Filme a Criatura Sou Eu Ontem compete em Festival Internacional Super9 Mobile

O filme “A Criatura Sou eu Ontem”, direção Elizabete Martins Campos participa do “Super 9 Mobile Film Fes”-, festival internacional dedicado exclusivamente a filmes registados por telemóveis, que chega na sua sétima edição, com competição aberta a todos os países.

Assistam o curta “A Criatura Sou eu Ontem” e outras obras de diferentes categorias que o festival abarca, documentário, ficção, experimental, animação e música nesta plataforma do mesmo https://super9mobile.com/
“Super 9 Mobile Film Fes” foi criado pela cineasta e artista visual portuguesa Luisa Sequeira e é pioneiro, neste formato em Portugal e um dos pioneiros no mundo!
Cineasta e artista visual Luisa Sequeira

 

O projeto traz obras inéditas de diferentes realizadores e é um excelente exercício de contato direto com linguagens e experimentações utilizando celulares como plataforma para filmar, além de on line é gratuito o que garante seu perfil democrático e de livre acesso a bens culturais.
“A Criatura Sou eu Ontem” foi rodado no início de 2020, antes da pandemia no Brasil, totalmente com celular, na praia de Boiçucanga, no litoral norte de São Paulo, numa parceria artística entre a escritora Georgeta Gonçalves, a cineasta Elizabete Martins Campos e a fotógrafa, artista visual e design Leliane de Castro e trata de questões relacionadas ao meio ambiente, invisibilidade dos idosos e a violência com crianças no Brasil.
Veja a “A Criatura Sou eu Ontem” neste link https://super9mobile.com/…
Sinopse: Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental atravessado com a literatura de Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.
Ficha técnica
A Criatura Sou Eu Ontem
Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020
Roteiro, Direção, Imagens e Montagem Elizabete Martins Campos
Assistente de Direção, Finalização, Registros, Cartazes Leliane de Castro
Produção Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro
Trechos do livro
Um gato no mercado
de Georgeta Gonçalves
Editora Autografia
Trilha Mar de Boiçucanga
Parceria
Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual
Kaaysá Art Residency
Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt
Realização
iT Filmes. Comunicação e Entretenimento
Imagens e links

https://filmfreeway.com/laurels/3536/Super9Mobile

Música “Profecia” vira videoclipe, fala do Brasil e desafia “dragão” a sair da frente

O videoclipe “PROFECIA”, da cantora Jeanne Louise, com letra de Alex Motta e direção de Elizabete Martins Campos, rodado durante a pandemia, (com todos cuidados necessários), que traz mensagens de provocação e perseverança ao público é lançado, nesta segunda-feira, 01 de fevereiro de 2021, às 17 horas, por meio de plataformas digitais e redes sociais.

 

Rodado nas ruas de Betim, e no Pico Pedra Grande, em Igarapé, cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, o videoclipe “PROFECIA” é inspirado em linguagens de filmes curtas, que têm narrativas, contadas de forma sucinta. Neste caso, a personagem, interpretada pela cantora Jeanne Louise, com véstias brancas, sandálias de dedo, mudas de espadas de São Jorge, em uma mão e, na outra uma machadinha, ora de máscaras branca ou preta, percorre um trajeto, de carro e a pé, em um ritual em alusão ao enfrentamento e resistência a algo, neste caso o covid e falsos profetas, o “dragão”, nestes tempos de pandemia e crises e, como forma simbólica de levar esperança, com o plantio de uma muda de São Jorge, que tem, entre outros significados, no Brasil, de proteção.

Ao ar livre, longe de gerar aglomerações, e mais do que isto, após mais de três meses de isolamento, no início de 2020, três artistas, Jeanne Louise, Elizabete Martins Campos e Leliane de Castro saem para filmar, com toda cautela e respeito às normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), algo que pudesse levar uma mensagem de força às pessoas no momento difícil. Assim, a partir da música ”PROFECIA”, de Alex Motta, compositor e baterista,  parceiro da cantora Jeanne Louise, desde 2004, mesmo ano em que a canção foi escrita e gravada, nasce o videoclipe ”PROFECIA”.

“Se transformes num foco de luz e extinguirás a sombra em torno, é isto que este videoclipe passa, não aceite tudo calado, não fique olhando para o lado.  Ilumina te e não te faltarás claridade no caminho. Continue emitindo essa luz que há dentro de você, pois assim encontrará em seu caminho tudo aquilo que sempre almejou, a harmonia, a paz e o amor”, comenta Jeanne Louise.

“A música fala sobre falsas profecias, proferidas por falsos profetas, aos quais somos levados a acreditar ao longo da existência da humanidade. E como devemos agir ao descobrir que acreditamos em mentiras? É com um ‘sai da frente’”,  como escrevi em um dos trechos, comenta Alex Motta, compositor da letra.

“A música, como as outras artes,  mais do que nunca, têm exercido um papel de protagonismo, como um meio fundamental para a saúde mental das pessoas que, durante a pandemia,  se viram trancafiadas, dentro de casa e, claro, mais do que nunca, as artes, têm demonstrado sua eficácia como expressão, entretenimento, relaxamento, lugar do lúdico, realidade, vivência, cura, expansão cultural, social e econômica, comenta a diretora, Elizabete Martins Campos. Para mim, é sempre potente poder trabalhar com a música como base para o audiovisual.

“Foi surpreendente ter recebido esse convite, em meio a toda essa turbulência e ao ver o contexto do trabalho eu fiquei, imensamente, grata por ter participado do processo com essas super artistas, vejo, neste projeto, uma forma de expressar o quanto queríamos soluções e proteção para nossa sociedade.  Sei que este videoclip veio para trazer mesmo que, sutilmente, um pouco de esperança para nós que participamos diretamente e, espero que, agora, para mais pessoas que poderão assistir em streaming”, comenta a realizadora audiovisual, fotógrafa e designer, Leliane de Castro.

Era início do mês de maio de 2020, quando o telefone da diretora Elizabete tocou, na casa que estava recolhida, em Igarapé, (MG) devido a pandemia.  “Era a Jeanne e ela chorava, havia muito tempo que não falávamos. Ouvi do outro lado da linha, uma amiga e parceira das antigas, uma mulher e artista, que preocupa com os outros, naquele momento me disse que precisa realizar um videoclipe com a música ”PROFECIA”, que ela queria passar uma mensagem para as pessoas , conta Elizabete.

As etapas de pesquisas, roteiro, produção e filmagem do videoclipe “PROFECIA”foram realizadas com recursos próprios dos artistas, durante maio e junho de 2020. As etapas Montagem, Finalização, Divulgação e Lançamento do videoclipe foram realizadas por meio da Lei Aldir Blanc de Betim, em janeiro  de 2020.

 

LETRA DA MÚSICA

intérprete / cantora Jeanne Louise

Composicão Alex Motta

 

Nem toda profecia se realizou,

o mundo até agora não se acabou,

o bom e velho Cristo ainda não voltou

e o País do futuro ainda não emplacou ;

 

Não deixe criança sua inocência perder,

Não pense que a vida não ama você;

Aqui nesse mundo você tem que saber,

Hoje você ganha, amanhã pode perder;

 

Refrão

Então sai da frente e não vai dizer que a vida trai,

Pois se hoje você cai, amanhã levanta e vai;

 

Macacos me mordam se eu ficar por aqui,

Olhando pros lados sem saber onde ir,

Almoçar amargura e jantar depressão,

São Jorge me ajude a matar esse dragão.

https://youtu.be/SWZxGyji7WE

SOBRE OS ARTISTAS

JEANNE LOUISE

É cantora, compositora autoral, natural de Betim, formada em Pedagogia, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI-FUOM) e Pós-Graduada em Artes e Educação, com ênfase em Musicoterapia, pelo  Instituto Superior de Educação Ibituruna (ISEIB). Aos  sete anos de idade, descobriu seu amor pela música, quando iniciou seus estudos com aulas de piano e violão. Estudou por mais de cinco anos na  Escola de Canto Babaya e fez Cursos de Percepção Musical (Musicalização), Regência e Coral com  Márcio Miranda Pontes. Na década de 1990 funda a BANDA INCAS. Em carreira solo, no ano de 2005 gravou seu primeiro CD, que levou o nome de “Indagações”.  Após o sucesso do CD, também foi lançado o seu primeiro clip “TOMA JUIZO CRIANÇA”. Em 2020 gravou seu segundo clip “JOÃO do BRASIL”, retratando a realidade social do País e, em 2021 lança o terceiro clip ”PROFECIA”. Jeanne Louise  tocou na abertura de show de artistas como 14 Bis, Falamansa, Hanói e Hanói, Barão Vermelho, Zeca Baleiro, Jota Quest, Fábio Júnior, Lobão, Jorge e Mateus, entre outros. A artista tem participação ativa na vida artística, cultural e sócio-educativa de Betim. Desde 2005, atua como regente e coordenadora do Projeto Canto Coral nas escolas Municipais de Betim, o qual possui como parceiro o maestro Márcio Pontes, responsável pela Escola de Música SABRA  (Orquestra Sinfônica de Betim ,Orquestra Infanto-juvenil  de Betim e Curso de Musicalização Infantil), levando música e cultura para toda a cidade.

ALEX MOTTA

É artista visual, compositor, músico e baterista.  Natural de BH, formado em Arte e Educador pela Escola Guignard-UEMG.  É baterista e compositor de várias músicas interpretadas pela cantora Jeanne Louise.

ELIZABETE MARTINS CAMPOS

A cineasta e jornalista, Elizabete Martins Campos, nasceu em Conselheiro Pena, Minas Gerais (MG). É formada em Comunicação Social, bacharel em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte- UNI/BH.  Roteirizou, produziu e dirigiu “Vale do Barro”, “Feira Hippie”, “Mulheres em Movimento”, “In e/ou Out’, “Dona do Terço” , “Filhos Separados pela Injustiça, “Que Coso”,  “My Name is Now, Elza Soares” e  “A Criatura Sou Eu Ontem”. Vencedora, em 2019, do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro nas categorias Melhor Filme Documentário – Júri popular e Melhor Trilha Sonora Original – Júri Oficial, depois de ter percorrido mais de 30 festivais de cinema, ficando em cartaz em 27 salas de cinema no Brasil e no exterior, com o filme “My name is Now”, em 2018 e 2019, por meio do projeto Circulabit – Circuito Interativo de Criação e Difusão do Audiovisual em Multiplataformas, idealizado por ela. Em televisão, foi videoreporter, repórter, roteirista e produtora no  Agenda, REDE MINAS- TV CULTURA, um dos mais expressivos programas do segmento no Estado. Trabalhou como diretora, câmera e roteirista no Museu da Imagem e do Som – MIS (antigo Centro de Referência Audiovisual de Belo Horizonte– CRAV de Belo Horizonte).  Atualmente, dedica-se às pesquisas e desenvolvimento de novos projetos de longa-metragem e séries, em parceria com artistas e outras produtoras.

LELIANE DE CASTRO

É  artista visual, fotógrafa e design. Atualmente desenvolve o projeto “Artes Sentidos BH” que integra sua série de experimentações em videoarte, fotografia e ilustrações, sobre Belo Horizonte, sua gente, arte, cultura, lugares, saberes e sentidos, que serão reunidos e disponibilizados em plataforma digital. Em, “A Criatura Sou Eu Ontem”, exibido em 2020, pela RTP (TV de Portugal),  assina  assistência de direção,  finalização, registros fotográficos e cartaz.   Atua como fotógrafa, designer, assistente de produção e marketing na IT Filmes, Comunicação e Entretenimento no projeto Circulabit – Circuito Itinerante, Interativo e Laboratorial de Criação e Distribuição Audiovisual em Multiplataformas. Trabalhou como designer gráfica, fotógrafa e marketing na distribuição do longa “My Name is Now, Elza Soares”. Trabalhou como designer gráfico no projeto “Cerne Educação: para a Sustentabilidade” da Universidade FUMEC, assistente de produção no “Tempo_Festival – Festival Internacional de Teatro”, e no Seminário “Noite com Vampiros”, da Caixa Cultural, ambos no Rio de Janeiro.  Foi designer gráfica e fotógrafa do projeto  “Tecnicolor Projeto” – Produtora Cultural carioca e na peça teatral “Tampografia”. Foi Monitora da exposição “Da Vincis do Povo, Cai Guo-Qiang’s”, no CCBB e da Oficina de “Pipas Cia Guo. Cai Guo-Qiang’s”, junto a Comunidades, ambas no Rio de Janeiro e estagiou na coordenação de projetos no Instituto Amilcar de Castro, em Belo Horizonte. Em 2019 funda a Áurea Audiovisual, Design Integrado e Marketing Digital, onde vem desenvolvendo projetos com outros artistas e prestando serviços a  projetos, empresas e artistas.

 

FICHA TÉCNICA

VIDEOCLIPE “PROFECIA”

Intérprete / Cantora  JEANNE LOUISE

Videoclipe / Música PROFECIA

Composição / música ALEX MOTTA

Direção e Roteiro  ELIZABETE MARTINS CAMPOS

Fotografia, Montagem,  Finalização, Comunicação,  Lançamento

Elizabete Martins Campos, LELIANE DE CASTRO

Lançamento do vídeo videoclip “PROFECIA” de JEANNE LOUISE

Música ALEX MOTTA

Direção ELIZABETE MARTINS CAMPOS

DATA:  01 de fevereiro, segunda-feira

HORÁRIO: 17h

ONDE: Plataformas digitais e Redes Sociais de Jeanne Louise:

📺   You Tube: https://youtu.be/YRKZkMKQNSk

📺   Vimeo: https://vimeo.com/505015765

📺   Facebook – https://www.facebook.com/jeannelouise.natal

📺   Instagram – https://www.instagram.com/jeannelouise.natal/

iT Filmes lança curta experimental que reflete situação da criança e do idoso no Brasil, rodado com a escritora Georgeta Gonçalves

Nesta quinta-feira,  27 de agosto de 2020, às 20 horas, a iT FIlmes, Comunicação e Entretenimento,  lança em rede na web “A CRIATURA SOU EU ONTEM”,  curta metragem que trata da invisibilidade do idoso,  das precoces mortes de crianças no Brasil, atravessado com crônicas, poemas e reflexões da escritora e lixóloga, Georgeta Gonçalves, com trechos de seu livro “Um Gato No Mercado”. O trabalho é resultado das experimentações da diretora e jornalista Elizabete Martins Campos,  em filmar com populares, buscando formas em imagens e sons naquilo que cruza suas pesquisas, tempo e lugar, utilizando um celular, como ferramenta de registros e montagem durante o processo.

A partir do universo onde estava imersa (praia de Boiçucanga, no Litoral Norte de São Paulo) a diretora, Elizabete Martins Campos, dialoga com o ambiente, seus elementos naturais, captando sons de mar, vento e até vozes de crianças na areia, que compõem o curta, expressões que surgem na frente do registro,  como a de um garoto que, espontaneamente, recolhe e coloca no ponto de vista da mesma, um lixo plástico na areia: uma rodinha de carrinho, misturada a entulhos, galhos, vindos do mar, após uma forte chuva, no dia anterior. O menino parecia saber do que se tratava o curta, ofertando um objeto,  um signo importante ali, naquele momento, naquele quadro.

Assim, o enredo surgiu entre vozes da personagem Georgeta Gonçalves, suas expressões literárias e experiências profissionais, sons e imagens de natureza e vozes de transeuntes anônimos, que deixaram registrados suas interferências cênicas e no desenho de som.

Performances em tom de denúncia marcam o curta, como a sequência em que a personagem, Georgeta Gonçalves, lê a crônica “Um pouquinho irritada”. Ao terminar de ler, o telefone dela toca,  rompendo com o silêncio e ela atende  um call center de banco que oferece empréstimo consignado para aposentados. Desliga e apela: “toma no %#. Recebo 10 (dez) telefonemas deste por dia, um inferno”, dispara Georgeta.

Interessante, é que seu  livro, “Um Gato No Mercado”, Georgeta traz, exatamente, uma crônica que trata deste e outros tipos de desrespeito, em especial aos idosos no Brasil: “pense numa criatura mal humorada, muito. Façam uma operadora ligar três vezes perguntando se ela é Vera Lúcia, insistam. Ela tem a certeza que não é? Então, a criatura sou eu ontem, pouco antes de entrar no ônibus e dar de cara com um sujeito ocupando dois lugares preferenciais com as pernas bem abertas, uma lata de cerveja na mão e um palito de dentes no canto da boca”. 

Este curta faz parte de um conjunto de ensaios audiovisuais realizados em celular, sem nenhum outro tipo de suporte, pela diretora Elizabete Martins, no Litoral Norte de São Paulo, durante o início deste ano, que contou com o apoio e parceria com a artista visual, fotógrafa e design, Leliane de Castro, que no curta, “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, assina assistência de direção, finalização, registros fotográficos e cartaz.

Em fevereiro de 2020, antes da pandemia, as artistas Elizabete Martins Campos e  Leliane de Castro foram recebidas pelo Kaaysá Art Residency, fundada pela galerista Lourdina Jean Rabieh e a escritora e produtora Lucila Mantovani. A residência aposta no hibridismo de linguagens e na interdisciplinaridade e fica localizado em Boiçucanga. Neste período, as duas artistas tiveram momentos intensos de criação, filmando e fotografando uma série de ensaios com as artistas visuais Magui Kampf, Isabelle Passos, Camila Loreta e a escritora Lucila Mantovani, que participavam de uma residência no projeto Kaaysá. O material está em fase de montagem.

“Para mim foi muito potente a vivência e trabalhos desenvolvidos durante a passagem pelo Kaaysá, minha primeira experiência em conhecer de perto uma residência artística. Também foi muito interessante acompanhar a forma de execução do “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, que inicialmente não tinha nenhum roteiro ou preparação, e que vi surgir depois de uma fala da personagem, Georgeta, que chamou a atenção da diretora sobre invisibilidade de idosos e, em um final de  tarde, o curta foi surgindo como algo planejado, inclusive com improvisos de transeuntes que pareciam saber do que se tratava aquela mulher com um celular nas mãos, filmando uma outra mulher com um livro nas mãos e outra mulher registrando as duas com uma máquina fotográfica, no caso eu”, diz Leliane de Castro.

Curta dialoga com o livro Gato no Mercado de Georgeta Gonçalves

“Um Gato No Mercado” é um livro de crônicas do cotidiano. É o primeiro livro de Georgeta Gonçalves, 70 anos, ambientalista e educadora ambiental. O bom  humor, muitas vezes ácido, está presente em quase todo o livro. É  um livro  para rir descansar.”

 Trechos do Curta “A CRIATURA SOU EU ONTEM”

 “Nosso tempo é pequeno, nosso tempo é curto. Uma árvore vive mil anos, né? Uma borboleta vive horas, a gente vive anos. E a gente considera que somos a cereja do bolo, e nós não somos a cereja, nós não somos nem cereja, quanto mais do bolo. 

E a gente tá indo, nessa mania de criar lendas, e de parar de pensar.

Então, eu acho que tá faltando a gente pensar um pouquinho, que tudo que a gente jogou nessa água, que é a mesma que vai voltar… A água que eu bebi hoje, a que está na garrafinha, aqui, na minha bolsa, dinossauro já bebeu. Não tem um canudo vindo de Deus, dizendo: “Olha vou chupar a que tá suja e mandar uma nova. Ou seja, nascente não é o lugar onde ela nasce é onde ela passa.

 E a gente tá passando, porque a gente parou de pensar. A gente parou de ter tempo para pensar. A gente precisa ler, ler, ler. Ter informações, citar filósofos, citar cientistas. Que canseira, é tão bom uma rede, é tão bom pensar”, Georgeta Gonçalves

 ***

“Olá meninos mortos, já enterraram seus corpinhos queimados, seus corpinhos furados de bala. Os meninos mortos na lama, já estão enterrados desde antes de morrer, os de Mariana. Meninos mortos no fogo, no tiro. Os que tiveram tempo pediram socorro, pediram ajuda a Deus, ninguém se importou, não tem Deus que salve meninos pobres. Não tem fogo que não queime, não tem lama que não destroce os ossos, não tem tiro dado de tão perto que não mande a vida embora.

As notícias sobre vocês já não são manchetes. Nem uma semana se passou vocês ainda estão apodrecendo ainda a carne e ossos, fragmentos. E tudo que se faz é tentativa de não culpar ninguém, de transformar tudo em papeis, papeis, papeis, que ninguém sabe para onde vão. De mesa em mesa, de tela em tela, ganhando número, letras, talvez até senhas. Enquanto vocês alimentam os vermes debaixo da terra onde corriam felizes, a vida vai se tecendo cruel com os meninos que ainda brincam, vai marcando um a um. É preciso inventar o monstro da estatística, é preciso ter notícias comoventes, é preciso matar meninos”, , Georgeta Gonçalves.

SINOPSE

Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental com a escritora e lixóloga Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.

 

FICHA TÉCNICA

“A CRIATURA SOU EU ONTEM”

Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020

Roteiro, Direção, Imagens e Montagem 

Elizabete Martins Campos

Assistente de Direção,  Finalização, Registros, Cartaz 

Leliane de Castro

Produção 

Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro 

Trechos do livro

Um gato no mercado

de Georgeta Gonçalves

Editora Autografia

Parceria

Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual 

Kaaysá  Art Residency

Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt

Realização

iT Filmes. Comunicação e Entretenimento

www.itfilmes.com.br

Boiçucanga, São Paulo

Fevereiro de 2020

SERVIÇO

O curta é lançado hoje, 27 de agosto de 2020, às 20h, em rede,  no site da produtora iT Filmes e nas redes sociais dos parceiros e apoiadores do projeto: CIRCULABIT – CIRCUITO DE CRIAÇÃO E DIFUSÃO AUDIOVISUAL EM MULTIPLATAFORMAS, KAAYSÁ ART RESIDENCY, ESCAMBAU CULTURA, ÁUREA DESIGN INTEGRADO, CINEMA NA KOMBI

iT Filmes Comunicação e Entretenimento

https://itfilmes.com.br/itcanal/

Redes sociais Parceiros

Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual

https://www.facebook.com/circulabit.tudomov

Georgeta Gonçalves

https://www.facebook.com/georgeta.goncalves

Kaaysá  Art Residency

https://www.facebook.com/kaaysaresidency

Escambau Cultura

https://www.facebook.com/cambaucultura

Cinema na Kombi

https://www.facebook.com/cinemanakombi

Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt

https://www.facebook.com/aureadesignintegrado