Malu Mader aplaude exibição de documentário sobre Elza Soares no Festival do Rio – PURE PEOPLE

O primeiro final de semana do Festival do Rio foi agitado. E Malu Mader até agora aparece como a mais fiel espectadora do evento. Depois de marcar presença na abertura da maratona cinematográfica e na exibição do filme “A Luneta do Tempo”, dirigido por Alceu Valença, a atriz foi à apresentação do documentário “My Name is Now”, que aborda a vida de Elza Soares.

Na plateia do Cinépolis Lagoon, na Zona Sul do Rio, Malu aplaudiu o filme da cineasta Elizabete Martins. Descontraída após a exibição, Elza Soares não titubeou e deu um selinho de agradecimento na diretora que levou sua vida para a tela grande.

No mesmo dia, Maurício Mattar foi com a namorada, Bianca Assumpção, prestigiar a exibição do documentário “Guardiões do Samba”, dos diretores franceses Eric e Marc Belhassen. Aos 90 anos, Nelson Sargento, um dos sambistas retratados no filme, foi conferir de perto a estreia e posou para foto ao lado de Ilda Santiago, diretora do Festival do Rio.

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Elza Soares é estrela de documentário no Festival do Rio – O GLOBO

Cantora foi bastante aplaudida na sessão de ‘My name is now’, pela competição da Première Brasil

RIO — Elza Soares olha e fala para a câmera como se visse um espelho, ela própria assumindo o reflexo de um povo por quem é apaixonada e que por ela se apaixonou. A cantora carioca, de 77 anos, é a estrela máxima de “My name is now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos, documentário em competição pela Première Brasil do Festival do Rio. O filme foi exibido no fim da tarde de sábado, no Cinépolis Lagoon, com a presença da própria Elza, bastante aplaudida pela plateia de convidados logo que entrou na sala.
A sessão foi dupla: antes de “My name is now”, foi exibido o curta-metragem “Diário de novas lembranças”, o primeiro do jovem João Pedro Oct, de apenas 19 anos, e que contou com a narração de Selton Mello. Mas a maior parte do público estava no cinema mesmo para ver e ouvir Elza Soares. No pequeno palco montado no cinema, a diretora Elizabete Martins Campos, estreante em longas-metragens, chamou a cantora de “fênix” e explicou que o projeto não é sobre a vida de Elza, mas sim “sobre o que ela está vivendo”.

Elza também falou antes do filme, com o jeito descontraído e sincero a que os fãs estão acostumados.

– Quando conheci a Bebete (a diretora Elizabete), disse que não queria falar de dor e sofrimento no filme. Queria falar de vida – afirmou Elza. – Hoje eu me namoro. Estou apaixonada por mim, não sei por que não casei comigo mesma. Se eu soubesse que era tão gostosa, tão boa, não teria me dividido com ninguém.

No documentário, Elza aparece em closes, contando histórias, cantando ou até brincando de espalhar o batom em torno de seus lábios. “My name is now” privilegia as imagens e os sons, evitando sequências didáticas que expliquem a trajetória da cantora. Aprende-se, sim, sobre sua história no filme, mas sem linearidade. Por exemplo, ao tratar da importância de Garrincha para a vida da cantora, o documentário mostra cenas do jogador em campo, recortes de revistas com notícias sobre o casal-celebridade e algumas fotos dos dois juntos. Foi incluído, ainda, um filme de Elza cantando “Linda Flor (Ai, Yô Yô)”, ao lado de Garrincha.

As músicas interpretadas por Elza, aliás, estão presentes em todo o filme. Ela entoa canções como “Se acaso você chegasse”, “Volta por cima” e “A carne”. Ela também aparece em situações tão diferentes quanto complementares: num momento está no colorido do desfile de carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel (Elza já foi puxadora e também madrinha da escola); noutro, aparece numa íntima sessão de massagem em cima de uma cama, com direito a um massagista sarado sem camisa.

Sobre o título do documentário, coube à própria Elza explicar, falando para a câmera-espelho de Elizabete Martins Campos: “Tudo meu é agora. Parece que nasci agora. Por isso digo que my name is now”.

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Elza Soares, a ‘louca saudável’ – O TEMPO

Por MARCELO MIRANDA 06/08/09 – 18h15
Foto: Charles Silva Duarte

“Se o artista chega na hora, ele perde o valor”, diz Elza Soares, quase 50 minutos depois do horário marcado para a entrevista. E logo emenda: “É mentira. Eu que acordei muito tarde mesmo”.

Elza Soares é a artista por excelência. Em encontro com a imprensa mineira, na manhã de quarta-feira, chegou de cabelão grená (poderíamos falar em “red power”?), longos brincos em forma de folha, meias, botas, óculos escuros e jaquetinha branca sobre couro negro. “Meu lado moleque nunca saiu de mim. Você já parou pra pensar que sou uma filha de lavadeira, que catava comida junto com urubus, e virei uma artista famosa no mundo todo?”

Isso ninguém pode negar. E é para valorizar a trajetória de Elza que a documentarista mineira Elizabete Martins tem acompanhado a cantora em todo lugar, no intuito de registrar seu cotidiano e, em breve, montar um filme. “Ela é naturalmente mágica e, no palco, sempre me remeteu à ideia do espetáculo que o cinema pode ser”, exalta Elizabete – ou simplesmente Bete, como é conhecida no meio audiovisual. “A criatividade da Elza foi o que lhe deu força para ela superar todos os obstáculos.”

Elza conta não ser a primeira vez que tentam levar sua vida ao cinema. Porém, nas propostas anteriores, o foco não a agradava. “Ficavam muito fechados na minha relação com o Mané[Garrincha], nas bebedeiras… Eu não sou isso, né?”

Em Bete, encontrou a sensibilidade que acredita ser necessária para falar sobre seus principais passos como artista e mulher vitoriosa. “Não quero que façam comigo o que fizeram com o Wilson Simonal. Ele sofreu aquilo tudo, morreu e só depois fizeram um filme como se fosse pedido de desculpas”, afirma. E dispara: “Tem que homenagear em vida. Depois que morre, o artista vira nome de rua.”

Sem data. Por enquanto, Bete Martins trabalha com recursos próprios e parcerias. Está na fase de captação de imagens. O filme vai mesclar momentos de dia a dia com encenações, algumas protagonizadas pela própria Elza Soares. “Estamos até agora com 19 horas de material de pesquisa e já filmamos um sonho em que a Elza se vê como escrava num calabouço em Ouro Preto”, adianta.

O objetivo maior é transmitir a noção de uma Elza Soares atemporal, espécie de força da natureza. Nada que não condiza com a visão da própria sobre si mesma. “Sou uma louca saudável. Temos muitos loucos que deixaram grandes trabalhos, como Raul Seixas, Lobão, Tom Zé, Jards Macalé, Cássia Eller. Faço parte dessa falange!”. Mas o que, afinal, é essa loucura toda? “É o nu, é a ousadia, é o extravasamento.”

Jazz. Como boa louca, portanto, Elza Soares não sossega. Nas horas de “folga”, tem se internado em estúdio para gravar o primeiro disco de jazz. “Sempre cantei com ‘big bands’, fui amiga de Ella Fitzgerald, fui descoberta pelo Louis Armstrong… Sempre tive vontade de fazer um disco desses”, celebra. “E vou cantar em inglês! Estou tendo aulas pra poder falar direitinho.”
A inspiração maior, porém, é a diva Nina Simone – dela, Elza canta a composição “Strange Fruit”, cujo tema versa sobre escravos negros. Mas a favorita da cantora, dentro do repertório em andamento, é “Summertime”, imortalizada por Janis Joplin.

 

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