Na trilha do documentário musical – CULTURA E MERCADO

 Enviado por  •  julho 9, 2015 •

Está acontecendo nesta semana em São Paulo (SP), e segue para Salvador (BA) de 14 a 19 de julho, a 7ª edição do In-Edit – Festival Internacional de Documentários Musicais. Criado em Barcelona, na Espanha, em 2003, o evento já chegou a diversos países, como Colômbia, Chile, Grécia, México, Argentina e Alemanha.

Neste ano, a edição brasileira do festival recebeu 90 filmes, dos quais 59 foram selecionados para compor a programação. O país é o único de todos onde o evento acontece que recebe também curtas-metragens. Segundo Marcelo Andrade, diretor do In-Edit Brasil, aqui há um número maior de filmes na programação e a variedade de estilos musicais e linguagens cinematográfica é mais ampla. “Não sei dizer se é uma questão de curadoria, de inventividade, de variedade musical, talento. Só sei que a seleção da edição brasileira, em geral, é mais rica que a dos outros países que atualmente compõem a rede. Isso é visível.”

Nos últimos 10 anos, o Brasil teve um salto na quantidade de documentários – não necessariamente musicais – produzidos. De acordo com dados da Ancine, passamos de 15 filmes por ano em 2004 para 36 em 2014, com um pico de 50 em 2013. Fazendo uma comparação com outros países, Andrade considera que a tarefa de realizar um documentário lá fora é tão ou mais difícil do que aqui. Isso porque, com as leis de incentivo, os produtores brasileiros podem lançar um filme financiado através dos programas da Ancine ou das leis estaduais de captação via ICMS, e o título vai para o mercado sem a obrigatoriedade de conseguir mais recursos com bilheteria. O problema está em conseguir esse patrocínio, comum a qualquer cineasta ou produtor de qualquer nacionalidade.

“Pelo mundo, os produtores acabam procurando sócios capitalistas que se tornam coproprietários da obra. Na maioria das vezes, esses sócios acabam sendo uma TV, algum grupo de comunicação ou até mesmo uma distribuidora. Já sobre as dificuldades de produção, direitos autorais, distribuição etc, cada país tem suas particularidades em função de seus mercados”, explica Andrade.

No Brasil, a questão dos direitos autorais é uma pedra no sapato de quem se arrisca nesse universo. Os direitos das músicas e das imagens de arquivo são o maior custo desse tipo de projeto, como explica André Saddy, gerente de conteúdo e marketing do Canal Brasil. “É justo que se cobre, claro. O problema é que, infelizmente, as editoras não fazem distinção entre filmes que trabalham com orçamentos diferentes. Ou seja, cobra-se o mesmo preço tanto para um documentário de R$ 300 mil como para uma ficção de R$ 5 milhões.”

O Canal Brasil produziu “Lóki” e já coproduziu mais de 15 documentários musicais, entre eles “Dzi Croquettes”, “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, “Olho Nu”, “Jards” e “Waldick – Sempre no Meu Coração”. E fechou neste ano uma parceria com o festival In-Edit para exibir uma programação especial que contou com 13 documentários musicais. Segundo Saddy, isso é resultado do crescimento da produção de filmes e do interesse por esse gênero no país. “Não medimos separadamente a audiência desse gênero de filmes, mas a própria repercussão de títulos como ‘Vinícius’, ‘Lóki’ e ‘Simonal’, só para citar três exemplos, reflete o interesse do público. Seja nos cinemas, na TV e mais recentemente nas plataformas de VOD”, conta.

Quanto vale o show? – Para Claudio Manoel, diretor de “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei”, a compra de direitos musicais é mais “normal”. “Negocia-se, barganha-se e pronto. Pode ser demorado e caro, mas a coisa é mais clara”, diz. A complicação mesmo está no direito de imagem, que foi o cerne da questão no recente debate das biografias não-autorizadas. “Em outros países a imagem registrada em alguma mídia pertence ao produtor (pressupondo que elas foram consensualmente obtidas), aqui pertence ao ‘registrado’ e seus herdeiros. Isso abre campo para negociações (e extorsões) intermináveis.”

Ele conta que o número de Simonal com a cantora Sarah Vaughan, uma das cenas do filme, foi a conversa mais fácil: obedecendo a legislação norte-americana, pagou-se a quem tinha a propriedade da imagem e pronto. Em contraposição, foi preciso tirar um take da mesma sequência, que mostrava a orquestra que tocou na época, porque teria que procurar cada músico – sem ter nenhum registro de quem eram – para conseguir a liberação do uso da imagem de cada um. “Se nossa lei fosse a que valesse no mundo, Michael Moore teria que pedir autorização ao Bush para ridicularizá-lo em seu documentário”, compara.

O músico Danilo Moraes viu-se do outro lado do “balcão” ao dirigir o filme “Premê, Quase Lindo”, que conta a história da banda paulistana Premeditando o Breque e traz 40 músicas. Experiente no lançamento de discos, ele lembra que já existe uma forma de se lançar um CD independente com canções de compositores conhecidos sem necessariamente pagar o “advanced”, que consiste em pagar todo o valor que aquela gravação iria arrecadar em direitos autorais antes de fabricar o disco. “No Brasil a lei parte do pressuposto que você é culpado até que se prove o contrário. Com os direitos autorais, pressupõe-se que o intérprete não vai pagar, então a editora (empresa que responde juridicamente pelas composições) cobra o ‘advanced’ para não ter que se preocupar depois vendo se o intérprete pagou ou não. O correto seria o intérprete pagar sobre o que ele lucrou, mas é muito complicado organizar tudo isso, separar 10 reais aqui, seis reais ali, para ir pagando o direito autoral”, explica.

O valor do “advanced” muitas vezes inviabiliza o lançamento de um disco. Além disso, as editoras cobram valores aleatórios, não existe uma tabela única. Ainda assim, no mercado de música independente existem saídas alternativas. Já no mercado do documentário musical isso ainda não é muito difundido. “Muitas vezes o autor das músicas nem sequer é consultado e a obra dele deixa de ir para um disco ou filme que ele gostaria que fosse, porque a editora barra. Acho que as editoras musicais ainda funcionam no esquema antigo das gravadoras, cobrando uma fortuna de ‘advanced’ e sem querer negociar”, diz Moraes. A saída, para ele, seria existir uma tabela acessível que considerasse o tamanho da produção (independente, com patrocínio ou com gravadora) para poder circular determinadas obras, que muitas vezes acabam na gaveta.

Ricardo Calil teve sorte nos dois documentários musicais que dirigiu. Em “Uma Noite em 67”, por uma questão editorial, foram utilizadas apenas seis canções finalistas do 3º Festival da Música Popular Brasileira da TV Record. Além disso, a própria emissora entrou como coprodutora do filme e não cobrou pelos direitos de imagem. “A gente foi na Record para tentar entender se conseguiria um preço razoável pelas imagens. Mas nunca seria muito razoável, porque eram muitas imagem. A sorte foi que eles disseram: ao invés da gente cobrar, a gente cede as imagens e entra como coprodutor. Isso foi um facilitador gigantesco. Não sei se a gente conseguiria fazer o filme se tivesse que pagar minuto por minuto de arquivo. Teria que fazer um filme diferente”, conta Calil. Já no caso de “Eu Sou Carlos Imperial”, que está sendo exibido no In-Edit, Calil e Renato Terra tiveram o apoio da família do produtor. Como ele assinava a autoria da maioria das músicas que lançava e era o produtor e diretor de todos os seus filmes, não houve problema em buscar liberação de uso. Além disso, segundo Calil, a produção do documentário foi modesta.

A arte dos grandes personagens – Documentários musicais são, em geral, os documentários mais bem-sucedidos no Brasil. Mas ninguém vê isso como um filão, segundo Calil. “Ninguém diz: ‘vou fazer um documentário musical porque aí vai dar certo’. Não vejo como uma questão de negócio, de mercado, porque naturalmente ninguém vai ficar rico fazendo documentário. Mas a música brasileira é tão rica que, se você faz um documentário musical, as chances de encontrar um público maior no Brasil aumentam bastante.”

Mas só a música é suficiente para render um bom filme? Para o jornalista e produtor musical Marcus Preto, assim como a literatura em prosa, o cinema é a arte dos grandes personagens e das grandes histórias. Por isso, os melhores documentários musicais não são, necessariamente, os filmes sobre os melhores músicos. Mas sim os filmes sobre os melhores personagens, sobre as vidas mais incomuns. “Por isso também há grandes filmes sobre bandas irrelevantes. Por isso um músico mequetrefe como o Carlos Imperial pôde render um filme superior a um grande músico como o Lenine. E, veja bem, isso não diminui nada a dimensão artística do Lenine. Só prova que a vida do Imperial foi mais espetacular, mais melodramática, mais cinematográfica. No cinema, a vida tem que parecer ficção. Ou é melhor voltar pra casa e ouvir o disco em vez de ver o filme”.

Ricardo Calil concorda: “Você pode pegar um grande músico, mas se ele tem uma vida pequena-burguesa, apesar da grande música, não necessariamente vai dar um grande documentário. Por outro lado, você pode pegar um músico menor, que tenha uma trajetória tumultuada, dramática… vai ficar envolvente. Então não necessariamente é só a boa música que faz um bom documentário musical. Tem que ter um grande personagem e bons conflitos”, ensina.

Ter a sorte de encontrar um documentário sobre grandes músicos que também são grandes personagens, diz Preto, é sonho. Elizabete Martins Campos foi atrás da sua grande personagem, Elza Soares. “My Name is Now” é um filme que conta a história da cantora que se tornou um ícone da música brasileira. “Elza é uma personagem perfeita para o cinema, porque traz impregnada em si fortes elementos não somente musicais, mas signos que refletem temáticas que interessam-me tratar, como a valorização da mulher, a potencialização da criatividade brasileira, a luta contra o racismo”, conta a diretora. O filme mergulha no universo de uma personagem que é visceral e que interpreta de forma visceral. Assim, analisa Elizabete, não é um filme sobre a vida de Elza Soares, é um filme sobre os brasileiros.

“Um bom documentário musical é aquele que conta bem uma história, que é capaz de seduzir o espectador e transportar-lhe para a realidade vivida no filme”, diz Marcelo Andrade. Em seguida, segundo ele, está a relevância do filme (histórica, biográfica, musical, social), a riqueza de informação (arquivo de imagens, depoimentos, material inédito) e os aspectos cinematográficos, como a linguagem (originalidade), fotografia e roteiro. Além disso, há a questão da “universalidade” do filme. “Histórias, personagens e entornos muito específicos acabam influenciando na decisão da escolha do título, e às vezes fica difícil transpor certas realidades para plateias que desconhecem o background do que está sendo contado. Isso acaba prejudicando o entendimento do espectador, que carece de informação para apreciar o filme”, explica.

O documentário musical, para Calil, deve ter os mesmos critérios que qualquer outro filme. “Com a vantagem de já vir, em geral, com uma boa trilha sonora”, ressalta. Deve ter bons personagens e bons narradores, que saibam contar bem essas histórias. Deve ter drama e conflito. Ainda que tudo isso possa dificultar o processo de produção.

Claudio Manoel bancou 99% dos custos de filmagem e edição do filme sobre Wilson Simonal, personagem controverso e com uma história bastante polêmica, depois de quase cinco anos buscando patrocínio. Apenas um pequeno banco de investimentos, presidido por um fã do cantor, deu R$ 15 mil, com a condição de manter seu nome em sigilo. No final, um parceiro-investidor privado pagou os custos de finalização – em troca de cláusula de prioridade, ou seja, recebendo primeiro a receita do filme até cobrir o valor investido – a RioFilme apoiou nos custos de lançamento e divulgação e a Globo Filmes entrou com mídia.

Elizabete acredita que, para fazer um filme, é melhor nem pensar sobre todas as dificuldades. “Encarei o projeto como um desafio, uma luta perseverante em busca de soluções, principalmente diante de tamanha responsabilidade de tratar um tema tão complexo, importante, rico e sério, como a vida e a arte de uma cantora, compositora e atriz como Elza Soares”, afirma. Com relação a direitos autorais, ela diz que poderia escrever um livro. No entanto, prefere falar da nova fase do projeto, que é a busca de novos parceiros para que as mais de 50 horas filmadas com Elza possam ter circulação e chegar ao grande público. A ideia é envolver pessoas físicas na etapa de lançamento do filme, com dedução do imposto de renda para quem apoiar financeiramente.

Outras grandes narrativas, acontecimentos e casos existem e poderiam gerar produtos e conteúdos de qualidade, indica Claudio Manoel, que não descarta a ideia de novas incursões no cinema documental. “O que me inibia a tirar da gaveta alguns temas e ideias era, justamente, a necessidade de ter que buscar autorizações infindáveis para contar bons causos. Agora, com a esmagadora decisão do Supremo Tribunal Federal, a favor da liberdade de expressão, da pesquisa e da preservação da memória e contra o atraso e a mesquinharia de milionários e/ou poderosos, fico mais animado. Quem sabe?”.

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10° Festival de Cinema Latino-Americano reúne 111 filmes de 17 países entre julho e agosto – ROLLING STONE

Estreias nacionais e exibição de filmes inéditos no Brasil estão na programação do evento, realizado em São Paulo

REDAÇÃO PUBLICADO EM 26/07/2015, ÀS 15H00

Entre 30 de julho e 5 de agosto, em São Paulo, será organizada a 10ª edição do Festival de Cinema Latino-Americano, com exibição de 111 filmes de 17 países de América Latina e Caribe. A entrada é franca.

Mostra de Cinema de São Paulo terá cartaz feito por Martin Scorsese.

Destaque para as pré-estreias nacionais de Ato, Atalho e Vento, de Marcelo Masagão (que abre o festival para convidados em 29 de julho, quarta), Sermão dos Peixes, novo filme de Cristiano Burlan (pré-estreia no dia 30, quinta, às 21h30, no Cinesesc), Trago Comigo, de Tata Amaral (pré-estréia mundial no dia 31, sexta, às 21h, no Memorial) e As Fábulas Negras, encontro antológico de quatro dos nomes mais importantes do terror brasileiro, Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão (estreia em 1° de agosto, sábado, às 17h, no Memorial).

Homenageados do ano, Hector Babenco e Lírio Ferreira terão algumas de suas principais obras mostradas ao longo da semana do evento, entre elas, Lúcio Flávio, o Passageiro da AgoniaPixote, a Lei do Mais Fraco e O Beijo da Mulher-Aranha, de Babenco, e Baile PerfumadoÁrido Movie e Cartola – Música para os Olhos, de Ferreira.

A programação também inclui obras ainda não exibidas no Brasil, como Mar, coprodução chilena e argentina selecionada para o Festival de Berlim, dirigida por Dominga Sotomayor, Videofilia (e Outras Síndromes Virais), primeira produção peruana a vencer o Festival de Roterdã, de Joanna Lombardi, e As Insoladas, de Gustavo Taretto, que também dirigiu Medianeras – o diretor estará presente no festival.

Os filmes poderão ser assistidos nas salas do Memorial da América Latina, Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (Sala Lima Barreto e Sala Paulo Emílio), Cinusp Maria Antonia, Cinusp Paulo Emílio, Reserva Cultural, Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, Cinemateca Brasileira e Centro de Pesquisa e Formação – Sesc. Todas as projeções têm entrada franca.

Veja a programação completa:

Centro Cultural São Paulo – Sala Lima Barreto

30 de Julho (quinta-feira)

19h30 – Pescado Rabioso – Uma Utopia Incurável – Lidia Milani

(Argentina, 2012, 55, Projeção Digital, 12 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

19h30 – Ragazzi – Raúl Perrone

(Argentina, 2014, 83, Projeção Digital, 16 anos)

02 de Agosto (domingo)

19h30 – Lixo – Carlos Matsuo

(México, 2013, 64, Projeção Digital, 12 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

19h30 – That’s a Lero Lero – Amin Stepple, Lírio Ferreira (Brasil, 1995, 16, 16mm, 12 anos)

+

Cartola – Música para os Olhos – Lírio Ferreira e Hilton Lacerda (Brasil, 2007, 85, DVD, 12 anos)

Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emílio

01 de Agosto (sábado)

19h30 – Sozinhos – Joanna Lombardi (Peru, 2015, 92, Projeção Digital, 12 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

19h30 – Baile Perfumado – Paulo Caldas e Lírio Ferreira (Brasil, 1997, 93, Projeção Digital, 16 anos)

Cine Olido

30 de Julho (quinta-feira)

15h – Rumo a La Hoyada – Andrés Cotler (Peru, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Cartola – Música para os Olhos – Lírio Ferreira e Hilton Lacerda (Brasil, 2007, 85, DVD, 12 anos)

19h – Escolas de Cinema – Programa 5 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

15h – Herói Transparente – Orgun Wagua (Panamá, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Blues dos Plomos – Paulo Soria e Gabriel Patrono (Argentina, 2013, 83, Projeção Digital, 12 anos)

19h – Premê – Quase Lindo – Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil, 2014, 70, Projeção Digital, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

15h – Gangrena Gasosa – Desagradável – Fernando Rick (Brasil, 2013, 120, Projeção Digital, 16 anos)

17h – Sabotage: Maestro do Canão – Ivan 13P (Brasil, 2015, 110, Projeção Digital, 14 anos)

19h – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia – Hector Babenco (Brasil, 1977, 118, 35mm, 18 anos)

02 de Agosto (domingo)

15h – Dominguinhos – Joaquim Castro, Eduardo Nazarian, Mariana Aydar (Brasil, 2014, 86, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Carandiru – Hector Babenco (Brasil, 2003, 145, 35mm, 16 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

15h – Os Maes da Esquina – Juan Manuel Fernández (Costa Rica, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Escolas de Cinema – Programa 2 – Vários (Vários, 2014/15, 92, Projeção Digital, 14 Anos)

19h – Pixote, a Lei do Mais Fraco – Hector Babenco (Brasil, 1980, 128, 35mm, 18 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

15h – Caddies – Pablo Accuosto (Uruguai, 2014, 52, DVD, 12 anos)

17h – Escolas de Cinema – Programa 6 – Vários (Vários, 2014/15, 92, Projeção Digital, 14 Anos)

Cinemateca Brasileira

30 de Julho (quinta-feira)

19h – A Ilha e os Signos – Raydel Araoz (Cuba, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Travessia – Alexander González Tascón (Colômbia, 2014, 52, DVD, 12 anos)

21h – Carandiru – Hector Babenco (Brasil, 2003, 145, 35mm, 16 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

19h – Pixote, a Lei do Mais Fraco – Hector Babenco (Brasil, 1980, 128, 35mm, 18 anos)

21h – Caddies – Pablo Accuosto (Uruguai, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Conquistando o Forte – Charles Martinez (Venezuela, 2014, 52, DVD, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

19h – Escolas de Cinema – Programa 1 – Vários (Vários, 2014/15, 94, Projeção Digital, 14 Anos)

21h – Escolas de Cinema – Programa 7 – Vários (Vários, 2014/15, 84, Projeção Digital, 14 Anos)

02 de Agosto (domingo)

19h – Paulo Moura – Alma Brasileira – Eduardo Escorel (Brasil, 2012, 86, Projeção Digital, 12 anos)

21h – Coração Iluminado – Hector Babenco (Argentina, Brasil, França, 1998, 130, 35mm, 18 anos)

CineSesc

30 de Julho (quinta-feira)

14h30 – Blues dos Plomos – Paulo Soria e Gabriel Patrono (Argentina, 2013, 83, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Ragazzi – Raúl Perrone (Argentina, 2014, 83, Projeção Digital, 16 anos)

19h20 – A Misteriosa Morte de Pérola – Guto Parente (Brasil, França, 2014, 62, Projeção Digital, 12 anos)

21h30 – Sermão dos Peixes – Cristiano Burlan (Brasil, 2014, 80, Projeção Digital, 12 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

14h30 – Lixo – Carlos Matsuo (México, 2013, 64, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Baile Perfumado – Paulo Caldas e Lírio Ferreira (Brasil, 1997, 93, Projeção Digital, 16 anos)

19h20 – Videofilia (e Outras Síndromes Virais) – Juan Daniel F. Molero (Peru, 2015, 102, Projeção Digital, 14 anos)

21h30 – Sozinhos – Joanna Lombardi (Peru, 2015, 92, Projeção Digital, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

14h30 – My Name Is Now, Elza Soares – Elizabete Martins Campos (Brasil, 2014, 71, Projeção Digital, 14 anos)

17h – O Crime da Imagem – Lírio Ferreira (Brasil, 1992, 13, 35mm, 12 anos)

+

O Homem que Engarrafava Nuvens – Lírio Ferreira (Brasil, 2009, 100, 35mm, 12 anos)

19h20 – Morte em Buenos Aires – Natalia Meta (Argentina, 2014, 90, Projeção Digital, 14 anos)

21h30 – O Ardor – Pablo Fendrik (Argentina, Brasil, França, México, Estados Unidos, 2014, 90, Projeção Digital, 12 anos)

02 de Agosto (domingo)

14h30 – Árido Movie – Lírio Ferreira (Brasil, 2005, 115, Projeção Digital, 16 anos)

17h – Escolas de Cinema – Programa 4 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 Anos)

19h20 – A Vida Depois – David Pablos (México, 2013, 90, Projeção Digital, 14 anos)

21h30 – Através – André Michiles, Diogo Martins e Fábio Bardella (Brasil, 2015, 104, Projeção Digital, 16 Anos)

03 de Agosto (segunda-feira)

14h30 – Não Tenho Nada – Alvaro Cifuentes (Argentina, 2013, 77, Projeção Digital, 14 anos)

17h – O Beijo da Mulher Aranha – Hector Babenco (Brasil, Estados Unidos, 1985, 120, 35mm, 16 anos)

19h20 – Mar – Dominga Sotomayor (Chile, Argentina, 2014, 60, Projeção Digital, 12 Anos)

21h30 – As Insoladas – Gustavo Taretto (Argentina, 2014, 102, Projeção Digital, 12 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

14h30 – Pescado Rabioso – Uma Utopia Incurável – Lidia Milani (Argentina, 2012, 55, Projeção Digital, 12 anos)

17h – Pantanal – Andrew Sala (Argentina, 2014, 72, Projeção Digital, 16 anos)

19h20 – Natureza Morta – Gabriel Grieco (Argentina, 2014, 90, Projeção Digital, 16 anos)

21h30 – Viva a Música – Carlos Moreno (Colômbia, México, 2015, 101, Projeção Digital, 16 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

14h30 – Sabotage: Maestro do Canão – Ivan 13P (Brasil, 2015, 110, Projeção Digital, 14 anos)

17h – Picó, a Máquina Musical do Caribe – Roberto de Zubiría e Sergio Zaraza (Colômbia, 2014, 57, Projeção Digital, 12 anos)

19h20 – Sangue Azul – Lírio Ferreira (Brasil, 2014, 114, Projeção Digital, 16 anos)

21h30 – O Passado – Hector Babenco (Brasil, Argentina, 2007, 114, 35mm, 16 anos)

Memorial da América Latina – tenda PETROBRAS para o cinema latino-americano

30 de Julho (quinta-feira)

19h – Assombrações do Recife Velho – Lírio Ferreira (Brasil, 2001, 8, DVD, 12 anos)

+

Duoelo – Lírio Ferreira, Paulo Caldas (Brasil, 1992, 16, DVD, 12 anos)

+

O Elástico – Lírio Ferreira, Paulo Caldas (Brasil, 1992, 11, DVD, 12 anos)

+

O Poeta Americano – Lírio Ferreira (Brasil, 2015, 11, Projeção Digital, 12 anos)

+

4 Kordel – Lírio Ferreira (Brasil, 2014, 13, Projeção Digital, 12 anos)

+

A Espiritualidade e a Sinuca – Lírio Ferreira (Brasil, 2011, 25, Projeção Digital, 12 anos)

21h – Gangrena Gasosa – Desagradável – Fernando Rick (Brasil, 2013, 120, Projeção Digital, 16 anos)

31 de Julho (sexta-feira)

19h – O Segredo da Luz – Rafael Barriga (Equador, 2014, 52, DVD, 12 anos)

+

Voo do Azacuán – Rafael de Jesús Quinteros (Guatemala, 2014, 52, DVD, 12 anos)

21h – Trago Comigo – Tata Amaral (Brasil, 2015, 87, Projeção Digital, 14 anos)

01 de Agosto (sábado)

17h – As Fábulas Negras – Rodrigo Aragão, Joel Caetano, Petter Baiestorf e José Mojica Marins (Brasil, 2015, 105, Projeção Digital, 16 anos)

19h – Meia Hora e as Manchetes que Viram Manchete – Angelo Defanti (Brasil, 2015, 80, Projeção Digital, 14 anos)

21h – Condado Macabro – Marcos DeBrito e André de Campos Mello (Brasil, 2015, 115, Projeção Digital, 16 anos)

02 de Agosto (domingo)

17h – Eu Sou Carlos Imperial – Renato Terra e Ricardo Calil (Brasil, 2015, 90, Projeção Digital, 18 anos)

19h – Trago Seu Amor – Dellani Lima (Brasil, 2015, 71, Projeção Digital, 16 anos)

21h – Escolas de Cinema – Programa 3 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 Anos)

03 de Agosto (segunda-feira)

19h – Os Olhos da América – Daiana Rosenfeld e Aníbal Garisto (Argentina, 2014, 52, DVD, 12 anos)

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A Nação Interior – Bulmaro Osorini Morales (México, 2014, 52, DVD, 12 anos)

21h – Videofilia (e Outras Síndromes Virais) – Juan Daniel F. Molero (Peru, 2015, 102, Projeção Digital, 14 anos)

04 de Agosto (terça-feira)

19h – Não Tenho Nada – Alvaro Cifuentes (Argentina, 2013, 77, Projeção Digital, 14 anos)

21h – Guataha – Clarissa Knoll (Brasil, 2014, 52, Projeção Digital, 12 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

20h30 – ENCERRAMENTO

Não Estávamos Ali para Fazer Amigos – Miguel de Almeida e Luiz R Cabral (Brasil, 2015, 70, Projeção Digital, 12 anos)

CINUSP – Maria Antônia

31 de Julho (sexta-feira)

20h – Fora de Campo – Hugo Gabriel Gimenez Cárcerez (Paraguai, 2014, 52, DVD, 12 anos)

01 de Agosto (sábado)

18h – Quinuera – Ariel Soto (Bolívia, 2014, 52, DVD, 12 anos)

20h – Harmonia – Gabriel Coss Ríos (Porto Rico, 2014, 52, DVD, 12 anos)

02 de Agosto (domingo)

18h – Conquistando o Forte – Charles Martinez (Venezuela, 2014, 52, DVD, 12 anos)

20h – Miskitu – Rebeca Arcia (Nicarágua, 2014, 52, DVD, 12 anos)

CINUSP – Cidade Universitária

03 de Agosto (segunda-feira)

16h – Assombrações do Recife Velho – Lírio Ferreira (Brasil, 2001, 8, DVD, 12 anos)

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Duoelo – Lírio Ferreira (Brasil, 1992, 16, DVD, 12 anos)

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O Elástico – Lírio Ferreira (Brasil, 1992, 11, DVD, 12 anos)

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O Poeta Americano – Lírio Ferreira (Brasil, 2015, 11, Projeção Digital, 12 anos)

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4 Kordel – Lírio Ferreira (Brasil, 2014, 13, Projeção Digital, 12 anos)

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A Espiritualidade e a Sinuca – Lírio Ferreira (Brasil, 2011, 25, Projeção Digital, 12 anos)

19h – Escolas de Cinema – Programa 4 – Vários (Vários, 2014/15, 97, Projeção Digital, 14 Anos)

04 de Agosto (terça-feira)

16h – A Vida Depois – David Pablos (México, 2013, 90, Projeção Digital, 14 anos)

19h – Mar – Dominga Sotomayor (Chile, Argentina, 2014, 60, Projeção Digital, 12 anos)

05 de Agosto (quarta-feira)

16h – Através – André Michiles, Diogo Martins e Fábio Bardella (Brasil, 2015, 104, Projeção Digital, 16 Anos)

19h – Os Olhos da América – Daiana Rosenfeld e Aníbal Garisto (Argentina, 2014, 52, DVD, 12 anos)

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A Nação Interior – Bulmaro Osorini Morales (México, 2014, 52, DVD, 12 anos)

06 de Agosto (quinta-feira)

16h – Condado Macabro – Marcos DeBrito e André de Campos Mello (Brasil, 2015, 115, Projeção Digital, 16 anos)

19h – Não Estávamos Ali Para Fazer Amigos – Miguel de Almeida e Luiz R Cabral (Brasil, 2015, 70, Projeção Digital, 12 anos)

07 de Agosto (sexta-feira)

16h – Trago Seu Amor – Dellani Lima (Brasil, 2015, 71, Projeção Digital, 16 anos)

19h – Sermão dos Peixes – Cristiano Burlan (Brasil, 2014, 80, Projeção Digital, 12 anos)

ESPAÇO ITAU DE CINEMA – FREI CANECA

01 de Agosto

11h – Os Maes da Esquina – Juan Manuel Fernández (Costa Rica, 2014, 52, DVD, 12 anos)

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Rumo a La Hoyada – Andrés Cotler (Peru, 2014, 52, DVD, 12 anos)

RESERVA CULTURAL

03 de Agosto

20h – Ato, Atalho e Vento – Marcelo Masagão (Brasil, 2015, 70, Projeção Digital, 12 anos)

ATIVIDADES PARALELAS

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – A Produção Audiovisual Latino-Americana na Era Digital e Conectada. Possibilidades e Tendências

03 de Agosto (segunda-feira), 10h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

Ariel Barlaro (Argentina) – Vice-presidente da Dataxis

Fernando Lauterjung (Brasil) – Editor da Tela Viva News

Pedro Butcher (Brasil) – Jornalista e crítico de cinema

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – As Escolas de Cinema e Audiovisual no Contexto Social, Cultural e Profissional Latino-Americano

03 de Agosto (segunda-feira), 15h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

José Ramón Mikelajauregui (México) – Diretor DIS – Escola de Cinema da Universidade de Guadalajara

Juan Guillermo Buenaventura Amezquita (Colômbia) – Coordenador da Escola e Cinema e Televisão da Faculdade de Artes da Universidade Nacional da Colômbia

Mario Santos (Argentina) – Vice-reitor da Universidade do Cinema – Buenos Aires

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – A Web e o Audiovisual Latino-Americano. Produção e Distribuição na Rede

04 de Agosto (terça-feira), 10h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

Luana Lobo (Brasil) – Diretora de distribuição híbrida da Maria Farinha Filmes

Luciana Mas (Argentina) – Responsável por marketing e comunicação na FAV! Network

Ramiro Medina (México) – Diretor da MonsterFlyStudios

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – Modalidades Temáticas, Dramatúrgicas e Estéticas

04 de Agosto (terça-feira), 15h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

José Carlos Avellar (Brasil) – Ensaísta e critico de cinema

Orlando Mora (Colômbia) – Critico de cinema do jornal El Colombiano

Silvia Schwarzböck (Argentina) – Professora de Filosofia na Universidade de Buenos Aires

Seminário Internacional “Caminhos do Audiovisual Latino-Americano no Século 21” – Coprodução Internacional

05 de Agosto (quarta-feira), 10h00 – SESC – Centro de Pesquisa e Formação

Angélica Lares (México) – Coordenadora do Encontro de Coprodução e Guadalajara Construye no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara

Sergio Gándara (Chile) – Presidente da fundação CinemaChile e APCT (Associação de Produtores de Cinema e TV do Chile)

Vania Catani (Brasil) – Produtora

Encontro CIBA-CILECT

02 de Agosto (domingo), 10h00 – Memorial da América Latina – Biblioteca Latino-Americana

Mesa Homenagem Lírio Ferreira

30 de Julho (quinta-feira), 20h30 – Memorial da América Latina – Biblioteca Latino-Americana

Lírio Ferreira (Brasil) – Diretor

Paulo Caldas (Brasil) – Diretor

Kiko Goifman (Brasil) – Diretor

Cinema da Vela

04 de Agosto (terça-feira), 19h30 – CineSesc

Dominga Sotomayor (Chile) – Diretora

Tata Amaral (Brasil) – Diretora

Mediação: Ricardo Calil (Brasil) – Diretor

Debate Ato, Atalho e Vento

03 de Agosto (segunda-feira), 20h – Reserva Cultural

Maria Rita Kehl (Brasil) – Psicanalista e jornalista

Jean-Claude Bernardet (Brasil) – Crítico de cinema e cineasta

Mediação: Marcelo Machado (Brasil) – Diretor

 

acesse mais: https://rollingstone.uol.com.br/noticia/10-festival-de-cinema-latino-americano-reune-111-filmes-de-17-paises-entre-julho-e-agosto/

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Sexta tem filme sobre Elza Soares no cinema e Kafka no teatro – FOLHA DE SÃO PAULO

DE SÃO PAULO 02/07/2015  20h00

O QUE AFETA SUA VIDA

  • Devido à realização do Festival das Estrelas, no bairro da Liberdade, a CET irá interditar trechos da rua dos Estudantes e da rua Galvão Bueno. O bloqueio começa às 23h desta sexta (3) e vai até às 5h da segunda (6).
  • Oito vias da zona leste também serão interditadas pela CET das 15h de sexta (3) às 2h de segunda (6). O motivo é a 26ª Festa das Nações, que deve receber público estimado em 10 mil pessoas. Saiba mais aqui
  • Vale lembrar: não podem circular nesta sexta (3) veículos com placas que terminam em 9 ou 0. O rodízio no centro expandido vale das 7h às 10h e entre 17h e 20h.

TEMPO

  • A temperatura deve se manter fria, com mínima de 15ºC e máxima de 19ºC. De acordo com o Inmet, o dia segue nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

CULTURA E LAZER

  • Em cartaz no Sesc Pompeia, a nova peça do Teatro da Vertigem, “O Filho”, propõe uma reinterpretação de “Carta ao Pai”, obra do escritor tcheco Franz Kafka. Com texto de Alexandre Del Farra e direção de Eliana Monteiro, a montagem investiga as fragilidades das relações entre pai e filho. Ingr.: R$ 12 a R$ 40
  • Cinema e música se encontram na sétima edição do In-Edit (Festival Internacional do Documentário Musical), iniciado na quinta (2). Na tela, histórias de lendas como Bob Dylan, Jimmy Hendrix e Elza Soares -protagonista do documentário-ensaio “My Name Is Now”. Composto pelas impressões de Elza a respeito de temas que vão da música à pobreza, o filme estreia nesta sexta (3), no CineSesc. Para conferir a programação completa, que vai até domingo (12), clique aqui. Ingr.: R$ 1 a R$ 12
  • A cantora e compositora Bárbara Eugênia apresenta as canções do disco “É o que Temos” nesta sexta (3), na Casa do Mancha. O show marca o fim das apresentações do segundo álbum da carioca, que lança novo trabalho no segundo semestre de 2015. Ingr.: R$ 20
  • Veja mais opções de como aproveitar o dia em SP no site do “Guia Folha”

PERSONAGEM DO DIA

Roberto Torres, 21, jovem aprendiz, Anhangabaú

Muita gente vislumbra tanta coisa mas não corre atrás de nada…
Acreditam em coisas que veem mas não se informam direito sobre o que estão falando.
Acham mais fácil reproduzir um pensamento que entender de fato o que acontece.
Se tornam levianas
Opinião só se constrói com informação.
Uma sociedade sem cultura, não é uma sociedade.
Tem um som do Emicida que diz, O mar é imenso e vários estão emocionados só com a brisa. É bem por ai…

acesse em: https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2015/07/1650957-sexta-tem-filme-sobre-elza-soares-no-cinema-e-kafka-no-teatro.shtml

EU ME AMO – Entrevista na REVISTA TPM

A cantora Elza Soares estrela documentário, prepara disco novo e grava músicas de Amy Winehouse

POR LIA HAMA
01.07.2015  TPM #155

Elza Soares está só. Após terminar o namoro com um homem 45 anos mais novo, a cantora e compositora carioca se declara apaixonada por si mesma. “Tô amando muito essa mulher, a Elza. Acho que não tem mais espaço pra eu amar outra pessoa”, disse à Tpm a artista, um dos nomes mais importantes da MPB, de seu apartamento em Copacabana. E é olhando para si mesma em um espelho que ela protagoniza My name is now, Elza Soares, documentário da diretora Elizabete Martins Campos, que será exibido este mês na sétima edição do In-Edit Brasil, em São Paulo, e no Festival Latinidades, em Brasília.

A trajetória de luta da mulher negra e pobre até o estrelato está lá, assim como as dores da perda do filho que teve com o grande amor de sua vida, o craque Garrincha [1933-1983]. Ele morreu em um acidente de carro em 1986, aos 8 anos. “Pensei que nunca fosse me recuperar. Quis fazer tudo com revolta, com raiva, por ter visto meu filho de 8 anos [Garrinchinha] ser morto”, diz a cantora no longa. Mas Elza pediu à diretora que fugisse da tristeza. “Queria falar de coisas boas e não dos sofrimentos do passado. Sempre digo: ‘My name is now’”, diz a intérprete de “Volta por cima” (“Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”).

Seu now está cheio de novidades: além do documentário, Elza prepara disco novo, A mulher do fim do mundo, com composições de José Miguel Wisnik, Romulo Fróes e Kiko Dinucci, e vai gravar canções de Amy Winehouse. “É pra uma campanha de conscientização sobre álcool e drogas. O pai da Amy me procurou. Tô sempre fazendo coisa nova”, diz a artista, que teima em não revelar a idade (estima-se que esteja na casa dos 78 anos) e, não por acaso, tem uma fênix tatuada na perna.

Vai lá: My name is now, Elza Soares, de Elizabete Martins Campos. De 1 a 12 de julho na 7ª edição do In-Edit Brasil (www.in-edit-brasil.com), em São Paulo. Dia 22/7 no Festival Latinidades (www.latinidades.com), em Brasília.

acesse em: https://revistatrip.uol.com.br/tpm/entrevista-com-elza-soares

Elza Soares canta e conta sua história no documentário ‘My Name is Now’ – HOJE EM DIA

Paulo Henrique Silva – Hoje em Dia – 28/06/2015 – 10h42 – Atualizado 08h11

“Damos voz a essa mulher negra e pobre que venceu num país tão machista”
OURO PRETO – Elizabete Martins já tinha filmado quase todas as cenas do documentário “My Name is Now, Elza Soares” quando percebeu que, até aquele momento, tinha em mãos um filme para circular em museus e galerias de arte – lindo, porém sem a voz das minorias que a cantora sempre representou.
“Disse para a Elza que a câmera estava ligada para ela falar o que nunca pôde. Foi aí que surgiu um belo improviso, em que damos voz a essa mulher negra e pobre que venceu num país tão machista. Ela é a legítima filha do Brasil”, assinala Elizabete, horas antes de exibir o filme na Praça Tiradentes, em Ouro Preto.
Um dos destaques da 10ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), encerrado na última segunda-feira, “My Name is Now” se beneficiou muito dessa resistência viva chamada Elza. Elizabete confidencia que o filme passou por muitas dificuldades para ser concluído e a intérprete não titubeava: “Olhem para mim, gente!”.
MUITAS PERDAS
Com 77 anos, Elza é uma carioca filha de operário e lavadeira que foi obrigada, pelos pais, a parar os estudos aos 12, para casar. Dois frutos dessa união morreram prematuramente, pouco tempo depois de nascerem. Após ficar viúva, não viu outra solução a não ser entregar a filha para uma família rica criar.
Mas sua voz rouca e vibrante acabou chamando a atenção das gravadoras. E sua garra e beleza, a do jogador Mané Garrincha, que se divorciou para viver ao lado dela. “Elza é essa força brasileira, mostrando que é possível dar a volta por cima e deixar uma mensagem de paz”, assinala Elizabete, estreante em longas-metragens.
OUTSIDER
A narrativa do filme segue esse perfil da cantora. “Ele é outsider, correndo por fora como Elza. Não tem perguntas e respostas e é todo em primeiro plano. Temos imagens de arquivo e também de elementos da Natureza. Não há um texto pronto, até porque as músicas já falam tudo”.
Um exemplo disso é quando Elza canta “A Carne”, transformado num grito de resistência do negro. Para Elizabete, o maior presente do filme é a junção entre essas músicas, a história de Elza e o imaginário de quem as ouviu. “Ela ajudou a fazer da música negra um ícone tão forte no Brasil”.
Garrincha também está presente, com o documentário ajudando a eternizar esse amor que abalou a sociedade da época – ela foi acusada de destruidora de lares. “Conheci as filhas dele, que exibiram um grande respeito à figura de Elza”, registra Elizabete, que precisou de autorização da família de Mané para usar as imagens, além de pagar um cachê.

Rolling Stone entrevista Elza Soares

PATRÍCIA COLOMBO PUBLICADO EM 18/01/2015, ÀS 14H03
Divulgação

Personificação de diversas minorias – nasceu mulher, negra e pobre –, Elza Soares, de 77 anos, precisou dar chutes nas portas para conquistar o sucesso e o respeito que almejava. Passou fome na infância, sofreu com o moralismo da sociedade por causa do relacionamento com Mané Garrincha (que era casado quando conheceu a cantora), enfrentou os problemas de alcoolismo do jogador e viveu a traumática experiência da perda do filho do casal em um acidente de carro, anos depois da morte do companheiro. Sempre se recuperando como uma fênix, Elza segue bem-humorada e fazendo uma média de 15 shows por mês, que tem realizado sentada por causa de problemas na coluna. Entre as apresentações está o espetáculo Elza Soares Canta e Chora Lupicínio Rodrigues, que ganhará registro ao vivo. O atual momento da cantora ainda é tema de My Name Is Now, filme com recortes musicais que mistura ficção e documentário, dirigido por Elizabete Martins Campos. Elogiado, o longa estreou no Festival do Rio e busca parceiros para ser exibido em circuito comercial. “Quando me assisti, pensei: ‘Porra, que mulher foda’”, ela diz, sem falsa modéstia.

Entrevista: “Cantar ainda é remédio bom”, diz Elza Soares.

Como surgiu a ideia de fazer um filme como esse?

Conheço a Bebete há um tempo e comentei que gostaria de escrever um livro sobre mim. Ela me sugeriu fazer um longa-metragem. É um filme em que falo da Elza de agora, não tanto da Elza das porradas da vida.

E por que não quis abordar de forma mais contundente os perrengues pelos quais você passou?

Falamos disso no filme também, mas queria algo mais leve. Ao longo da minha carreira sempre consegui tudo na porrada, porque sou abusada. Até hoje falo que nunca tive um grande patrocinador. Mas também é aquela coisa, talvez com um patrocinador eu não pudesse ser o que sou.

Sim. E se eu tivesse sido como queriam que eu fosse, uma donzelinha frágil com vestido até a canela e gola no pescoço. Meu vestido só não sobe mais por causa das calcinhas [risos]. Era uma época em que se tinha uma ideia da mulher submissa, que muitas vezes era depósito para lixo de alguns homens. Nunca quis isso e sofri também. Ser livre, naquela época, foi difícil. E se minha história com Mané se passasse agora, com os jogadores ganhando milhões, não sei se eu seria a mulher dele. Conheci um Garrincha pobre e nosso amor era verdadeiro. O que sinto por ele permanece intacto.

Essa intensidade que você tem claramente vai além do cantar.

Não à toa você tem esse laço tão forte com as canções do Lupicínio.

Acho que é por isso que o show deu tão certo. Elza canta e chora Lupicínio. Entra pelo meu útero, me engravida e cada música cantada é um parto. Gravamos um registro audiovisual ao vivo em Porto Alegre, terra de Lupi. Convidei o filho dele, Lupicínio Rodrigues Filho, e o lançamento será no início de 2015.

Você era moderna em uma época de grande conservadorismo. Acha que é mais fácil ser mulher hoje?

As mulheres tinham muito medo de mim. Quando eu chegava numa festa era uma coisa de “cuidado com a Elza”. Hoje em dia elas conseguem se impor muito mais. Mas ainda há preconceito, e não só vindo do homem. Muitas mulheres são machistas sem perceber.

A representação feminina no Congresso, por exemplo, ainda é muito pequena.

As mulheres não se apoiam. Falta mulher na política. Eu tenho tanta vontade de vê-las de mãos dadas, se ajudando. E minha luta, além de ser pelos negros e pelas mulheres, sempre foi pelos gays. Alguns tratam os homossexuais como se não fossem um pedaço de nós. Eu sou todos eles.

E como está a sua coluna?

Ando fazendo muita fisioterapia. Caí do palco em 1999 e nem dei muita bola. Segui usando meus saltos de 15 centímetros. De 2007 para cá, fiz três cirurgias e tenho oito pinos na coluna. Sempre sambei no palco. Hoje, me apresento sentada, mas aprendi a dar uma tremidinha na cadeira [risos]. Espero que em 2015 eu já volte a fazer shows em pé. Acredito que com a minha vontade e entrega vai dar tudo certo.

 

acesse em: https://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-100/entrevista-elza-soares/

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