Música “Profecia” vira videoclipe, fala do Brasil e desafia “dragão” a sair da frente

O videoclipe “PROFECIA”, da cantora Jeanne Louise, com letra de Alex Motta e direção de Elizabete Martins Campos, rodado durante a pandemia, (com todos cuidados necessários), que traz mensagens de provocação e perseverança ao público é lançado, nesta segunda-feira, 01 de fevereiro de 2021, às 17 horas, por meio de plataformas digitais e redes sociais.

 

Rodado nas ruas de Betim, e no Pico Pedra Grande, em Igarapé, cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, o videoclipe “PROFECIA” é inspirado em linguagens de filmes curtas, que têm narrativas, contadas de forma sucinta. Neste caso, a personagem, interpretada pela cantora Jeanne Louise, com véstias brancas, sandálias de dedo, mudas de espadas de São Jorge, em uma mão e, na outra uma machadinha, ora de máscaras branca ou preta, percorre um trajeto, de carro e a pé, em um ritual em alusão ao enfrentamento e resistência a algo, neste caso o covid e falsos profetas, o “dragão”, nestes tempos de pandemia e crises e, como forma simbólica de levar esperança, com o plantio de uma muda de São Jorge, que tem, entre outros significados, no Brasil, de proteção.

Ao ar livre, longe de gerar aglomerações, e mais do que isto, após mais de três meses de isolamento, no início de 2020, três artistas, Jeanne Louise, Elizabete Martins Campos e Leliane de Castro saem para filmar, com toda cautela e respeito às normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), algo que pudesse levar uma mensagem de força às pessoas no momento difícil. Assim, a partir da música ”PROFECIA”, de Alex Motta, compositor e baterista,  parceiro da cantora Jeanne Louise, desde 2004, mesmo ano em que a canção foi escrita e gravada, nasce o videoclipe ”PROFECIA”.

“Se transformes num foco de luz e extinguirás a sombra em torno, é isto que este videoclipe passa, não aceite tudo calado, não fique olhando para o lado.  Ilumina te e não te faltarás claridade no caminho. Continue emitindo essa luz que há dentro de você, pois assim encontrará em seu caminho tudo aquilo que sempre almejou, a harmonia, a paz e o amor”, comenta Jeanne Louise.

“A música fala sobre falsas profecias, proferidas por falsos profetas, aos quais somos levados a acreditar ao longo da existência da humanidade. E como devemos agir ao descobrir que acreditamos em mentiras? É com um ‘sai da frente’”,  como escrevi em um dos trechos, comenta Alex Motta, compositor da letra.

“A música, como as outras artes,  mais do que nunca, têm exercido um papel de protagonismo, como um meio fundamental para a saúde mental das pessoas que, durante a pandemia,  se viram trancafiadas, dentro de casa e, claro, mais do que nunca, as artes, têm demonstrado sua eficácia como expressão, entretenimento, relaxamento, lugar do lúdico, realidade, vivência, cura, expansão cultural, social e econômica, comenta a diretora, Elizabete Martins Campos. Para mim, é sempre potente poder trabalhar com a música como base para o audiovisual.

“Foi surpreendente ter recebido esse convite, em meio a toda essa turbulência e ao ver o contexto do trabalho eu fiquei, imensamente, grata por ter participado do processo com essas super artistas, vejo, neste projeto, uma forma de expressar o quanto queríamos soluções e proteção para nossa sociedade.  Sei que este videoclip veio para trazer mesmo que, sutilmente, um pouco de esperança para nós que participamos diretamente e, espero que, agora, para mais pessoas que poderão assistir em streaming”, comenta a realizadora audiovisual, fotógrafa e designer, Leliane de Castro.

Era início do mês de maio de 2020, quando o telefone da diretora Elizabete tocou, na casa que estava recolhida, em Igarapé, (MG) devido a pandemia.  “Era a Jeanne e ela chorava, havia muito tempo que não falávamos. Ouvi do outro lado da linha, uma amiga e parceira das antigas, uma mulher e artista, que preocupa com os outros, naquele momento me disse que precisa realizar um videoclipe com a música ”PROFECIA”, que ela queria passar uma mensagem para as pessoas , conta Elizabete.

As etapas de pesquisas, roteiro, produção e filmagem do videoclipe “PROFECIA”foram realizadas com recursos próprios dos artistas, durante maio e junho de 2020. As etapas Montagem, Finalização, Divulgação e Lançamento do videoclipe foram realizadas por meio da Lei Aldir Blanc de Betim, em janeiro  de 2020.

 

LETRA DA MÚSICA

intérprete / cantora Jeanne Louise

Composicão Alex Motta

 

Nem toda profecia se realizou,

o mundo até agora não se acabou,

o bom e velho Cristo ainda não voltou

e o País do futuro ainda não emplacou ;

 

Não deixe criança sua inocência perder,

Não pense que a vida não ama você;

Aqui nesse mundo você tem que saber,

Hoje você ganha, amanhã pode perder;

 

Refrão

Então sai da frente e não vai dizer que a vida trai,

Pois se hoje você cai, amanhã levanta e vai;

 

Macacos me mordam se eu ficar por aqui,

Olhando pros lados sem saber onde ir,

Almoçar amargura e jantar depressão,

São Jorge me ajude a matar esse dragão.

https://youtu.be/SWZxGyji7WE

SOBRE OS ARTISTAS

JEANNE LOUISE

É cantora, compositora autoral, natural de Betim, formada em Pedagogia, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI-FUOM) e Pós-Graduada em Artes e Educação, com ênfase em Musicoterapia, pelo  Instituto Superior de Educação Ibituruna (ISEIB). Aos  sete anos de idade, descobriu seu amor pela música, quando iniciou seus estudos com aulas de piano e violão. Estudou por mais de cinco anos na  Escola de Canto Babaya e fez Cursos de Percepção Musical (Musicalização), Regência e Coral com  Márcio Miranda Pontes. Na década de 1990 funda a BANDA INCAS. Em carreira solo, no ano de 2005 gravou seu primeiro CD, que levou o nome de “Indagações”.  Após o sucesso do CD, também foi lançado o seu primeiro clip “TOMA JUIZO CRIANÇA”. Em 2020 gravou seu segundo clip “JOÃO do BRASIL”, retratando a realidade social do País e, em 2021 lança o terceiro clip ”PROFECIA”. Jeanne Louise  tocou na abertura de show de artistas como 14 Bis, Falamansa, Hanói e Hanói, Barão Vermelho, Zeca Baleiro, Jota Quest, Fábio Júnior, Lobão, Jorge e Mateus, entre outros. A artista tem participação ativa na vida artística, cultural e sócio-educativa de Betim. Desde 2005, atua como regente e coordenadora do Projeto Canto Coral nas escolas Municipais de Betim, o qual possui como parceiro o maestro Márcio Pontes, responsável pela Escola de Música SABRA  (Orquestra Sinfônica de Betim ,Orquestra Infanto-juvenil  de Betim e Curso de Musicalização Infantil), levando música e cultura para toda a cidade.

ALEX MOTTA

É artista visual, compositor, músico e baterista.  Natural de BH, formado em Arte e Educador pela Escola Guignard-UEMG.  É baterista e compositor de várias músicas interpretadas pela cantora Jeanne Louise.

ELIZABETE MARTINS CAMPOS

A cineasta e jornalista, Elizabete Martins Campos, nasceu em Conselheiro Pena, Minas Gerais (MG). É formada em Comunicação Social, bacharel em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte- UNI/BH.  Roteirizou, produziu e dirigiu “Vale do Barro”, “Feira Hippie”, “Mulheres em Movimento”, “In e/ou Out’, “Dona do Terço” , “Filhos Separados pela Injustiça, “Que Coso”,  “My Name is Now, Elza Soares” e  “A Criatura Sou Eu Ontem”. Vencedora, em 2019, do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro nas categorias Melhor Filme Documentário – Júri popular e Melhor Trilha Sonora Original – Júri Oficial, depois de ter percorrido mais de 30 festivais de cinema, ficando em cartaz em 27 salas de cinema no Brasil e no exterior, com o filme “My name is Now”, em 2018 e 2019, por meio do projeto Circulabit – Circuito Interativo de Criação e Difusão do Audiovisual em Multiplataformas, idealizado por ela. Em televisão, foi videoreporter, repórter, roteirista e produtora no  Agenda, REDE MINAS- TV CULTURA, um dos mais expressivos programas do segmento no Estado. Trabalhou como diretora, câmera e roteirista no Museu da Imagem e do Som – MIS (antigo Centro de Referência Audiovisual de Belo Horizonte– CRAV de Belo Horizonte).  Atualmente, dedica-se às pesquisas e desenvolvimento de novos projetos de longa-metragem e séries, em parceria com artistas e outras produtoras.

LELIANE DE CASTRO

É  artista visual, fotógrafa e design. Atualmente desenvolve o projeto “Artes Sentidos BH” que integra sua série de experimentações em videoarte, fotografia e ilustrações, sobre Belo Horizonte, sua gente, arte, cultura, lugares, saberes e sentidos, que serão reunidos e disponibilizados em plataforma digital. Em, “A Criatura Sou Eu Ontem”, exibido em 2020, pela RTP (TV de Portugal),  assina  assistência de direção,  finalização, registros fotográficos e cartaz.   Atua como fotógrafa, designer, assistente de produção e marketing na IT Filmes, Comunicação e Entretenimento no projeto Circulabit – Circuito Itinerante, Interativo e Laboratorial de Criação e Distribuição Audiovisual em Multiplataformas. Trabalhou como designer gráfica, fotógrafa e marketing na distribuição do longa “My Name is Now, Elza Soares”. Trabalhou como designer gráfico no projeto “Cerne Educação: para a Sustentabilidade” da Universidade FUMEC, assistente de produção no “Tempo_Festival – Festival Internacional de Teatro”, e no Seminário “Noite com Vampiros”, da Caixa Cultural, ambos no Rio de Janeiro.  Foi designer gráfica e fotógrafa do projeto  “Tecnicolor Projeto” – Produtora Cultural carioca e na peça teatral “Tampografia”. Foi Monitora da exposição “Da Vincis do Povo, Cai Guo-Qiang’s”, no CCBB e da Oficina de “Pipas Cia Guo. Cai Guo-Qiang’s”, junto a Comunidades, ambas no Rio de Janeiro e estagiou na coordenação de projetos no Instituto Amilcar de Castro, em Belo Horizonte. Em 2019 funda a Áurea Audiovisual, Design Integrado e Marketing Digital, onde vem desenvolvendo projetos com outros artistas e prestando serviços a  projetos, empresas e artistas.

 

FICHA TÉCNICA

VIDEOCLIPE “PROFECIA”

Intérprete / Cantora  JEANNE LOUISE

Videoclipe / Música PROFECIA

Composição / música ALEX MOTTA

Direção e Roteiro  ELIZABETE MARTINS CAMPOS

Fotografia, Montagem,  Finalização, Comunicação,  Lançamento

Elizabete Martins Campos, LELIANE DE CASTRO

Lançamento do vídeo videoclip “PROFECIA” de JEANNE LOUISE

Música ALEX MOTTA

Direção ELIZABETE MARTINS CAMPOS

DATA:  01 de fevereiro, segunda-feira

HORÁRIO: 17h

ONDE: Plataformas digitais e Redes Sociais de Jeanne Louise:

📺   You Tube: https://youtu.be/YRKZkMKQNSk

📺   Vimeo: https://vimeo.com/505015765

📺   Facebook – https://www.facebook.com/jeannelouise.natal

📺   Instagram – https://www.instagram.com/jeannelouise.natal/

Diretora Elizabete Martins Campos, da iT Filmes, anuncia seu próximo longa de trilogia, estrelado pela cantora Maria Alcina, em entrevista exclusiva à jornalista Adriana Del Ré, do Estadão

Maria Alcina é tema de filme dirigido pela cineasta de ‘My Name is Now, Elza Soares’

Trajetória da cantora é o segundo filme da trilogia idealizada pela diretora Elizabete Martins Campos

Adriana Del Ré, O Estado de S.Paulo

19 de dezembro de 2020 | 05h00

Longa sobre Maria Alcina é o segundo da trilogia da diretora. Foto: Robson Fernandjes/Estadão

Célebre voz de Fio Maravilha, de Jorge Ben Jor, no 7.º Festival Internacional da Canção, em 1972, a cantora Maria Alcina será tema de filme a ser rodado por Elizabete Martins Campos, diretora do premiado My Name is Now, Elza Soares (2018). O longa inspirado em Alcina é o segundo de uma trilogia ligada à temática que a cineasta vem desenvolvendo sobre identidade e reviravoltas do povo brasileiro. “Com destaque para o protagonismo das minorias, em especial das mulheres, que nesse contexto são representadas por cantoras, que trazem impregnadas em si a música, algo genuinamente e popularmente brasileiro”, explica Elizabete, em entrevista ao Estadão.

E depois de realizar um documentário, poético e experimental, dedicado a Elza Soares, como ela chegou ao nome de Alcina? “Ela traz impregnada em si elementos que representam o que trato nessa trilogia: mulher, corajosa, criativa, talentosa, batalhadora, que desde criança canta como modo de vida”, diz. “Uma das precursoras da performance no Brasil, criou personagens ousadas, inusitadas, transgressoras para os anos de chumbo, foi proibida pela ditadura de se apresentar em público por 20 dias, que tornaram-se 20 anos sem gravar nenhum novo disco.”

Segundo ela, a base do filme é documental, com liberdade para “experimentos e inventos”. O anúncio oficial do longa será feito neste sábado, 19, às 16h, na live para a qual ela e Maria Alcina foram convidadas, dentro da programação do Fórum Cidade da Música.

O produtor Thiago Marques Luiz, a cantora Maria Alcina, a cineasta Elizabete Martins Campos e Tatiana Tonucci, da IT Filmes, durante reunião, em 2019, sobre o filme. Foto: Fábio Cardoso

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,maria-alcina-e-tema-de-filme-dirigido-pela-cineasta-de-my-name-is-now-elza-soares,70003557447

iT Filmes lança curta experimental que reflete situação da criança e do idoso no Brasil, rodado com a escritora Georgeta Gonçalves

Nesta quinta-feira,  27 de agosto de 2020, às 20 horas, a iT FIlmes, Comunicação e Entretenimento,  lança em rede na web “A CRIATURA SOU EU ONTEM”,  curta metragem que trata da invisibilidade do idoso,  das precoces mortes de crianças no Brasil, atravessado com crônicas, poemas e reflexões da escritora e lixóloga, Georgeta Gonçalves, com trechos de seu livro “Um Gato No Mercado”. O trabalho é resultado das experimentações da diretora e jornalista Elizabete Martins Campos,  em filmar com populares, buscando formas em imagens e sons naquilo que cruza suas pesquisas, tempo e lugar, utilizando um celular, como ferramenta de registros e montagem durante o processo.

A partir do universo onde estava imersa (praia de Boiçucanga, no Litoral Norte de São Paulo) a diretora, Elizabete Martins Campos, dialoga com o ambiente, seus elementos naturais, captando sons de mar, vento e até vozes de crianças na areia, que compõem o curta, expressões que surgem na frente do registro,  como a de um garoto que, espontaneamente, recolhe e coloca no ponto de vista da mesma, um lixo plástico na areia: uma rodinha de carrinho, misturada a entulhos, galhos, vindos do mar, após uma forte chuva, no dia anterior. O menino parecia saber do que se tratava o curta, ofertando um objeto,  um signo importante ali, naquele momento, naquele quadro.

Assim, o enredo surgiu entre vozes da personagem Georgeta Gonçalves, suas expressões literárias e experiências profissionais, sons e imagens de natureza e vozes de transeuntes anônimos, que deixaram registrados suas interferências cênicas e no desenho de som.

Performances em tom de denúncia marcam o curta, como a sequência em que a personagem, Georgeta Gonçalves, lê a crônica “Um pouquinho irritada”. Ao terminar de ler, o telefone dela toca,  rompendo com o silêncio e ela atende  um call center de banco que oferece empréstimo consignado para aposentados. Desliga e apela: “toma no %#. Recebo 10 (dez) telefonemas deste por dia, um inferno”, dispara Georgeta.

Interessante, é que seu  livro, “Um Gato No Mercado”, Georgeta traz, exatamente, uma crônica que trata deste e outros tipos de desrespeito, em especial aos idosos no Brasil: “pense numa criatura mal humorada, muito. Façam uma operadora ligar três vezes perguntando se ela é Vera Lúcia, insistam. Ela tem a certeza que não é? Então, a criatura sou eu ontem, pouco antes de entrar no ônibus e dar de cara com um sujeito ocupando dois lugares preferenciais com as pernas bem abertas, uma lata de cerveja na mão e um palito de dentes no canto da boca”. 

Este curta faz parte de um conjunto de ensaios audiovisuais realizados em celular, sem nenhum outro tipo de suporte, pela diretora Elizabete Martins, no Litoral Norte de São Paulo, durante o início deste ano, que contou com o apoio e parceria com a artista visual, fotógrafa e design, Leliane de Castro, que no curta, “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, assina assistência de direção, finalização, registros fotográficos e cartaz.

Em fevereiro de 2020, antes da pandemia, as artistas Elizabete Martins Campos e  Leliane de Castro foram recebidas pelo Kaaysá Art Residency, fundada pela galerista Lourdina Jean Rabieh e a escritora e produtora Lucila Mantovani. A residência aposta no hibridismo de linguagens e na interdisciplinaridade e fica localizado em Boiçucanga. Neste período, as duas artistas tiveram momentos intensos de criação, filmando e fotografando uma série de ensaios com as artistas visuais Magui Kampf, Isabelle Passos, Camila Loreta e a escritora Lucila Mantovani, que participavam de uma residência no projeto Kaaysá. O material está em fase de montagem.

“Para mim foi muito potente a vivência e trabalhos desenvolvidos durante a passagem pelo Kaaysá, minha primeira experiência em conhecer de perto uma residência artística. Também foi muito interessante acompanhar a forma de execução do “A CRIATURA SOU EU ONTEM”, que inicialmente não tinha nenhum roteiro ou preparação, e que vi surgir depois de uma fala da personagem, Georgeta, que chamou a atenção da diretora sobre invisibilidade de idosos e, em um final de  tarde, o curta foi surgindo como algo planejado, inclusive com improvisos de transeuntes que pareciam saber do que se tratava aquela mulher com um celular nas mãos, filmando uma outra mulher com um livro nas mãos e outra mulher registrando as duas com uma máquina fotográfica, no caso eu”, diz Leliane de Castro.

Curta dialoga com o livro Gato no Mercado de Georgeta Gonçalves

“Um Gato No Mercado” é um livro de crônicas do cotidiano. É o primeiro livro de Georgeta Gonçalves, 70 anos, ambientalista e educadora ambiental. O bom  humor, muitas vezes ácido, está presente em quase todo o livro. É  um livro  para rir descansar.”

 Trechos do Curta “A CRIATURA SOU EU ONTEM”

 “Nosso tempo é pequeno, nosso tempo é curto. Uma árvore vive mil anos, né? Uma borboleta vive horas, a gente vive anos. E a gente considera que somos a cereja do bolo, e nós não somos a cereja, nós não somos nem cereja, quanto mais do bolo. 

E a gente tá indo, nessa mania de criar lendas, e de parar de pensar.

Então, eu acho que tá faltando a gente pensar um pouquinho, que tudo que a gente jogou nessa água, que é a mesma que vai voltar… A água que eu bebi hoje, a que está na garrafinha, aqui, na minha bolsa, dinossauro já bebeu. Não tem um canudo vindo de Deus, dizendo: “Olha vou chupar a que tá suja e mandar uma nova. Ou seja, nascente não é o lugar onde ela nasce é onde ela passa.

 E a gente tá passando, porque a gente parou de pensar. A gente parou de ter tempo para pensar. A gente precisa ler, ler, ler. Ter informações, citar filósofos, citar cientistas. Que canseira, é tão bom uma rede, é tão bom pensar”, Georgeta Gonçalves

 ***

“Olá meninos mortos, já enterraram seus corpinhos queimados, seus corpinhos furados de bala. Os meninos mortos na lama, já estão enterrados desde antes de morrer, os de Mariana. Meninos mortos no fogo, no tiro. Os que tiveram tempo pediram socorro, pediram ajuda a Deus, ninguém se importou, não tem Deus que salve meninos pobres. Não tem fogo que não queime, não tem lama que não destroce os ossos, não tem tiro dado de tão perto que não mande a vida embora.

As notícias sobre vocês já não são manchetes. Nem uma semana se passou vocês ainda estão apodrecendo ainda a carne e ossos, fragmentos. E tudo que se faz é tentativa de não culpar ninguém, de transformar tudo em papeis, papeis, papeis, que ninguém sabe para onde vão. De mesa em mesa, de tela em tela, ganhando número, letras, talvez até senhas. Enquanto vocês alimentam os vermes debaixo da terra onde corriam felizes, a vida vai se tecendo cruel com os meninos que ainda brincam, vai marcando um a um. É preciso inventar o monstro da estatística, é preciso ter notícias comoventes, é preciso matar meninos”, , Georgeta Gonçalves.

SINOPSE

Um desabafo sobre a situação da criança e idoso do Brasil. Um curta experimental com a escritora e lixóloga Georgeta Gonçalves, na praia de Boiçucanga.

 

FICHA TÉCNICA

“A CRIATURA SOU EU ONTEM”

Experimental, 10:55″, colorido, digital, Brasil, 2020

Roteiro, Direção, Imagens e Montagem 

Elizabete Martins Campos

Assistente de Direção,  Finalização, Registros, Cartaz 

Leliane de Castro

Produção 

Elizabete Martins Campos, Georgeta Gonçalves, Leliane de Castro 

Trechos do livro

Um gato no mercado

de Georgeta Gonçalves

Editora Autografia

Parceria

Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual 

Kaaysá  Art Residency

Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt

Realização

iT Filmes. Comunicação e Entretenimento

www.itfilmes.com.br

Boiçucanga, São Paulo

Fevereiro de 2020

SERVIÇO

O curta é lançado hoje, 27 de agosto de 2020, às 20h, em rede,  no site da produtora iT Filmes e nas redes sociais dos parceiros e apoiadores do projeto: CIRCULABIT – CIRCUITO DE CRIAÇÃO E DIFUSÃO AUDIOVISUAL EM MULTIPLATAFORMAS, KAAYSÁ ART RESIDENCY, ESCAMBAU CULTURA, ÁUREA DESIGN INTEGRADO, CINEMA NA KOMBI

iT Filmes Comunicação e Entretenimento

https://itfilmes.com.br/itcanal/

Redes sociais Parceiros

Circulabit Circuito Laboratorial de Criação e Difusão Audiovisual

https://www.facebook.com/circulabit.tudomov

Georgeta Gonçalves

https://www.facebook.com/georgeta.goncalves

Kaaysá  Art Residency

https://www.facebook.com/kaaysaresidency

Escambau Cultura

https://www.facebook.com/cambaucultura

Cinema na Kombi

https://www.facebook.com/cinemanakombi

Áurea Design Integrado, Audiovisual, Mkt

https://www.facebook.com/aureadesignintegrado

8 documentários imperdíveis de música para ver em 2015 – M DE MULHER

Uma seleção para olhos e ouvidos! 🙂

Trailer My Name Is Now, Elza Soares. Diretora Elizabete Martins Campos

 

Sinopse: Quem é Elza Soares? É muito mais do que uma cantora de extrema importância para a cultura brasileira. Elza Soares é uma força. E é exatamente isso que esse documentário procura mostrar. Peça indispensável para quem quer conhecer – e entender – mais a fundo o rico universo musical do Brasil.

Saiba mais: https://mdemulher.abril.com.br/cultura/8-documentarios-imperdiveis-de-musica-para-ver-em-2015/

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Prêmio Netflix: assista aos trailers dos filmes que estão na disputa – ROLLING STONE

Fotografia Elizabete Martins Campos

REDAÇÃO PUBLICADO EM 14/09/2016, ÀS 14H57 – ATUALIZADO EM 15/09/2016, ÀS 11H34

My Name Is Now (2014), de Elisabete Martins Campos

Elza Soares chega, cara a cara, ultrapassa tempo, espaço, perdas e sucessos. Em um rito fílmico, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, ela incorpora a ancestralidade brasileira, transcende em música e canta gloriosamente em My Name Is Now.

acesse em: https://rollingstone.uol.com.br/artigo/netflix-lanca-segunda-edicao-do-premio-netflix-veja-os-trailers-dos-concorrentes/

Na trilha do documentário musical – CULTURA E MERCADO

 Enviado por  •  julho 9, 2015 •

Está acontecendo nesta semana em São Paulo (SP), e segue para Salvador (BA) de 14 a 19 de julho, a 7ª edição do In-Edit – Festival Internacional de Documentários Musicais. Criado em Barcelona, na Espanha, em 2003, o evento já chegou a diversos países, como Colômbia, Chile, Grécia, México, Argentina e Alemanha.

Neste ano, a edição brasileira do festival recebeu 90 filmes, dos quais 59 foram selecionados para compor a programação. O país é o único de todos onde o evento acontece que recebe também curtas-metragens. Segundo Marcelo Andrade, diretor do In-Edit Brasil, aqui há um número maior de filmes na programação e a variedade de estilos musicais e linguagens cinematográfica é mais ampla. “Não sei dizer se é uma questão de curadoria, de inventividade, de variedade musical, talento. Só sei que a seleção da edição brasileira, em geral, é mais rica que a dos outros países que atualmente compõem a rede. Isso é visível.”

Nos últimos 10 anos, o Brasil teve um salto na quantidade de documentários – não necessariamente musicais – produzidos. De acordo com dados da Ancine, passamos de 15 filmes por ano em 2004 para 36 em 2014, com um pico de 50 em 2013. Fazendo uma comparação com outros países, Andrade considera que a tarefa de realizar um documentário lá fora é tão ou mais difícil do que aqui. Isso porque, com as leis de incentivo, os produtores brasileiros podem lançar um filme financiado através dos programas da Ancine ou das leis estaduais de captação via ICMS, e o título vai para o mercado sem a obrigatoriedade de conseguir mais recursos com bilheteria. O problema está em conseguir esse patrocínio, comum a qualquer cineasta ou produtor de qualquer nacionalidade.

“Pelo mundo, os produtores acabam procurando sócios capitalistas que se tornam coproprietários da obra. Na maioria das vezes, esses sócios acabam sendo uma TV, algum grupo de comunicação ou até mesmo uma distribuidora. Já sobre as dificuldades de produção, direitos autorais, distribuição etc, cada país tem suas particularidades em função de seus mercados”, explica Andrade.

No Brasil, a questão dos direitos autorais é uma pedra no sapato de quem se arrisca nesse universo. Os direitos das músicas e das imagens de arquivo são o maior custo desse tipo de projeto, como explica André Saddy, gerente de conteúdo e marketing do Canal Brasil. “É justo que se cobre, claro. O problema é que, infelizmente, as editoras não fazem distinção entre filmes que trabalham com orçamentos diferentes. Ou seja, cobra-se o mesmo preço tanto para um documentário de R$ 300 mil como para uma ficção de R$ 5 milhões.”

O Canal Brasil produziu “Lóki” e já coproduziu mais de 15 documentários musicais, entre eles “Dzi Croquettes”, “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, “Olho Nu”, “Jards” e “Waldick – Sempre no Meu Coração”. E fechou neste ano uma parceria com o festival In-Edit para exibir uma programação especial que contou com 13 documentários musicais. Segundo Saddy, isso é resultado do crescimento da produção de filmes e do interesse por esse gênero no país. “Não medimos separadamente a audiência desse gênero de filmes, mas a própria repercussão de títulos como ‘Vinícius’, ‘Lóki’ e ‘Simonal’, só para citar três exemplos, reflete o interesse do público. Seja nos cinemas, na TV e mais recentemente nas plataformas de VOD”, conta.

Quanto vale o show? – Para Claudio Manoel, diretor de “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei”, a compra de direitos musicais é mais “normal”. “Negocia-se, barganha-se e pronto. Pode ser demorado e caro, mas a coisa é mais clara”, diz. A complicação mesmo está no direito de imagem, que foi o cerne da questão no recente debate das biografias não-autorizadas. “Em outros países a imagem registrada em alguma mídia pertence ao produtor (pressupondo que elas foram consensualmente obtidas), aqui pertence ao ‘registrado’ e seus herdeiros. Isso abre campo para negociações (e extorsões) intermináveis.”

Ele conta que o número de Simonal com a cantora Sarah Vaughan, uma das cenas do filme, foi a conversa mais fácil: obedecendo a legislação norte-americana, pagou-se a quem tinha a propriedade da imagem e pronto. Em contraposição, foi preciso tirar um take da mesma sequência, que mostrava a orquestra que tocou na época, porque teria que procurar cada músico – sem ter nenhum registro de quem eram – para conseguir a liberação do uso da imagem de cada um. “Se nossa lei fosse a que valesse no mundo, Michael Moore teria que pedir autorização ao Bush para ridicularizá-lo em seu documentário”, compara.

O músico Danilo Moraes viu-se do outro lado do “balcão” ao dirigir o filme “Premê, Quase Lindo”, que conta a história da banda paulistana Premeditando o Breque e traz 40 músicas. Experiente no lançamento de discos, ele lembra que já existe uma forma de se lançar um CD independente com canções de compositores conhecidos sem necessariamente pagar o “advanced”, que consiste em pagar todo o valor que aquela gravação iria arrecadar em direitos autorais antes de fabricar o disco. “No Brasil a lei parte do pressuposto que você é culpado até que se prove o contrário. Com os direitos autorais, pressupõe-se que o intérprete não vai pagar, então a editora (empresa que responde juridicamente pelas composições) cobra o ‘advanced’ para não ter que se preocupar depois vendo se o intérprete pagou ou não. O correto seria o intérprete pagar sobre o que ele lucrou, mas é muito complicado organizar tudo isso, separar 10 reais aqui, seis reais ali, para ir pagando o direito autoral”, explica.

O valor do “advanced” muitas vezes inviabiliza o lançamento de um disco. Além disso, as editoras cobram valores aleatórios, não existe uma tabela única. Ainda assim, no mercado de música independente existem saídas alternativas. Já no mercado do documentário musical isso ainda não é muito difundido. “Muitas vezes o autor das músicas nem sequer é consultado e a obra dele deixa de ir para um disco ou filme que ele gostaria que fosse, porque a editora barra. Acho que as editoras musicais ainda funcionam no esquema antigo das gravadoras, cobrando uma fortuna de ‘advanced’ e sem querer negociar”, diz Moraes. A saída, para ele, seria existir uma tabela acessível que considerasse o tamanho da produção (independente, com patrocínio ou com gravadora) para poder circular determinadas obras, que muitas vezes acabam na gaveta.

Ricardo Calil teve sorte nos dois documentários musicais que dirigiu. Em “Uma Noite em 67”, por uma questão editorial, foram utilizadas apenas seis canções finalistas do 3º Festival da Música Popular Brasileira da TV Record. Além disso, a própria emissora entrou como coprodutora do filme e não cobrou pelos direitos de imagem. “A gente foi na Record para tentar entender se conseguiria um preço razoável pelas imagens. Mas nunca seria muito razoável, porque eram muitas imagem. A sorte foi que eles disseram: ao invés da gente cobrar, a gente cede as imagens e entra como coprodutor. Isso foi um facilitador gigantesco. Não sei se a gente conseguiria fazer o filme se tivesse que pagar minuto por minuto de arquivo. Teria que fazer um filme diferente”, conta Calil. Já no caso de “Eu Sou Carlos Imperial”, que está sendo exibido no In-Edit, Calil e Renato Terra tiveram o apoio da família do produtor. Como ele assinava a autoria da maioria das músicas que lançava e era o produtor e diretor de todos os seus filmes, não houve problema em buscar liberação de uso. Além disso, segundo Calil, a produção do documentário foi modesta.

A arte dos grandes personagens – Documentários musicais são, em geral, os documentários mais bem-sucedidos no Brasil. Mas ninguém vê isso como um filão, segundo Calil. “Ninguém diz: ‘vou fazer um documentário musical porque aí vai dar certo’. Não vejo como uma questão de negócio, de mercado, porque naturalmente ninguém vai ficar rico fazendo documentário. Mas a música brasileira é tão rica que, se você faz um documentário musical, as chances de encontrar um público maior no Brasil aumentam bastante.”

Mas só a música é suficiente para render um bom filme? Para o jornalista e produtor musical Marcus Preto, assim como a literatura em prosa, o cinema é a arte dos grandes personagens e das grandes histórias. Por isso, os melhores documentários musicais não são, necessariamente, os filmes sobre os melhores músicos. Mas sim os filmes sobre os melhores personagens, sobre as vidas mais incomuns. “Por isso também há grandes filmes sobre bandas irrelevantes. Por isso um músico mequetrefe como o Carlos Imperial pôde render um filme superior a um grande músico como o Lenine. E, veja bem, isso não diminui nada a dimensão artística do Lenine. Só prova que a vida do Imperial foi mais espetacular, mais melodramática, mais cinematográfica. No cinema, a vida tem que parecer ficção. Ou é melhor voltar pra casa e ouvir o disco em vez de ver o filme”.

Ricardo Calil concorda: “Você pode pegar um grande músico, mas se ele tem uma vida pequena-burguesa, apesar da grande música, não necessariamente vai dar um grande documentário. Por outro lado, você pode pegar um músico menor, que tenha uma trajetória tumultuada, dramática… vai ficar envolvente. Então não necessariamente é só a boa música que faz um bom documentário musical. Tem que ter um grande personagem e bons conflitos”, ensina.

Ter a sorte de encontrar um documentário sobre grandes músicos que também são grandes personagens, diz Preto, é sonho. Elizabete Martins Campos foi atrás da sua grande personagem, Elza Soares. “My Name is Now” é um filme que conta a história da cantora que se tornou um ícone da música brasileira. “Elza é uma personagem perfeita para o cinema, porque traz impregnada em si fortes elementos não somente musicais, mas signos que refletem temáticas que interessam-me tratar, como a valorização da mulher, a potencialização da criatividade brasileira, a luta contra o racismo”, conta a diretora. O filme mergulha no universo de uma personagem que é visceral e que interpreta de forma visceral. Assim, analisa Elizabete, não é um filme sobre a vida de Elza Soares, é um filme sobre os brasileiros.

“Um bom documentário musical é aquele que conta bem uma história, que é capaz de seduzir o espectador e transportar-lhe para a realidade vivida no filme”, diz Marcelo Andrade. Em seguida, segundo ele, está a relevância do filme (histórica, biográfica, musical, social), a riqueza de informação (arquivo de imagens, depoimentos, material inédito) e os aspectos cinematográficos, como a linguagem (originalidade), fotografia e roteiro. Além disso, há a questão da “universalidade” do filme. “Histórias, personagens e entornos muito específicos acabam influenciando na decisão da escolha do título, e às vezes fica difícil transpor certas realidades para plateias que desconhecem o background do que está sendo contado. Isso acaba prejudicando o entendimento do espectador, que carece de informação para apreciar o filme”, explica.

O documentário musical, para Calil, deve ter os mesmos critérios que qualquer outro filme. “Com a vantagem de já vir, em geral, com uma boa trilha sonora”, ressalta. Deve ter bons personagens e bons narradores, que saibam contar bem essas histórias. Deve ter drama e conflito. Ainda que tudo isso possa dificultar o processo de produção.

Claudio Manoel bancou 99% dos custos de filmagem e edição do filme sobre Wilson Simonal, personagem controverso e com uma história bastante polêmica, depois de quase cinco anos buscando patrocínio. Apenas um pequeno banco de investimentos, presidido por um fã do cantor, deu R$ 15 mil, com a condição de manter seu nome em sigilo. No final, um parceiro-investidor privado pagou os custos de finalização – em troca de cláusula de prioridade, ou seja, recebendo primeiro a receita do filme até cobrir o valor investido – a RioFilme apoiou nos custos de lançamento e divulgação e a Globo Filmes entrou com mídia.

Elizabete acredita que, para fazer um filme, é melhor nem pensar sobre todas as dificuldades. “Encarei o projeto como um desafio, uma luta perseverante em busca de soluções, principalmente diante de tamanha responsabilidade de tratar um tema tão complexo, importante, rico e sério, como a vida e a arte de uma cantora, compositora e atriz como Elza Soares”, afirma. Com relação a direitos autorais, ela diz que poderia escrever um livro. No entanto, prefere falar da nova fase do projeto, que é a busca de novos parceiros para que as mais de 50 horas filmadas com Elza possam ter circulação e chegar ao grande público. A ideia é envolver pessoas físicas na etapa de lançamento do filme, com dedução do imposto de renda para quem apoiar financeiramente.

Outras grandes narrativas, acontecimentos e casos existem e poderiam gerar produtos e conteúdos de qualidade, indica Claudio Manoel, que não descarta a ideia de novas incursões no cinema documental. “O que me inibia a tirar da gaveta alguns temas e ideias era, justamente, a necessidade de ter que buscar autorizações infindáveis para contar bons causos. Agora, com a esmagadora decisão do Supremo Tribunal Federal, a favor da liberdade de expressão, da pesquisa e da preservação da memória e contra o atraso e a mesquinharia de milionários e/ou poderosos, fico mais animado. Quem sabe?”.

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