguiar
Desenho de som
Elizabete Martins
Produção Executiva
Maya Quilolo
Assessoria Técnica
Luciene dos Santos
Agradecimentos Pesquisas
Dra. Mariana Tavares, UFMG
Produção
iT Filmes, Comunicação e Entretenimento
by Elizabete Martins Campos
Promoção
Circulabit
Parceria
Circulabit – Circuito de Criação e Difusão do Audiovisual Independente em Multiplaformas
Áurea . Design Integrado . Audiovisual . Marketing Digital
O filme “A Criatura Sou eu Ontem”, direção Elizabete Martins Campos participa do “Super 9 Mobile Film Fes”-, festival internacional dedicado exclusivamente a filmes registados por telemóveis, que chega na sua sétima edição, com competição aberta a todos os países.
Assistam o curta “A Criatura Sou eu Ontem” e outras obras de diferentes categorias que o festival abarca, documentário, ficção, experimental, animação e música nesta plataforma do mesmo https://super9mobile.com/
“Super 9 Mobile Film Fes” foi criado pela cineasta e artista visual portuguesa Luisa Sequeira e é pioneiro, neste formato em Portugal e um dos pioneiros no mundo!
O projeto traz obras inéditas de diferentes realizadores e é um excelente exercício de contato direto com linguagens e experimentações utilizando celulares como plataforma para filmar, além de on line é gratuito o que garante seu perfil democrático e de livre acesso a bens culturais.
“A Criatura Sou eu Ontem” foi rodado no início de 2020, antes da pandemia no Brasil, totalmente com celular, na praia de Boiçucanga, no litoral norte de São Paulo, numa parceria artística entre a escritora Georgeta Gonçalves, a cineasta Elizabete Martins Campos e a fotógrafa, artista visual e design Leliane de Castro e trata de questões relacionadas ao meio ambiente, invisibilidade dos idosos e a violência com crianças no Brasil.
Sinopse: Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental atravessado com a literatura de Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.
Ficha técnica
A Criatura Sou Eu Ontem
Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020
Roteiro, Direção, Imagens e Montagem Elizabete Martins Campos
Assistente de Direção, Finalização, Registros, Cartazes Leliane de Castro
Produção Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro
Trechos do livro
Um gato no mercado
de Georgeta Gonçalves
Editora Autografia
Trilha Mar de Boiçucanga
Parceria
Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual
Maria Alcina é tema de filme dirigido pela cineasta de ‘My Name is Now, Elza Soares’
Trajetória da cantora é o segundo filme da trilogia idealizada pela diretora Elizabete Martins Campos
Adriana Del Ré, O Estado de S.Paulo
19 de dezembro de 2020 | 05h00
Célebre voz de Fio Maravilha, deJorge Ben Jor, no 7.º Festival Internacional da Canção, em 1972, a cantora Maria Alcina será tema de filme a ser rodado por Elizabete Martins Campos, diretora do premiado My Name is Now, Elza Soares (2018). O longa inspirado em Alcina é o segundo de uma trilogia ligada à temática que a cineasta vem desenvolvendo sobre identidade e reviravoltas do povo brasileiro. “Com destaque para o protagonismo das minorias, em especial das mulheres, que nesse contexto são representadas por cantoras, que trazem impregnadas em si a música, algo genuinamente e popularmente brasileiro”, explica Elizabete, em entrevista ao Estadão.
E depois de realizar um documentário, poético e experimental, dedicado a Elza Soares, como ela chegou ao nome de Alcina? “Ela traz impregnada em si elementos que representam o que trato nessa trilogia: mulher, corajosa, criativa, talentosa, batalhadora, que desde criança canta como modo de vida”, diz. “Uma das precursoras da performance no Brasil, criou personagens ousadas, inusitadas, transgressoras para os anos de chumbo, foi proibida pela ditadura de se apresentar em público por 20 dias, que tornaram-se 20 anos sem gravar nenhum novo disco.”
Segundo ela, a base do filme é documental, com liberdade para “experimentos e inventos”. O anúncio oficial do longa será feito neste sábado, 19, às 16h, na live para a qual ela e Maria Alcina foram convidadas, dentro da programação do Fórum Cidade da Música.
Nesta quinta-feira, 27 de agosto de 2020, às 20 horas, a iT FIlmes, Comunicação e Entretenimento, lança em rede na web “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, curta metragem que trata da invisibilidade do idoso, das precoces mortes de crianças no Brasil, atravessado com crônicas, poemas e reflexões da escritora e lixóloga, Georgeta Gonçalves, com trechos de seu livro “Um Gato No Mercado”. O trabalho é resultado das experimentações da diretora e jornalista Elizabete Martins Campos, em filmar com populares, buscando formas em imagens e sons naquilo que cruza suas pesquisas, tempo e lugar, utilizando um celular, como ferramenta de registros e montagem durante o processo.
A partir do universo onde estava imersa (praia de Boiçucanga, no Litoral Norte de São Paulo) a diretora, Elizabete Martins Campos, dialoga com o ambiente, seus elementos naturais, captando sons de mar, vento e até vozes de crianças na areia, que compõem o curta, expressões que surgem na frente do registro, como a de um garoto que, espontaneamente, recolhe e coloca no ponto de vista da mesma, um lixo plástico na areia: uma rodinha de carrinho, misturada a entulhos, galhos, vindos do mar, após uma forte chuva, no dia anterior. O menino parecia saber do que se tratava o curta, ofertando um objeto, um signo importante ali, naquele momento, naquele quadro.
Assim, o enredo surgiu entre vozes da personagem Georgeta Gonçalves, suas expressões literárias e experiências profissionais, sons e imagens de natureza e vozes de transeuntes anônimos, que deixaram registrados suas interferências cênicas e no desenho de som.
Performances em tom de denúncia marcam o curta, como a sequência em que a personagem, Georgeta Gonçalves, lê a crônica “Um pouquinho irritada”. Ao terminar de ler, o telefone dela toca, rompendo com o silêncio e ela atende um call center de banco que oferece empréstimo consignado para aposentados. Desliga e apela: “toma no %#. Recebo 10 (dez) telefonemas deste por dia, um inferno”, dispara Georgeta.
Interessante, é que seu livro, “Um Gato No Mercado”, Georgeta traz, exatamente, uma crônica que trata deste e outros tipos de desrespeito, em especial aos idosos no Brasil: “pense numa criatura mal humorada, muito. Façam uma operadora ligar três vezes perguntando se ela é Vera Lúcia, insistam. Ela tem a certeza que não é? Então, a criatura sou eu ontem, pouco antes de entrar no ônibus e dar de cara com um sujeito ocupando dois lugares preferenciais com as pernas bem abertas, uma lata de cerveja na mão e um palito de dentes no canto da boca”.
Este curta faz parte de um conjunto de ensaios audiovisuais realizados em celular, sem nenhum outro tipo de suporte, pela diretora Elizabete Martins, no Litoral Norte de São Paulo, durante o início deste ano, que contou com o apoio e parceria com a artista visual, fotógrafa e design, Leliane de Castro, que no curta, “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, assina assistência de direção, finalização, registros fotográficos e cartaz.
Em fevereiro de 2020, antes da pandemia, as artistas Elizabete Martins Campos e Leliane de Castro foram recebidas pelo Kaaysá Art Residency, fundada pela galerista Lourdina Jean Rabieh e a escritora e produtora Lucila Mantovani. A residência aposta no hibridismo de linguagens e na interdisciplinaridade e fica localizado em Boiçucanga. Neste período, as duas artistas tiveram momentos intensos de criação, filmando e fotografando uma série de ensaios com as artistas visuais Magui Kampf, Isabelle Passos, Camila Loreta e a escritora Lucila Mantovani, que participavam de uma residência no projeto Kaaysá. O material está em fase de montagem.
“Para mim foi muito potente a vivência e trabalhos desenvolvidos durante a passagem pelo Kaaysá, minha primeira experiência em conhecer de perto uma residência artística. Também foi muito interessante acompanhar a forma de execução do “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, que inicialmente não tinha nenhum roteiro ou preparação, e que vi surgir depois de uma fala da personagem, Georgeta, que chamou a atenção da diretora sobre invisibilidade de idosos e, em um final de tarde, o curta foi surgindo como algo planejado, inclusive com improvisos de transeuntes que pareciam saber do que se tratava aquela mulher com um celular nas mãos, filmando uma outra mulher com um livro nas mãos e outra mulher registrando as duas com uma máquina fotográfica, no caso eu”, diz Leliane de Castro.
Curta dialoga com o livro Gato no Mercado de Georgeta Gonçalves
“Um Gato No Mercado” é um livro de crônicas do cotidiano. É o primeiro livro de Georgeta Gonçalves, 70 anos, ambientalista e educadora ambiental. O bom humor, muitas vezes ácido, está presente em quase todo o livro. É um livro para rir descansar.”
Trechos do Curta “A CRIATURA SOU EU ONTEM”
“Nosso tempo é pequeno, nosso tempo é curto. Uma árvore vive mil anos, né? Uma borboleta vive horas, a gente vive anos. E a gente considera que somos a cereja do bolo, e nós não somos a cereja, nós não somos nem cereja, quanto mais do bolo.
E a gente tá indo, nessa mania de criar lendas, e de parar de pensar.
Então, eu acho que tá faltando a gente pensar um pouquinho, que tudo que a gente jogou nessa água, que é a mesma que vai voltar… A água que eu bebi hoje, a que está na garrafinha, aqui, na minha bolsa, dinossauro já bebeu. Não tem um canudo vindo de Deus, dizendo: “Olha vou chupar a que tá suja e mandar uma nova. Ou seja, nascente não é o lugar onde ela nasce é onde ela passa.
E a gente tá passando, porque a gente parou de pensar. A gente parou de ter tempo para pensar. A gente precisa ler, ler, ler. Ter informações, citar filósofos, citar cientistas. Que canseira, é tão bom uma rede, é tão bom pensar”, Georgeta Gonçalves
***
“Olá meninos mortos, já enterraram seus corpinhos queimados, seus corpinhos furados de bala. Os meninos mortos na lama, já estão enterrados desde antes de morrer, os de Mariana. Meninos mortos no fogo, no tiro. Os que tiveram tempo pediram socorro, pediram ajuda a Deus, ninguém se importou, não tem Deus que salve meninos pobres. Não tem fogo que não queime, não tem lama que não destroce os ossos, não tem tiro dado de tão perto que não mande a vida embora.
As notícias sobre vocês já não são manchetes. Nem uma semana se passou vocês ainda estão apodrecendo ainda a carne e ossos, fragmentos. E tudo que se faz é tentativa de não culpar ninguém, de transformar tudo em papeis, papeis, papeis, que ninguém sabe para onde vão. De mesa em mesa, de tela em tela, ganhando número, letras, talvez até senhas. Enquanto vocês alimentam os vermes debaixo da terra onde corriam felizes, a vida vai se tecendo cruel com os meninos que ainda brincam, vai marcando um a um. É preciso inventar o monstro da estatística, é preciso ter notícias comoventes, é preciso matar meninos”, , Georgeta Gonçalves.
SINOPSE
Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental com a escritora e lixóloga Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.
FICHA TÉCNICA
“A CRIATURA SOU EU ONTEM”
Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020
Roteiro, Direção, Imagens e Montagem
Elizabete Martins Campos
Assistente de Direção, Finalização, Registros, Cartaz
Leliane de Castro
Produção
Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro
Trechos do livro
Um gato no mercado
de Georgeta Gonçalves
Editora Autografia
Parceria
Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual
Kaaysá Art Residency
Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt
Realização
iT Filmes. Comunicação e Entretenimento
www.itfilmes.com.br
Boiçucanga, São Paulo
Fevereiro de 2020
SERVIÇO
O curta é lançado hoje, 27 de agosto de 2020, às 20h, em rede, no site da produtora iT Filmes e nas redes sociais dos parceiros e apoiadores do projeto: CIRCULABIT – CIRCUITO DE CRIAÇÃO E DIFUSÃO AUDIOVISUAL EM MULTIPLATAFORMAS, KAAYSÁ ART RESIDENCY, ESCAMBAU CULTURA, ÁUREA DESIGN INTEGRADO, CINEMA NA KOMBI
Paulo Henrique Silva – Hoje em Dia – 28/06/2015 – 10h42 – Atualizado 08h11
“Damos voz a essa mulher negra e pobre que venceu num país tão machista”
OURO PRETO – Elizabete Martins já tinha filmado quase todas as cenas do documentário “My Name is Now, Elza Soares” quando percebeu que, até aquele momento, tinha em mãos um filme para circular em museus e galerias de arte – lindo, porém sem a voz das minorias que a cantora sempre representou.
“Disse para a Elza que a câmera estava ligada para ela falar o que nunca pôde. Foi aí que surgiu um belo improviso, em que damos voz a essa mulher negra e pobre que venceu num país tão machista. Ela é a legítima filha do Brasil”, assinala Elizabete, horas antes de exibir o filme na Praça Tiradentes, em Ouro Preto.
Um dos destaques da 10ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), encerrado na última segunda-feira, “My Name is Now” se beneficiou muito dessa resistência viva chamada Elza. Elizabete confidencia que o filme passou por muitas dificuldades para ser concluído e a intérprete não titubeava: “Olhem para mim, gente!”.
MUITAS PERDAS
Com 77 anos, Elza é uma carioca filha de operário e lavadeira que foi obrigada, pelos pais, a parar os estudos aos 12, para casar. Dois frutos dessa união morreram prematuramente, pouco tempo depois de nascerem. Após ficar viúva, não viu outra solução a não ser entregar a filha para uma família rica criar.
Mas sua voz rouca e vibrante acabou chamando a atenção das gravadoras. E sua garra e beleza, a do jogador Mané Garrincha, que se divorciou para viver ao lado dela. “Elza é essa força brasileira, mostrando que é possível dar a volta por cima e deixar uma mensagem de paz”, assinala Elizabete, estreante em longas-metragens.
OUTSIDER
A narrativa do filme segue esse perfil da cantora. “Ele é outsider, correndo por fora como Elza. Não tem perguntas e respostas e é todo em primeiro plano. Temos imagens de arquivo e também de elementos da Natureza. Não há um texto pronto, até porque as músicas já falam tudo”.
Um exemplo disso é quando Elza canta “A Carne”, transformado num grito de resistência do negro. Para Elizabete, o maior presente do filme é a junção entre essas músicas, a história de Elza e o imaginário de quem as ouviu. “Ela ajudou a fazer da música negra um ícone tão forte no Brasil”.
Garrincha também está presente, com o documentário ajudando a eternizar esse amor que abalou a sociedade da época – ela foi acusada de destruidora de lares. “Conheci as filhas dele, que exibiram um grande respeito à figura de Elza”, registra Elizabete, que precisou de autorização da família de Mané para usar as imagens, além de pagar um cachê.
André Miranda – 28/09/2014 – 09:19 / Atualizado em 28/09/2014 – 17:21
SC Rio de Janeiro (RJ) 27/09/2014 – Festival do Rio 2014. A cantora Elza Soares com a diretora do filme sobre sua vida, Elizabete Martins Campos no Cine Lagoon. Foto Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Cantora foi bastante aplaudida na sessão de ‘My name is now’, pela competição da Première Brasil
RIO — Elza Soares olha e fala para a câmera como se visse um espelho, ela própria assumindo o reflexo de um povo por quem é apaixonada e que por ela se apaixonou. A cantora carioca, de 77 anos, é a estrela máxima de “My name is now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos, documentário em competição pela Première Brasil do Festival do Rio. O filme foi exibido no fim da tarde de sábado, no Cinépolis Lagoon, com a presença da própria Elza, bastante aplaudida pela plateia de convidados logo que entrou na sala.A sessão foi dupla: antes de “My name is now”, foi exibido o curta-metragem “Diário de novas lembranças”, o primeiro do jovem João Pedro Oct, de apenas 19 anos, e que contou com a narração de Selton Mello. Mas a maior parte do público estava no cinema mesmo para ver e ouvir Elza Soares. No pequeno palco montado no cinema, a diretora Elizabete Martins Campos, estreante em longas-metragens, chamou a cantora de “fênix” e explicou que o projeto não é sobre a vida de Elza, mas sim “sobre o que ela está vivendo”.
Elza também falou antes do filme, com o jeito descontraído e sincero a que os fãs estão acostumados.
– Quando conheci a Bebete (a diretora Elizabete), disse que não queria falar de dor e sofrimento no filme. Queria falar de vida – afirmou Elza. – Hoje eu me namoro. Estou apaixonada por mim, não sei por que não casei comigo mesma. Se eu soubesse que era tão gostosa, tão boa, não teria me dividido com ninguém.
No documentário, Elza aparece em closes, contando histórias, cantando ou até brincando de espalhar o batom em torno de seus lábios. “My name is now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas que expliquem a trajetória da cantora. Aprende-se, sim, sobre sua história no filme, mas sem linearidade. Por exemplo, ao tratar da importância de Garrincha para a vida da cantora, o documentário mostra cenas do jogador em campo, recortes de revistas com notícias sobre o casal-celebridade e algumas fotos dos dois juntos. Foi incluído, ainda, um filme de Elza cantando “Linda Flor (Ai, Yô Yô)”, ao lado de Garrincha.
As músicas interpretadas por Elza, aliás, estão presentes em todo o filme. Ela entoa canções como “Se acaso você chegasse”, “Volta por cima” e “A carne”. Ela também aparece em situações tão diferentes quanto complementares: num momento está no colorido do desfile de carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel (Elza já foi puxadora e também madrinha da escola); noutro, aparece numa íntima sessão de massagem em cima de uma cama, com direito a um massagista sarado sem camisa.
Sobre o título do documentário, coube à própria Elza explicar, falando para a câmera-espelho de Elizabete Martins Campos: “Tudo meu é agora. Parece que nasci agora. Por isso digo que my name is now”.